Capítulo 51

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Anahí

Quando as aulas terminam, pego meu material e quando estou quase saindo da sala, alguém agarra meu braço e me detém.

- Espera!

- O que você quer Dylan? - suspiro. Desde que descobri que foi ele, junto com o Ucker que armaram aquele roubo pra prejudicar o Poncho, nossa amizade acabou.

- Ainda tá saindo com aquele cara?

- Se por aquele cara, você quer dizer Poncho meu namorado, sim estamos juntos.

- Pelo jeito ele ainda não se cansou de você, mas aposto que não vai demorar né? Ouvi rumores de que você tem dormido bastante na casa dele, então ele já teve de você tudo que queria.

Vou pra cima dele, mas alguém me puxa com força. Só consigo ver as costas do meu namorado, antes dele desferir um soco na boca de Dylan. Um segundo depois Dylan está pressionado contra a lousa, a boca sangrando, mas ele encara Poncho sem um pingo de medo.

- Por que não repete na minha cara o que você acabou de dizer, se é que você tem coragem pra isso? - Poncho agarra o colarinho da camisa de Dylan com tanta força que os nós de seus dedos estão brancos e ele está enfurecido. - REPETE SE VOCÊ FOR HOMEM! - grita.

- Poncho! - chamo, mas ele nem sequer me encara.

A sala está cada vez mais abarrotada de curiosos querendo ver uma boa briga. Odeio ver que há celulares filmando, mas estou mais preocupada com meu namorado do que com esse bando de idiotas.

- Todo mundo sabe o tipo de babaca que você é. - Dylan tem coragem de dizer e ouço pessoas arfando, prevendo a briga. - Minha amiga tem a péssima mania de se apaixonar por imbecis, mas logo ela vai perceber quem você é de verdade e todas as mentiras que você anda contando pra ela.

- Poncho solta ele, não vale a pena. - puxo as mãos do meu namorado de cima de Dylan. - E você nunca mais se atreva a me chamar de amiga, você acabou com a nossa amizade. - fuzilo meu ex-amigo.

Meu namorado larga Dylan no chão e aponta o dedo pra ele.

- Pode falar o que quiser de mim. Mesmo se um dia eu e Anahí terminarmos o que não vai acontecer, ela nunca vai olhar pra você. Você não se encaixa nem como última opção pra ela. - Poncho ri com desdém e lhe dá as costas. Tenho um vislumbre da cara de fúria do Dylan antes do meu namorado me arrastar dali, por sorte as pessoas deixam ele passar e guardam seus celulares.

No corredor Poncho solta minha mão e agradeço, porque ele a estava agarrando com tanta força que estava começando a doer. Dou um pulo quando ele desfere um soco em um dos armários. Um garoto perto dele, quase enfarta de susto e vai embora correndo.

- Me desculpa, só.... Me dá um minuto! - ele apoia a testa no armário, respira fundo e solta o ar com força.

- Amor, aconteceu alguma coisa? - dou um passo na sua direção.

- Nada, só parece que hoje tiraram o dia pra me irritar. - suspira.

Fico parada no lugar dando tempo à ele para se acalmar e se quiser, me explicar o que aconteceu. Já vi meu namorado bravo, mas hoje parece que ele está pior, como se tivesse sendo obrigado a lidar com muita coisa ao mesmo tempo. Quando ele se vira pra mim, parece mais calmo.

- Vem cá. - ele estende a mão pra mim e quando me aproximo ele me abraça. - Me perdoa, não é com você.

- Eu sei! - me aconchego à ele e beijo seu rosto várias vezes, até que ele vira a cabeça e me beija.

De Repente Amor ✔Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang