Capítulo 14

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Emily narrando:

Mamãe me obrigou a ir ao salão de beleza para cortar um pouco o meu cabelo e fazer uma hidratação, e por isso fiquei uma hora e meia para fazer tudo isso e mais as minhas unhas e a sobrancelha. E o resultado foi surpreendente. Como diz a minha amiga Bianca, estou para matar alguém hoje.

Quando voltamos para casa, mamãe me pediu desculpas pelo acontecido de ontem e disse que nunca mais iria me agredir daquela forma. Eu havia perdoado antes mesmo do pedido de desculpa, afinal ela é a minha mãe, mesmo não sendo de sangue.

-Emily, o senhor Eduardo está te esperando na sala. -Avisou Verônica.

-Obrigada Vê. Já estou descendo. -Digo e ela acena com a cabeça.

Pego o meu celular e respondo a mensagem do Théo, dizendo que estava morrendo de saudades de mim.

''Estou com saudades também, gatão. ''

Envio e abro um sorriso que por pouco não alcança as minhas orelhas. Viro-me e encontro Verônica ainda na porta me encarando.

-Que susto, Vê. -Digo e ponho a mão no peito, agarrada com o celular.

-Por que está sorrindo? Posso saber?

Engulo em seco e nego com a cabeça. Caminho até ela e beijo sua farta bochecha.

-Não é nada, mamãe. -Brinco e ela me encara com desconfiança.

-Você está aprontando. -Cochichou.

-Talvez. -Pisco para ela e caminho pelo corredor.

Chego à sala e encontro Eduardo me esperando ao lado do sofá. Quando me avista descendo as escadas, abre um sorriso de orelha a orelha. Continuo séria e me sento no sofá, perto dele.

-Ei. -Cumprimentou.

-Oi. -Digo sem olhar nos seus olhos.

-Uau. Você está linda. Oque fez? -Indagou referindo a minha mudança de corte.

-Nada, só quis cortar um pouco o cabelo. Estava muito grande antes.

Ele consente ainda com um sorriso no rosto.

-Enfim... -Balbucio.

-Desculpa mais uma vez. Eu quero que voltemos a ser oque éramos antes, sabe?

Semicerro os olhos e cruzo os braços, respiro fundo e volto a encarar Eduardo. Ele continuava o mesmo de antes, apenas com alguns traços mais fortes. Ele tinha uma barba rala no rosto e seus olhos estavam mais brilhantes do que nunca. Seu sorriso de menino permanecia e provavelmente nunca sairá do seu rosto.

-Tudo bem. Você ganhou. -Respondo e ele respira aliviado.

Ele aproximou sua cadeira perto de mim e começou a me fazer cocegas na barriga, logo minhas gargalhadas ecoavam pela sala de estar.

-Seu atrevido. -Brinco e ele sorrir.

-Senti sua falta, sua moleca.

-Eu nem senti... -Minto e ele faz biquinho. -Mentira. Eu senti muita falta de você, criatura das trevas trevosas. -Comento e ele puxa a minha mão.

-Pode contar comigo para oque der e vier, ouviu bem?

Assinto e ele aperta o meu nariz de leve.

Passamos a tarde juntos, assistimos dois filmes de comédia e comemos até se empanturrar. Só paramos quando mamãe chegou em casa toda produzida e ordenou que eu fosse me arrumar para a festa que iriamos hoje. Eu não queria ir nessa festa, até porque esse evento parecia uma chatice tediosa, só que não teve jeito. Eduardo esperto do jeito que é, enganou mamãe dizendo que tinha um compromisso inadiável. Esse compromisso dele é passar a noite assistindo game of thrones ou vikings, já que ele adora essa série. Sortudo!

Obsessão PerigosaWhere stories live. Discover now