Aquela patricinha que você chamou de vadia na frente de toda a classe, ainda é virgem. O nerd que você ignora todos os dias, por ser estranho e calado, sofre abuso todas as noites do pai. Você sabe disso, mas não faz porcaria alguma a respeito.
A o...
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No caminho de volta para casa, as sete mentes pervertidas arquitetavam como conseguiriam escapar da marcação serrada da Sra. O'Brien. O plano era claro: Minho queria dormir com Brenda e Ben com Teresa. Ainda mantendo o segredo, Thomas planejava dormir com Newt, deixando Sonya sonhar por alguns minutos que talvez conseguisse algo com o loiro naquela noite. Tolinha!
Já na mansão, cumprimentaram os pais de Thomas e seguiram para os quartos. Conforme sugerido: meninas para um lado, meninos para o outro - somente sob a vista atenta de Lisa, que observava se os adolescentes estariam cumprindo com as regras impostas.
Esperaram impacientes nos dormitórios, até terem certeza de que o casal mais velho havia seguido finalmente para a cama. Thomas foi até o quarto de Chuck e convenceu o caçula a abrigar ele, Sonya e Newt ali, deixando os outros dois recintos para Minho e Ben. A idéia era a seguinte: esperar Sonya dormir para poder seguir com o loiro para outro lugar. Nesse meio tempo ele faria a garota encher a cara para apagar num sono profundo e não cogitar a hipótese de atrapalhar os dois.
Tommy bateu na porta de ambos os quartos e os casais fizeram as trocas: Minho correu para o das garotas e Teresa passou para o quarto dos meninos, embora tivesse a mais absoluta certeza de que aquilo seria um desperdício de recursos, pois não planejava ceder as investidas de Ben naquela noite.
Sonya saiu bicuda para o quarto de Chuck junto com Newt e Thomas.
- Bom, agora que os casais estão um em cada quarto, a gente se diverte! – disse Tommy despejando vodka num copo gigante e entregando para Sonya.
- Não é justo! Também queria namorar! – protestou a loira.
- Isso é fácil de se resolver – falou Chuck entre as cobertas da cama, deixando os outros três curiosos – Eu sou menor de idade, então me descarte, o que é uma pena! Meu irmão é gay, e com certeza não ficaria com você nem se fosse a última garrafa de água do deserto... Já Newt... está disponível para aluguel temporário.
Thomas cerrou os olhos e mirou bem no meio da cara do irmão, reprovando a ideia estúpida do caçula.
- Gostei da dica Chuck, mas Newt parece não estar muito empolgado com a hipótese de me pegar! – debochou a loira.
- A questão não é essa Sonya – disse o garoto – Você é linda, interessante, está levemente bêbada, o que facilitaria muita coisa, mas eu gosto de outra pessoa e meio que não estou afim de me envolver com você e magoar a outra parte.
- Você fala como se ela estivesse aqui! – falou a garota chateada.
Newt respirou fundo. Sentiu o coração gritar e não iria mais segurar o barulho que o consumia internamente. Não era o álccol. Não era a empolgação do momento. Nem mesmo era a loucura do que rolou na praia mais cedo. Cagou para a exposição. Já estava cansado o bastante de se esconder na sombra dos outros. Queria viver. Queria sair do casulo que o prendia desde que sua mãe o abandonara. Deixaria aquele abrigo para se molhar na chuva. E dane-se se pegasse um resfriado. Era simplesmente a vontade que o impulsionava. Vontade que explodiu no instante em que Thomas se declarou a ele no mar.