Capítulo 6

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Depois de um dia bastante produtivo no trabalho, acho que era uma quarta, fomos esfriar a cabeça com os amigos de Paulo, a maioria docentes na escola em que lecionava, na pista de boliche Striker.

- Gente, – disse Douglas, professor de educação física, um cara bastante extrovertido e superamigo de Paulo, porém bastante gozador. – será que o Paulo conhece bastante a Amanda? Outro dia eu o vi comprando um absorvente para ela. "Com abas ou sem abas?" Perguntou o atendente a ele. "Com abas, por favor", disse ele, com a cara de namorado exemplar.

– Paulo é um exemplo de namorado. Se inspirem nele. – disse sorrindo.

Então todos nós sorrimos, inclusive Paulo que conseguiu a façanha de arremessar a bola de boliche em outro compartimento de pinos que jogava um casal de idosos. Eles olharam furiosamente para nós e resmungaram:

- Isso aqui não é peteca não, filho. Vê se presta atenção na próxima vez se não eu vou aí quebro a sua cara e a de seus amigos também. – disse o velhinho de bengala na mão. Segurava aquilo como se fosse a sua arma.

– Caraca! – disse Marcio, outro gozador, professor de Artes. – O velho é dos meus. Ei, coroa, você só fala isso porque está com uma bengala na mão. Largue isso e venha lutar como um homem.

O velho mostrou o dedo do meio para ele, pegou sua esposa e saíram da quadra de esporte, muito ofendidos.

– Você é louco, Marcio. – disse Paulo. – Voltando ao assunto do absorvente, essas coisas são importantes você saber. Quando vocês noivarem vocês vão saber o que é um couro de verdade, não é amor? – disse apalpando outra bola e jogando conseguindo enfim acertar um pino.

– Com toda certeza. – argui batendo em sua mão.

Saímos do boliche e fomos para um bar famoso por seus bolinhos de carne seca e bacalhau. Tomamos algumas cervejas e jogamos mais conversa fora, e a noite foi encerrada comigo num karaokê básico onde os amigos de Paulo mais riam que cantavam.

A Tentação do Meu Ex NamoradoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora