De Repente Amor ✔

Capítulo 30

Anahí

Nunca fui o tipo de garota que fazia amizades fáceis. Sempre me senti deslocada, posta de lado e sempre tive dificuldade de lidar com minha timidez e me aproximar das pessoas. Mas pela primeira vez na vida, Poncho fez eu me sentir parte de algo. Foi como se eu fosse um quebra cabeça incompleto que hoje tinha recebido sua última peça. Pela primeira vez, senti que aqui era meu lugar, me sentia completa e dona de uma felicidade tão grande que por alguns segundos fiquei assustada.

No primeiro momento, estranhei quando Poncho me convidou pra assistir um filme, mas ai percebi que ele estava tentando me deixar a vontade. Ainda bem que ele não demorou pra agir, porque eu não estava prestando atenção ao filme, estava prestando atenção nele e em que momento ele ia começar a me tocar daquele jeito que fazia meu coração disparar e derreter.

Se eu vasculhar o dicionário agora, não vou encontrar nenhuma palavra que descreva como a noite de hoje está sendo, como foi simples perfeição a minha primeira vez com Poncho. Me dou conta de que o que aconteceu com Oliver naquele carro, não pode ser considerado uma primeira vez. Foi desleixado, corrido e sem um pingo de dedicação ou carinho.

Já com Poncho foi completamente diferente. Parecia que meu coração ia sair pela boca cada vez que ele me tocava. E o que foi aquela língua passeando pelo meu corpo? Só de lembrar parece que mil borboletas vão levantar voo dentro do meu estômago. Ele foi o primeiro a fazer sexo oral em mim e duvido que algum cara vai conseguir chegar perto dele. Não que eu queira transar com outro, Poncho me arruinou completamente em relação à isso. Nunca mais, nenhum cara vai ser bom o bastante como ele, vai fazer eu me sentir como ele faz. Foi como se ele conhecesse cada parte do meu corpo e sabia tocá-lo com maestria e me levar às alturas.

- Any! - Poncho me chama.

- Hum? - levanto a cabeça, voltando ao presente.

- Posso fazer uma pergunta? Na verdade, tirar uma dúvida? - ele me encara, afastando meu cabelo.

- Diga. - sorrio. Depois do que ele fez comigo pode perguntar o que quiser.

- Você me contou que a sua primeira vez foi naquele carro com o Oliver. Teve mais alguém depois dele?

- Hum.... Teve. Você! - sorrio.

- É sério? Você não transou com mais ninguém depois dele? - ele arqueia as sobrancelhas, parece impressionado.

- Depois que uma garota romântica como eu, que era mais romântica ainda naquela época, é decepcionada por um cara de quem gosta, a gente não consegue confiar tão facilmente assim de novo. Leva tempo. - dou de ombros. - Até tentei transar com outros caras com quem fiquei, mas não tinha essa confiança, sabe? E no fundo eu sabia que seria igual como foi com o Oliver, meio que decepcionante, então eu nunca fui mais além do que alguns amassos.

- Você confia em mim, então? - ele sorri.

- Bastante. - aceno com a cabeça. - Você me provou que está mudado, vi essa mudança com meus próprios olhos e percebi que podia confiar em você. Pode parecer idiota, mas o que você fez aquela noite, quando você parou, dizendo que eu merecia mais.... Foi ali que passei a confiar plenamente em você. O Poncho Herrera idiota e egocêntrico que eu conhecia nunca teria feito aquilo. - sorrio.

- Não mesmo! - ele ri e nega com a cabeça. - Agora que esclareci essa dúvida, posso transmitir o comunicado sem medo de receber um não. - Poncho me encara cheio de malícia.

- Que comunicado? - estreitei as sobrancelhas.

- Mini Poncho está pedindo permissão para brincar com a mini Any.