Contagem regressiva: 15 dias e um corpo

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Faltavam apenas três quarteirões para finalmente alcançarem o sinal do celular de Newt. Conforme o prometido, Thomas garantiu o novo recorde mundial entre Nova Iorque e Princeton, chegando ao destino em 1 hora e dois minutos. Tinha certeza que logo seu pai seria contemplado com meia dúzia de multas, fazendo ele perder a mesada por uns dois meses, mas era um risco que estava disposto a correr.

- Quer uma dica? – Ben perguntou solicito, coçando sua nuca ao analisar onde estavam – Estacione seu carro longe. Vamos a pé até o local para não dar bandeira.

- Boa idéia, Ben! – Thomas disse estacionando o carro duas quadra do lugar, um bairro afastado e um tanto quanto sinistro.

Na rua pouquíssimas pessoas vagavam por ali. Benjamin sugeriu se precaverem com alguma "arma" e então buscaram nas caçambas de lixo pelo caminho algo que servisse para se protegerem.

- Que ótimo! Um cabo de vassoura e uma perna de uma cadeira! – o loiro fechou a cara, zombando.

- Pare de debochar Ben. Melhor isso do que nada! Vai saber o que vamos encontrar lá! – Tom tentou parecer positivo.

Mais cinco minutos de caminhada foram suficientes para alcançar o sinal que tanto almejavam. Ele vinha de uma pequena edificação semi abandonada no lado lesta da rua. Os dois congelaram ao notar algo familiar.

- Ai cacete! É o carro da Sonya, Thomas! Olhe!!! – Benjamin falou apontando para uma viela ao lado do prédio.

- Vamos lá checar – o outro sussurrou, andando na ponta dos pés. Eram praticamente Pink e o Cérebro tentando dominar o mundo. Primeiro circundaram o automóvel, espiando pelas janelas. Thomas forçou a maçaneta. Constatação número 1) porta destrancada. Entraram no carro. Prova número 2) a bolsa da loira estava escondida embaixo do banco do motorista. Itém número 3) o celular da garota estava no porta luvas com mil ligações e mensagens perdidas. Fator número 4) o casaco de couro de Newt fora encontrado por Benjamin largado dentro do porta malas. E a prova número 5) havia se tornado a pior de todas elas: uma mancha de sangue nas mangas da jaqueta.

Inevitável. Ben e Thomas entreolharam-se diante daquilo e ambos gelaram. Era um arrepio que percorria a espinha e se expandia para braços e pernas, tornando os pelos do corpo eriçados.

- Tom... – a voz do loiro falhou - Acho melhor chamarmos a polícia...

- Nem fodendo, Benjamin!!! Vou entrar nesse lugar agora! – o justiceiro estufou o peito, pronto para partir em busca do seu loirinho. Ben segurou Thomas pela camiseta e puxou ele de volta para o carro da garota.

- Você tá maluco? – brigou com o amigo - Olha só onde estamos! Tem sangue nesse casaco – esfregou o mesmo na cara de Thomas - É melhor avisarmos as autoridades! – foi mais racional, brigando de frente com o lado emocional e inconsequente do amigo.

- Ben – Tom segurou os ombros do garoto a sua frente, com os olhos vidrados - Eu escutaria você em qualquer outro dia da minha vida, mas esse dia não é hoje, amigo! Eu estou indo. Com ou sem você! – ameaçou.

WallFlowers - Newtmas FicOnde histórias criam vida. Descubra agora