Capítulo 7

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A semana passou tão rápida e, no sábado, sublime por sinal, nós já nos preparávamos para as Bodas de Cristal. Eu estava bastante ofegante e entusiasmada, já Paulo, com uma preguiça típica do sábado raspando sua barba. Ele havia dormido novamente em casa naquele dia, já vivíamos quase como casados.

- Vamos, amor. Assim vamos nos atrasar. – disse ele, já pronto, olhando para o relógio.

Então, impaciente, foi até ao quarto para ver por que eu demorava tanto. Parou na obreira e disse, novamente:

- Vamos logo, amor. É sério. Não quero demorar.

- Calma, meu bem. Como estou? – disse me exibindo, com as mãos na cintura, numa posição sexy.

- MEU DEUS! Deslumbrante.

Eu conhecia aquele seu olhar fogoso; o seu O desejo era me desnudar, tirar a minha roupa e fazer amor no sábado todo.

– Temos que ir, meu bem. Não podemos chegar atrasados e muito menos amarrotados. – disse eu contendo o seu fogo.

- Vamos. – disse Paulo levantando seu zíper e contendo a sua ânsia de pular em cima de mim. – Mas, espere! – continuou. - E eu, como estou?

- Está lindo. – disse. - E esta barba por fazer, então... Nossa!

Dirigimos para o carro e cantávamos como loucos todas as canções que tocavam na rádio. Estávamos sumariamente felizes e nos olhávamos apaixonadamente cada vez que o carro parava no sinal vermelho. Por duas ou três vezes, fomos advertidos por buzinas admoestadoras avisando que o sinal já estava aberto. Então sorríamos e eu mostrava o dedo do meio quando os condutores passavam do nosso lado.

Ao chegarmos na portaria da casa de recepção, um homem enorme, medindo mais ou menos um metro e noventa e cinco de altura, com uma voz fina e vagarosa, pediu a gente o nosso convite. Ao exibirmos as exigências, ele nos indicou o estacionamento e assim estacionamos o carro em um bom espaço.

- A festa parece boa lá entro.

- Um arraso. – reforcei.

Fomos entrando no salão e Paulo me apresentava a alguns de seus amigos professores, esses menos loucos que os outros do jogo de boliche. Em outro compartimento da festa, encontramos a professora Diana, uma mulher de boa aparência, cabelos cacheados, um pouco baixa, tinha um sorriso forçado, porém visivelmente feliz.

- Paulo! – disse ela, bastante feliz ao ver o amigo. – Prazer lhe ter aqui. Pensei que você não viesse, quase nunca aparece nos eventos da escola.

- Pois é, esta moça aqui me obrigou a vir. – disse ele me apontando com os olhos.

- Oi, prazer, sou a sua noiva. – disse sorrindo.

- Que garota linda! – disse a simpática professora. – Por que você nunca nos disse que a sua esposa era tão linda assim?

- Ele nunca disse, não?! – disse eu, olhando seriamente para Paulo.

- Não. – sorriu ela.

- Ciúmes. – se defendeu Paulo. – Alego ciúmes em minha defesa.

Sorrimos pegando uma bebida em que um garçom baixinho nos oferecia cordialmente.

- Olha, saio em defesa do seu esposo. Temos cada professores galanteadores que o melhor que ele fez foi não dizer nada. – sorriu Diana.

- Ah, ele não tem por que se preocupar. – sorri. Naquele momento, lembrei-me do selinho em Caio. "Foi só um selinho. Espero nunca mais lhe encontrar", disse comigo.

A Tentação do Meu Ex NamoradoWhere stories live. Discover now