Capítulo 59

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Alfonso

Acordo com o barulho de música e risadas e quando rolo pro lado, querendo abraçar minha namorada e continuar dormindo, me deparo com seu lado vazio. Sento na cama passando a mão pelos cabelos, afasto a manta e me levanto ainda meio mole pela sessão de sexo, mas tremendamente satisfeito.

Sigo o barulho e chego até a enorme sala da mansão que é dividida em dois ambientes: um onde estão a mesa de bilhar, pebolim, uma TV de tela plana gigantesca com Playstation e o outro onde seria a sala propriamente dita com sofás e uma estante com outra TV.

Enquanto Mackenzie, Sebastian, Kuno e um reserva do time jogam sinuca, minha namorada está dançando com Christian e entretendo os outros. Ela sorri pra mim ao me ver e continua dançando ao som de Despacito. Paro ao lado de Stephan, de pé perto da porta e fico só observando. Não quero, mas meus pensamentos acabam me levando pra festa de sábado e de como encontrei minha namorada no banheiro.

- Eu não sei o que faria se alguma coisa tivesse acontecido com ela naquela festa. - acabo comentando.

- O que importa Poncho é que não aconteceu. E olha pra ela, Any superou aquela noite, foi só um susto. Você deveria fazer o mesmo. - Stephan me aconselha.

Encaro Any e Christian e quando ele a rodopia, arrancando gargalhadas dela, a alegria contagiante dos dois me faz sorrir. Não fico surpreso quando olho pro lado e vejo Stephan com o mesmo sorriso bobo no rosto.

- Já que está me aconselhando, vou aconselhar você também. Devia se declarar logo pra ele!

- Do que está falando? - Stephan fica sério e me encara.

- Você sabe do que eu tô falando. Todo mundo já percebeu o clima entre vocês e ninguém tá julgando. Então por que vocês ainda não estão juntos? Tá com medo de que cara? De ser feliz? - sorrio.

- Dele não estar afim. - ele acaba confessando com um suspiro. - Sei que hoje em dia as coisas estão mais abertas, as pessoas nos aceitam com mais facilidade, mas ainda há pessoas que tem vergonha de assumir o que são e embarcar num relacionamento. E eu sei muito pouco sobre o Chris pra saber se ele teria coragem de namorar comigo.

- Por que ao invés de pensar num namoro de cara, você não tenta apenas ter um lance com ele? Eu e a Any não nos suportávamos, começamos a sair, a nos conhecer, nos ajudar, passamos a nos gostar e um dia simplesmente rolou um beijo.

- Ai está a diferença, você e a Any não se suportavam e você não queria uma namorada. Eu já gosto do Chris e adoraria que ele namorasse comigo. Não posso simplesmente ficar com ele, sem a segurança de que temos algo substancial, não quero ficar com ele por ficar, pra ver onde vai dar, porque eu sei onde eu quero que isso dê. E se a gente ficar e ele não querer namorar sério, isso vai acabar comigo.

- Acho que você precisa dizer tudo isso pra ele então. - dou de ombros. - Talvez as mesmas coisas estejam passando pela cabeça dele.

Stephan força um sorriso no mesmo momento que dois braços delicados envolvem meu quadril.

- Sobre o que estão conversando? - Any pergunta.

- Poncho estava me contando que está ansioso pra se encontrar com os Canadiens e que vai amar passar oito horas semanais com eles. - Stephan sorri.

- Ah é verdade, tinha me esquecido do acordo que você fez com seu pai pra que ele não viesse com a gente. - Any faz uma careta desanimada.

- Pois é amor e se eu não aparecer em todos os treinos, ele vai pegar o primeiro avião pra cá.

De Repente Amor ✔Donde viven las historias. Descúbrelo ahora