Aquela patricinha que você chamou de vadia na frente de toda a classe, ainda é virgem. O nerd que você ignora todos os dias, por ser estranho e calado, sofre abuso todas as noites do pai. Você sabe disso, mas não faz porcaria alguma a respeito.
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"You often meet your fate on the road you take to avoid it" – French Proverb
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A primeira providência tomada pelo loiro no dia seguinte assim que saiu da escola foi visitar o centro de encontro e alterar o dia da sua reunião da Condicional. Newt andava pisando em ovos no colégio, desviando seu caminho, se escondendo no banheiro e quase trancando-se no armário quando Thomas ousava chegar perto dele. Mudar o dia da reunião o preservaria de Tommy.
Após usar uma justificativa muito convincente com o Sr. Jorge (que era 110% mentira), o velho professor decidiu colocar Newton as segundas-feiras, mantendo Thomas as quartas nas reuniões.
- Ufa! Primeiro passo conquistado com sucesso! – sorriu fraco para Brenda, que manteve-se ao seu lado o tempo todo nessa constante fuga.
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Equanto um fugia do outro como o diabo foge da cruz, Thomas era incapaz de esconder sua curiosidade em torno daquele garoto loiro misterioso, de rosto perfeito e corpo totalmente desejável. Vasculhou na sua mente informações sobre ele, até ter um lampejo – Mas é claro! Ele é irmão mais novo do Gally! – o moreno lembrou-se, decidido a fazer uma visita surpresa a Newt durante uma noite qualquer, afinal, ainda lembrava-se onde o ex namorado morava e conhecia os horários dele. Sabia que pegaria Newt sozinho em casa.
Thomas queria confrontá-lo. Thomas queria saber porque o garoto loirinho andava fugindo dele, escondendo-se e alterando seu dia de reunião na condicional. Tudo isso só deixava o moreno mais e mais intrigado. Thomas queria... Thomas queria Newt. E não era pouco. Era muito.
Newt pode tentar fugir.
Ou ele pode ficar e enfrentar as coisas.
O que Newt não pode é lutar contra o destino, sem bagunçar tudo. Porque o que tiver de ser, sempre encontrará um caminho... Por mais doloroso que seja.
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Decido a confrontar o garoto loiro, Tom decidiu que hoje era o dia ideal. Jantou com seus pais fazendo poser de anjinho, ajudou Chuck na lição de casa, ouviu Liza atentamente fazendo planos para uma viagem a LA e fingiu interesse no papo cabeça do pai sobre política e religião. Despediu-se de todos com um beijo de boa noite e correu para o andar superior da cobertura, trancando-se no seu quarto. Esperou anoitecer tentando matar o tempo com lição de casa e Netflix, até que todos dormissem. Tommy então escapou pela escada de incêndio que quase nunca usava.
- Eu definitivamente devia fazer um uso maior dessa belezinha – sorriu ao descer apressado, pulando os degraus de três em três.
Pegou seu carro com Clark e saiu em disparada para a casa do menino misterioso. O caminho parecia um calvário para ele. Esquina após esquina inspirava e expirava devagar o ar, tentando controlar sua ansiedade. Sabendo que Newt não era burro e que o motor do seu carro denunciaria sua chegada, tratou de estacionar a pick up na esquina da rua, uns 400 metros longe da casa do loirinho, evitando que ele fugisse dele novamente ao ouvir qualquer barulho suspeito. Andou a pé pela noite fria e escura de outono, até estancar no gramado da casinha desajeitada. Viu apenas a luz da sala acesa e ouviu o barulho de algo se quebrando - Um copo ou um prato talvez?!
