Capítulo 29

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Alfonso

Vou correndo, então consigo chegar na república primeiro que Anahí. Sei que as meninas ainda não chegaram, então entro pela porta mesmo e vou correndo pro quarto. Tenho alguns minutos antes de Anahí chegar, então me troco correndo, coloco a peruca e começo a fazer a maquiagem pra disfarçar os vestígios de barba e deixar meu nariz diferente. Depois de mais de um mês fazendo isso, consigo fazer essa maquiagem de olhos fechados. Quem diria, Poncho Herrera, astro do hóquei andando por ai vestido de mulher.

Escuto a porta bater e vou correndo trancar a porta do meu quarto.

- Alfonsina? - escuto a voz da Any e ela mexe na maçaneta.

- Só um momentinho, Any! - digo, enquanto passo o corretivo pelo rosto.

Aplico o pó, o blush e por fim coloco as lentes de contato e os óculos. Ajeito o cabelo, penteando a franja e dou um sorrisinho curtindo o resultado. Opa, curtindo o resultado?

Sinto mini Poncho me olhando de braços cruzados e perguntando se pretendo colocar peruca e batom nele também. Definitivamente Alfonsina precisa sair de cena, o mais rápido possível.

Já tem mais de quinze minutos que Anahí me chamou, quando finalmente volto pra sala.

- Oi amiga, desculpa, estava me arrumando. - sento no sofá e dou de ombros.

- Tudo bem. - Any responde e parece pensativa. Na mesma hora fico preocupado.

- Ta tudo bem?

- Mais ou menos. Dylan não olha na minha cara e não conversa comigo, desde que contei pra ele que estou saindo com o Poncho. E pra ajudar hoje fiz uma loucura. - ela faz uma careta.

- Que loucura?

- Poncho está morando com meu amigo Christian e ele vai passar a noite fora hoje, então Poncho me convidou pra dormir com ele na casa deles.

- E você topou?

- Não só topei, como disse pro Poncho não se comportar. Ou seja, dei a entender que eu quero... Transar com ele. - ela suspira, pega a almofada e esconde o rosto.

- Mas você se arrependeu de ter dito isso pra ele? - pergunto.

- Não é só que.... Na hora agi por impulso e agora to morrendo de vergonha e com medo do que ele vai pensar de mim. - Any sorri encabulada e cobre o rosto com as mãos.

- Vocês estão ficando há um mês Any, duvido que o Poncho está pensando algo errado de você, pelo contrário, talvez tenha ficado aliviado com a sua iniciativa. Se ele parou daquela vez, porque queria te dar mais, foi uma excelente ideia você mostrar à ele que está pronta, talvez seja exatamente disso que ele estava precisando. - sorrio, dizendo como Alfonsina exatamente o que eu Poncho, estou pensando.

- Você acha?

- Claro que sim. Hoje em dia no mundo, não tem mal algum nós mulheres tomarmos a iniciativa. - sorrio. - Às vezes um cara precisa que a garota lhe dê sinais de que está pronta, ou ele sempre vai achar que está ultrapassando um limite que não deve.

- Não sabia que você entendia tão bem os homens.

- Sempre andei mais com garotos do que com garotas. Elas nunca me aceitaram muito bem, devido ao meu... Jeito. - me aponto. - E os rapazes podem ser ótimos amigos.

- É eu sei, Christian, Dylan sempre foram ótimos amigos. Sem falar dos meus irmãos. - ela sorri e vejo que está com saudade dos dois, percebo que também estou.

De Repente Amor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora