O Professor

Capítulo 12

Aquele gostoso ainda me paga. Só não o obriguei a dançar porque sério, o clima estava muito bom, eu não estragaria aquilo por nada, mas ele vai ter o troco, tenho certeza que ele iria preferir ter dançado do que aguentar as consequências. Vingança é um prato que se come frio.

Acordo, vejo a hora no celular e porra, estou atrasada pra caralho. Já são 08:07. Corro para o banheiro, tomo um banho e escolho uma roupa.

Chamo um táxi antes mesmo de eu acabar de me arrumar.

Passo uma maquiagem leve, só para esconder a cara de sono, coloco o sapato, passo perfume e fico pronta.

Assim que eu desço, o táxi chega. Digo o endereço pra ele e peço para ele andar o mais rápido possível.

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- Obrigada. - pago a corrida e saio.

Entro na faculdade e vou direto para minha sala.

Vazia... ótimo, só me faltava essa, agora vou ter que ficar caçando esse povo pela faculdade, igual aquelas pessoas que ficavam caçando Pokémon pelas ruas.

Subo até o auditório e também está vazio. Desço e vejo Dylan de papo com uma menina na porta da sala dos professores. Aproveito que ele não está me vendo e fico os observando.

Ela começa a passar a mão pelo abdômen dele - filha da puta - ele fecha a cara e tira a mão dela. Logo em seguida ele fala alguma coisa e entra, a deixando de cara com a porta.

Tento me segurar, mas é em vão. Começo a gargalhar e ela olha para minha cara e eu posso ver o ódio consumindo seu corpo.

- Você está rindo de que? - ela vem pra cima de mim.

É agora que eu apanho.

- De nada. - digo ainda rindo.

- Tem algum palhaço aqui?

- Pode ter certeza que se tivesse, eu não estaria aqui, tenho pavor de palhaços. - dou um sorriso irônico.

- Só não te meto a porrada aqui porque estamos na faculdade. - vejo o diretor.

- Não me mete a porrada porque você é frouxa. - falo baixo e ela puxa meu cabelo. - SOCORRO. - grito e o diretor olha em nossa direção.

Rio internamente.

- O que está havendo aqui? - ela me solta. - Vocês duas na minha sala agora. - ele aponta e nós vamos.

Entramos e ele entra logo em seguida.

- Sentem-se. - nos sentamos. - Agora me explique o que foi aquilo. Começando por você. - ele olha pra mim.

- Eu estava procurando onde minha turma estava. - a menina olha pra minha cara. - Quando eu desci do auditório, eu lembrei do negócio que minha amiga me falou ontem do namorado dela e fiquei rindo. - minto. - Ai essa senhorita. - aponto pra ela. - Achou que eu estivesse rindo dela.

- Agora conte a sua versão. - o diretor a olha.

- Ela estava rindo de mim sim! - ela diz. - Eu fui tirar satisfação e ela ficou debochando da minha cara.

- E por qual motivo ela estaria rindo de você? - o diretor pergunta.

- É... por qual motivo eu estaria rindo de você? - digo com uma voz irônica.

- N-não sei.

- Ta vendo? Ela nem tem argumentos, ela é agressiva e precisa se tratar. - digo.

- Você vai ver o agressiva daqui a pouco. - ela diz.

- Pode se comportando vocês duas. - o diretor diz. - Se eu vê ou souber de alguma confusão entre vocês, vão ser expulsas, combinado? - afirmo com a cabeça. - Agora podem ir.

- Não quis que o diretor descobrisse o seu interesse pelo professor não é? - digo assim que saímos e dou uma risada irônica. - Então pode tratando de ficar mansinha porque senão ele vai saber rapidinho. - saio andando.

Adoro ser de dramas com ascendentes em tretas.

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O resto do meu dia foi parado, tanto na faculdade, quando no estágio. Não vejo a hora de me formar e ficar rica.

- Amigaaaaa, semana que vem tem feriado na quinta-feira, o que você acha de irmos para a casa de Praia dos meus pais? Vai ser o final de semana das meninas, vulgo eu e você. - (Anne - 19:07)

- Mas sexta deve ter aula. - (19:07)

- Falta! Um dia não vai fazer diferença. Vamos, por favor!!! - (Anne - 19:07)

- Tá bom! Iremos na quinta e voltamos no domingo? - (19:08)

- Ebaaaa!!! Sim, temos que aproveitar muito. - (Anne - 19:08)

- Ok então. Vamos causar hahahahah. - (19:08)

- Já quero!!! - (Anne - 19:08)

- Eu também hahahahah. - (19:08)

Bloqueio o celular.

Bem que eu estou precisando de descanso mesmo, as aulas mal começaram e eu já estou morta.