Capítulo 43

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Anahí

Ainda estou tentando me acostumar com o tamanho da biblioteca particular da Olívia quando pergunto.

- Você já leu todos esses livros?

- Uhum.... Tem livros ai que eu li quando tinha apenas 12 anos. Desde criança eu sou apaixonada por ler, a maioria das mulheres estouram os cartões de créditos com bolsas, sapatos, roupas ou joias. Eu estouro com livros. Vivo de olho nos lançamentos tanto de livros acadêmicos, quanto romances e alguns outros assuntos interessantes. - ela sorri.

- Parece que está falando de mim. - sorrio envergonhada.

- Somos parecidas mesmo. - Olívia pisca pra mim. - Mas cada um tem seus gostos. O paraíso do Richard é o hóquei e o meu é a Literatura. - dá de ombros.

- Olha que se eu ficar mais um pouco perto de você, vou começar a ficar com medo de ser irmã do Poncho.

- Impossível querida, engravidei uma única vez e não eram gêmeos. - Olívia ri, enquanto responde.

- Quem teve gêmeos foi minha mãe. - suspiro. - Sinto falta dos meus dois caçadores de zumbis, Connor e Caleb. - meu coração se aperta ao falar deles.

- Poncho comentou comigo, disse que os adorou.

- E meus irmãos o adoraram ainda mais. Só que o Poncho vai ver que não pode fazer promessas à eles. Quando me ligam, eles perguntam quando o Poncho vai ensiná-los a jogar hóquei e patinar no gelo. Tomara que eles não tenham herdado os dois pés esquerdos que meu pai e eu temos. - sorrio.

- Seu pai é um ótimo professor e um grande homem. Reparei que você era filha dele, antes de ver o sobrenome. Você tem muito dele, não só os olhos.

- Todo mundo diz que a princípio pareço a minha mãe, mas cinco minutos perto de mim e percebem que sou uma cópia do meu pai. Tímida, míope, apaixonada por livros e com dois pés esquerdos. - rio.

- Esqueceu de mencionar a sensibilidade e o carisma.

- Obrigada. A parte sarcástica, herdei da minha mãe. - dou de ombros.

- Mas é bom quando os filhos são uma mistura dos pais. Alfonso é idêntico ao Richard fisicamente e tem a mesma paixão que ele pelo hóquei. Amo meu marido Any, mas às vezes acho Richard prepotente demais. Muitas vezes tive que interferir porque ele exigia demais do Poncho quando criança, bom exige até hoje. Mas Richard além da exigência, brigava com o filho, porque ele cumprimentava todo mundo. Pro Poncho nunca ouve diferença. Ele entrava num restaurante, na escola e saia cumprimentando todos, desde o faxineiro até o dono do lugar ou o diretor. Richard brigava comigo, porque eu também sou assim.

- É eu percebi que aqui os empregos a chamam de senhora Olívia e o seu marido de senhor Herrera.

- É uma mania do Richard que acho extremamente de mau gosto, mas nunca consegui mudar seu comportamento. Só que também não mudei o meu. Quando meu filho entrou na UW, fiquei com medo por ele, porque começou a passar mais tempo com o pai, com colegas ricos e começou a ficar prepotente como o Richard e menosprezar as pessoas.

- É, Poncho era muito diferente há três meses.

- Sim e por isso em alguns comentos agradeço ao Ucker por ter sido um mau amigo. Seu comportamento acabou trazendo algo de bom ao meu filho e você foi essencial à essa mudança.

- Eu não fiz nada. - sorrio sem jeito.

- Você acreditou nele. Isso fez meu filho acordar, ver que todo mundo que ele valorizava, todos que o bajulavam eram falsos. O mundo dele virou de cabeça pra baixo e você foi a primeira que acreditou nele. Serei eternamente grata por ter ajudado meu filho a amadurecer e por esse motivo, peço perdão pelo comportamento do meu marido. Não leve em consideração as coisas horríveis que ele lhe disse. Garanto à você que vou ter uma conversa séria com ele e isso não vai se repetir, não vou permitir que se repita dentro da minha própria casa. - ela responde.

De Repente Amor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora