Capítulo 37

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Anahí

Ignoro a saudade que senti dele e olho Poncho de cima abaixo também. Não sei o que ele quer aqui, mas estou louca para descobrir e que bom que ele veio, porque tenho algumas coisinhas pra dizer à ele.

- O que você quer, Herrera?

- O que você quer Herrera? É assim que você vai falar comigo agora? Você coloca a sua fila pra andar, sem nem me dar um aviso prévio e agora vem falar comigo desse jeito? - ele me fulmina com seus olhos. - Que história é essa de que você tem um encontro amanhã? Sinceramente, não achei que fosse dessas.

- Do que você ta falando?

- Do encontro que você tem amanhã às quatro horas da tarde. - ele levanta o tom de voz.

- Que encontro? Você enlouqueceu? Ah já sei, você deve ter bebido umas na sua festinha né?

- Festinha?

- É, você pensa que eu sou idiota, Poncho? Já sei que você ta dando uma festa na república com aqueles Hoquianos idiotas e que ta cheio de maria-patins querendo brincar com seu mini Poncho. - ironizo.

- Eu não to dando festinha nenhuma, os caras fizeram aquilo sem eu saber de nada. E quem você pensa que é pra me acusar de alguma coisa? Você marcou um encontro com um cara amanhã. Pensei que nós dois tínhamos alguma coisa e que não iríamos envolver outras pessoas nisso.

- Não é um encontro seu idiota, é um grupo de estudos pra uma disciplina onde muita gente ta com medo de se dar mal. E não venha você me acusar quando sua república ta cheia de mulheres loucas pra transar com você.

- E eu dispensei todas elas pra vir aqui esclarecer as coisas com você. - ele devolve.

- E por que eu devo acreditar em você? Elas me garantiram que você organizou a festa. Eu te mandei uma mensagem e você não respondeu. Você disse que tinha treino com seu pai, mas aposto que estava bem ocupadinho com elas. Bem que todo mundo me avisou que isso ia acontecer.

- Eu ia responder sua mensagem quando Kuno me chamou até a república, quando vi as garotas lá e fiquei sabendo do seu encontro romântico eu vim pra cá.

- Já disse que não é um encontro romântico, é um grupo de estudos.

- E eu já disse que não organizei festa nenhuma, você tem que acreditar e confiar em mim. - esbraveja.

- Ah e você acredita e confia em mim? Por que se confiasse, você não teria entrado aqui fazendo acusações.

- E você se confiasse em mim, não ia acreditar em fofocas, ia acreditar em mim e se dar sozinha de que eu não estava em festinha nenhuma. Eu sai do treino agora pouco, senão acredita vai lá perguntar pro Chris.

- E não vou perguntar nada pra ninguém. - devolvo.

- Quer saber então, dane-se. Ta na cara que um não confia no outro. Nada do que a gente viveu até agora serviu pra alguma coisa.

- Que eu saiba o nosso lance é só curtição. Você não é o tipo que namora, o campus inteiro sabe que os jogadores de hóquei não têm namoradas, que a prioridade de vocês é o hóquei.

- E ninguém nunca te disse que prioridades mudam? - ele vem pra cima de mim e me encara com intensidade.

- O que quer dizer com isso? - pisco confusa.

Poncho hesita por um segundo antes de responder.

- Nada. Como eu disse, dane-se. Se quer ficar pensando mal de mim, pense, não estou nem ai. Da pra ver que eu me enganei em relação a nós. - ele balança a cabeça e me dá as costas.

De Repente Amor ✔Where stories live. Discover now