Capítulo 38

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Alfonso

Encaro Anahí ansioso por uma resposta. Já tem algum tempinho que quero perguntar isso à ela, mas por alguma razão adiei a situação. Mas não dá pra protelar mais. Primeiro, porque preciso tirar essa dúvida da cabeça, ter um pouco mais de certeza dos sentimentos dela por mim e segundo, porque chegou a hora de calar a boca do campus, evitar novas investidas e dar um pouco mais de segurança à ela à mim.

Se o mal entendido de hoje trouxe um resultado bom, foi esse.

- Não... Run! Não acredito que você fez isso. - Any me encara, pasma e sem acreditar que estou aqui.

- Eu tinha que fazer alguma coisa pra me desculpar com você. Eu me lembro de quando a gente dançou essa música, na época ainda não entendia meus sentimentos por você, mas já sabia que você tinha alguma coisa diferente. Mais cedo quando te disse aquelas coisas, eu não estava pensando direito, estava nervoso e com ciúmes.

- Tudo bem. - ela sorri e parece que a raiva que estava sentindo mais cedo passou. - Eu também julguei você mal, achei que ainda fosse aquele cara de antes. Me desculpa.

- Só se você disser sim a minha pergunta. - sorrio com malícia.

- Se eu entendi direito, não foi uma pergunta. Soo mais como uma proposta. - ela sorri e preciso me segurar pra não avançar em cima dela e beijá-la.

- E você vai ficar me torturando e torturando todo mundo por mais quanto tempo?

O rosto de Anahí cora quando ela se dá conta que as pessoas ainda não estão nos encarando e esperando a resposta dela. Ela dá um suspiro de alívio quando vê que eu não estou mais falando pelo microfone.

- Você quer mesmo fazer isso? - ela me olha insegura. - Você não precisa levar as coisas a esse nível só por causa do mal entendido de hoje.

- Falando assim, vou achar que você ta dando uma desculpa pra recusar meu pedido. - estreito as sobrancelhas e pela primeira vez fico com medo dela dizer não. E se ela disser não?

- Não é isso é que... Eu nunca namorei sério na vida e namorar você me assusta um pouco.

- Eu também to um pouco assustado e to estranhando a situação, mas Any... - acaricio o rosto dela e a encaro bem nos olhos. - Não tem nada que eu queira mais do que isso. Do que nós. Nada vai me fazer mais feliz do que ouvir você dizer sim, nem mesmo ganhar um campeonato de hóquei.

Anahí pega o microfone da minha mão e o sorrisinho misterioso que me dá me faz ficar otimista.

- Oh meu Deus, eu estou namorando Poncho Herrera!

Sua reação idêntica à quando nos beijamos pela primeira vez me faz rir. Sem perder mais tempo, seguro o rosto dela entre as mãos e a beijo, tão ou mais feliz quanto no dia que nos beijamos pela primeira vez.

- Finalmente! - escuto alguém dizer, enquanto alguns aplaudem.

Any envolve os braços em torno do meu pescoço e eu em torno da cintura dela, erguendo-a do chão. Minha língua brinca com a boca dela, é impossível me conter porque estou morrendo de saudades dela e desses beijos perfeitos incomparáveis que ela tem. Se não estivéssemos num local público, mini Poncho já estaria tendo um particular com a mini Any. Será que se eu pedir ela aceita dormir comigo hoje?

Mordo o lábio inferior e não a solto quando nos afastamos, sinto que meu coração vai sair pela boca, como se eu tivesse corrido por dez quarteirões ou saído de uma partida de hóquei. Nunca me senti assim tão feliz e tão leve, meu peito está explodindo fogos de artifício. Estou com uma vontade louca de sair por ai, cantando, dançando, gritando de alegria. Beijo Anahí de novo sem conseguir me conter, quero que ela sinta o quanto me faz feliz, como ela me completa e quero que sinta o mesmo por mim.

De Repente Amor ✔Where stories live. Discover now