Aquela patricinha que você chamou de vadia na frente de toda a classe, ainda é virgem. O nerd que você ignora todos os dias, por ser estranho e calado, sofre abuso todas as noites do pai. Você sabe disso, mas não faz porcaria alguma a respeito.
A o...
// Wallfollowers, seguinte, o vídeo de cima é só pra descontrair, como se a Sonic estivesse provocando o Tom-to. O lá debaixo, é pra ferrar com vocês. Assistam na ordem. BjinXX
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"How do I live? How do I breathe? When you're not here I'm suffocating. I want to feel love, run through my blood, tell me is this where I give it all up? For you I have to risk it all... Cause the writing's on the wall" – Sam Smith, Writing on the wall
Checou pela quinta vez em menos de três minutos o despertador na cabeceira a cama. A hora parecia ter estancado às 05:37 há anos. Ameaçou levantar-se e já começar a se arrumar para ir para a escola, mas a dor na costela o impediu de sair dali, fazendo-o afundar ainda mais no edredom macio e geladinho. A dor não era somente essa. A dor tinha outro nome também e agora chamava-se Thomas.
Como de costume, o Sr. Mark Sangster, seu pseudo pai para todos os efeitos, havia descontado toda sua frustração em Newt uma hora após retornar para casa. Mark estava puto por ter perdido uma aposta e arrancou o filho caçula do sono leve pelo simples prazer em espancá-lo. Talvez esta fosse uma das únicas coisas que realmente o deixasse feliz após a partida da esposa, afinal, antes dela picar a mula dali a infeliz era o saco de pancadas do marido. A bola da vez agora era Newt, que lembrava muito os traços delicados da mulher.
O loirinho levantou a camiseta do pijama e constatou que já estava roxo pelas pancadas descontroladas do pai. Fez um esforço gigante para se levantar e seguiu para o banheiro. Deu uma espiada no quarto de Gally e viu o mais velho apagado ao lado de uma garota desconhecida, como no início do seu sonho. Festinhas assim eram permitidas na casa dele, desde que o primogênito trouxesse companhia para o pai também, este que, estava largado na poltrona da sala afogado, roncando entre em Whisky e cigarros.
Lavou o rosto e tratou de tomar um banho rápido. A todo instante pensava em Thomas e na expressão de decepção que largou o moreno na chuva ao retirar sua bicicleta da caçamba e sair pedalando como um doido para casa. Vencido pela falta de opção em seu armário, colocou a mesma calça jeans preta velha e surrada de sempre, com uma camiseta branca de listras pretas e um tênis All Star. Passou uns quinze minutos brigando com o cabelo, empurrando ele de um lado para o outro, até sair vitorioso da batalha.
Procurou entre as cuecas um perfume que ganhou de Gally no Natal passado que nunca havia tido o menor interesse em usá-lo, exceto naquela manhã. Riu sozinho. Perfume para que? Newt nunca tinha ninguém e agora na pior da hipóteses não teria Thomas também. Para não acordar os outros e levantar suspeitas, catou sua mochila e pulou a janela do quarto, correndo até sua bicicleta. Lembrou-se da carona do moreno em flashes, enquanto pedalava desanimado para mais um dia de aula.
Como sempre, atrasado. Era um saco morar longe da escola. Assim que desceu da bike notou Thomas O'Brien o encarando ao fundo, encostado em sua pick up, incrivelmente lindo ao lado de Teresa e Ben. O garoto moreno não era capaz de desviar os olhos de Newt, tentando decifrar aquele ser estranho. Newt até tentou disfarçar, mas seus olhos e pensamentos estavam absortos naquele garoto alguns carros a sua frente.
