Contagem regressiva: 19, LA e confissões

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- Essa é moleza! – disse Minho, o primeiro a falar – A pior noite da minha vida foi quando minha mãe descobriu que tinha câncer

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- Essa é moleza! – disse Minho, o primeiro a falar – A pior noite da minha vida foi quando minha mãe descobriu que tinha câncer. Ela havia voltado do médico a tarde com meu pai e quando cheguei da escola ambos estavam com cara de velório me aguardando. Eu tinha tantas novidades para contar para eles naquela noite... Como o simples fato de ter sido aceito na Universidade de Princeton, me tornando o primeiro aluno da escola a ser aceito estando somente no segundo colegial. Minha mãe chorou até amanhecer e eu não consegui contar para ela. Hoje eles já sabem, mas parece que a única coisa que importa em casa agora é receber a noticia do médico sobre a cura dela. Eu entendo. Mas fiquei bem chateado. Foda! Sua vez Sonic.

A loira ajeitou os cabelos, e tomou a voz para si:

- Sinto muito por você Minho, isso deve ter sido péssimo. – tocou o ombro do amigo - Bom, a pior noite da minha vida foi quando eu tinha seis anos de idade. Meus pais saíram para jantar. Acho que iam comemorar o aniversário de casamento deles e deixaram minha avó comigo. Fui dormir cedo, mas lá pelas dez da noite ouvi um barulho estranho vindo da sala. Quando cheguei lá dei de cara com a vovó agonizando no chão. Ela estava tendo uma convulsão e eu não pude fazer nada. Apenas liguei para a emergência, mas já era tarde. Desde então, tenho pesadelos com ela todo aniversário dos meus pais... e tenho medo de ficar sozinha. – mordeu os lábios, recebendo olhares tristes dos seus colegas - Sua vez Teresa!

- A pior noite da minha vida? Que tal todas as noites que passo na minha casa, na companhia ou ausência dos meus pais? – limitou-se a isso, fitando o mar a sua frente – É uma droga sentir-se invisível... – suspirou - Agora você Ben!

- Você não é invisível, Tess! Todos aqui conseguimos ver você!! – sorriu para a morena, abraçando-a - Tem um episódio que... bem... alguns de vocês sabem que sou viciado em cocaína ne? – perguntou, fazendo Brenda e Sonya arregalarem os olhos, espantadas com a revelação. Óbvio que elas não faziam ideia, mas as revelações ali estavam apenas começando – Eu precisava muito me drogar. Muito mesmo. Estava possuído. É uma sensação muito louca. É como se você ficasse cego, sabe? Meus pais haviam cortado minha mesada e eu estava literalmente desesperado. Já havia vendido algumas roupas minhas, joias da minha mãe e até roubado o cartão do meu pai. Estava na merda e muito noiado para me drogar. Rolava uma festa em casa, cheia de gente chata e velha. Eu estava na varanda tentando desvendar como conseguiria dinheiro naquele instante, pois o traficante em 50 minutos estaria na porta de casa entregando a droga. Um amigo do meu pai foi para lá fumar e notou meu nervosismo. Eu já o conhecia há muito tempo. E ele provavelmente já havia usado aquela droga, pois conversou comigo com muita precisão e conhecimento dos meus sintomas. Foi ai que ele me beijou... e ofereceu dinheiro se eu fosse para o banheiro e deixasse ele me chupar. Eu estava tão desesperado, que aceitei... E passei a fazer programas para ganhar dinheiro e sustentar meu vício – fez-se silencio no local. As ondas se chocavam contra a areia e Teresa deixou escapar uma lágrima – Tudo bem Tess, não chore. Eu estou bem agora, graças a vocês... graças a você minha pequena! – disse beijando a bochecha rosada da garota.

WallFlowers - Newtmas FicDonde viven las historias. Descúbrelo ahora