Capítulo 22

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Anahí

Empurro as pessoas sem um pingo de delicadeza, quero que todas sumam da minha frente.

- ANY! - escuto Poncho me chamar, mas não dou bola pra ele.

Onde está o barril de cerveja que acabei de ver? Assim que o encontro vou o mais rápido até ele, pego o copo gigantesco que está ali de enfeite e o encho com a cerveja até a boca. Quando me viro dou de cara com Poncho.

- O que vai fazer com isso? Você não vai beber né?

- Sai da minha frente! - ordeno.

Poncho arregala os olhos e dá um passo pro lado, as pessoas se afastam ao me ver com aquele copo quase transbordando. Megan está descendo as escadas e vou de encontro à ela. Pego o caneco e jogo toda a cerveja em cima dela que dá um grito.

- VOCÊ É LOUCA! - ela afasta o cabelo do rosto e escuto as gargalhadas de Poncho atrás de mim.

- Você devia me agradecer, só estou apagando o seu fogo. - jogo o caneco vazio nela. - Quem sabe agora você para de dar em cima do namorado dos outros? O que você pensou quando me viu e ai agarrou o Poncho? Achou que eu ia acreditar que ele estava me traindo com você? - ironizo, apesar disso ter passado pela minha cabeça por um segundo. - Você é muito otária mesmo, se acha que eu ainda sou aquela idiotinha quatro olhos como você gostava de me chamar.

- SUA DESGRAÇADA! - Megan dá seu piti e vem pra cima de mim.

Suas mãos sujas de cerveja agarram meus cabelos e agarro os cabelos dela ensopados. Da nojo, mas to com tanta raiva que não me importo. Caímos no chão e as pessoas se aglomeram à nossa volta.

Consigo sentar em cima de Megan e começou a estapeá-la.

- Isso é pelo que você fez à mim naquela apresentação de Natal, por todas as vezes que me humilhou e POR BEIJAR MEU NAMORADO! - grito, sei que Poncho e eu não namoramos, mas a sensação de posse que estou sentindo é como se ele fosse mesmo meu namorado há bastante tempo.

Megan só consegui choramingar e tenta se cobrir enquanto a esbofeteio, puxo a mão dela pra destapar seu rosto enquanto a encho de tapas.

- Agora você não é mulher o bastante pra me enfrentar né? Você é o pior tipo de espécie de vagabunda que existe.

- O que ta acontecendo aqui? - reconheço a voz do Oliver vindo de algum lugar.

- Isso é pra você aprender a ficar longe de mim. - agarro os cabelos dela.

Megan grita e agarra os meus cabelos, ela tenta se virar e ficar por cima e começamos a nos engalfinhar, ver que ela está revidando só me deixa com mais vontade de brigar. Nunca tinha brigado com alguém antes e a sensação de adrenalina e de descarregar toda a minha raiva, é muito boa.

De relance vejo Poncho e Oliver virem pra cima da gente, ainda estou por cima, então Poncho agarra minha cintura, enquanto Oliver ajuda Megan a ficar de pé. A gente tenta se soltar e continuar brigando, mas eles conseguem nos segurar.

- Olha que lindo, o Babaca Mor e a Vagabunda Mor ensopadinhos. - esbravejo e chuto o ar tentando acertar Megan. - Ou será que eu devo mudar seu nome de Oliver pra Chifrudo Mor? - estou sentindo tanta raiva que não meço minhas palavras.

- O que aconteceu aqui? - Oliver encara Megan exigindo uma explicação.

- A vadia da sua namorada me beijou à força. Acho que você deveria escolher melhor seus relacionamentos. - Poncho responde.

De Repente Amor ✔Where stories live. Discover now