Capítulo 52

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Dylan narrando

Emily continua no mesmo estado, mas o que está me deixando um pouco melhor é que agora eu posso vê-la de perto, mesmo que seja por poucos minutos.

Ultimamente eu tenho ficado mais no hospital do que em casa, por mim ficaria aqui direto, mas Anne fica me obrigando a ir pra casa descansar. Isso tem sido a coisa mais difícil a se fazer ultimamente, minha mente não consegue parar de pensar naquela cena, e sempre que eu durmo, eu tenho algum pesadelo relacionado à Emily. Eu não consigo explicar o que eu estou sentido, minha vontade era de não fazer nada, eu apenas sinto que não estou vivo quando ela não está por perto. Eu não quero dormir, eu não quero pensar, é como se eu não pudesse escapar desse pesadelo, nem que por algumas horas. Eu só queria ela aqui do meu lado dizendo que tudo vai ficar bem.

- Dylan você já está aqui? - Anne me tira dos devaneios. - Você tomou café? - afirmo com a cabeça. - Tenho boas notícias. Aquele desgraçado já está preso, o exame toxicológico será feito hoje.

- Pelo menos uma coisa colaborou ao nosso favor.

- Dylan, para de ficar assim, pelo menos ela está viva. Soube que essa não foi a primeira vez que ele faz isso, teve vítimas que até morreram. - ela diz e meu coração fica angustiado.

- E se ela morrer, Anne? Ela não está reagindo. - meus olhos marejam.

- Não fala essas coisas porque senão eu vou chorar junto com você. Ela não vai morrer.

- Eu quero acreditar nisso, mas está sendo difícil.

- Mas ela vai sair dessa, eu sei que vai. - afirmo com a cabeça.

- E aí, como ela está? - Nick chega.

- Na mesma. - digo. - Daqui a pouco começa o horário de visitas.

- Eu até esperaria, mas temos que nos encontrar com o delegado. - Anne diz. - Mike e Amy vão vir pra cá?

- Acho que sim. - digo.

- Mais tarde a gente volta. - concordo com a cabeça.

Eles saem, me deixando sozinho novamente.

Pego meu celular, vou na agenda e coloco no número dos pais da Emily. Respiro fundo e aperto o botão de ligar. Quando começa chamar, meu coração fica acelerado.

- Alô. - uma moça do outro lado da linha diz.

- Sra. Müller?

- Sim, ela mesma. Quem fala?

- Meu nome é Dylan, mas isso é o que menos importa agora. Sei que você e Emily não se falam, mas sinto que tenho que contar isso para a senhora, além do mais, a senhora é a mãe dela. Não sei nem como falar isso. - respiro fundo. - Ela está no hospital.

- Você não pode está falando sério. Isso é trote né? Eu não tenho tempo pra isso.

- Não, não é trote. Eu nunca brincaria com isso.

- Não pode ser verdade, como isso aconteceu? - ela altera a voz. - Em que hospital ela está?

Explico tudo o que aconteceu pra ela, falo o endereço do hospital e logo em seguida desligamos. Pelo que ela disse, eles devem chegar aqui quase de noite.

Olho no relógio e já são 09:05hrs. Me levanto, vou até a recepção e pergunto se a visita na UTI já está liberada.

- Só um minuto. - ela pega o telefone.

Assim que ela desliga o telefone, ela libera a minha entrada.

Sempre que passo por esses corredores meu coração fica apertado e um nó se forma na minha garganta.

O Professor Onde as histórias ganham vida. Descobre agora