Capítulo 22

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Chegamos no Rio de Janeiro por volta das 16 hora numa tarde linda, como sempre costuma ser na cidade maravilhosa. Como o jantar para comemorar o aniversário da minha mãe seria somente à noite, umas 19:00, eu e o Caio passeamos um pouco pela a cidade, tomamos sorvete e relembramos alguns momentos em que vivemos juntos quando adolescentes.

O local onde o jantar estava acontecendo encontrava-se lotado quando chegamos. Vários parentes que eu não via há anos, foi muito bom rever aquelas carinhas, principalmente de meus primos e primas do interior quando brincávamos a tarde inteira de mergulho no rio. Tinha gente que eu nem me lembrava mais. Meus pais vieram nos receber e a recepção não poderia ter sido mais fria.

- Mãe, meus parabéns. – disse lhe dando um fraterno abraço. Minha mãe me abraçou forte, com aqueles braços grossos e um sorriso jovial na face.

- Obrigada, minha filha. Que saudades sua.

- Sua mãe não para de bisbilhotar seu faceboock. – disse meu pai, me abraçando em seguida. – Parece aquelas velhas de beira de calçada procurando fofoca.

- Ah, Roger; para de falar besteira. Eu só quero saber como ela está. Se está bem, compartilhando coisas boas.

- Pois estou muito bem, mãe. – sorri. – Ah, e a propósito, este é o...

- Veja se venha mais vezes por aqui, nos fazer uma visita. – meu pai me cortou, quando eu ia apresentando o Caio.

- Pode deixar, pai. Bom, este aqui é o Caio, meu namorado. Acho que vocês se lembram dele.

Caio pôs o pé direito na frente, e cumprimentou-os, aprazivelmente.

- Muito prazer, senhor Roger. Muito bom vê-lo novamente.

- Oh; Caio! O garoto que empinava papagaio no ventilador. Como está diferente! Tá tomando bomba, rapaz? – diz meu pai apertando forte a mão de Caio.

- Papai! – digo constrangida.

- É brincadeira. Se ele me conhecia, sabe muito bem que sou um cara brincalhão. É um prazer, Caio. Seja bem vindo e desculpa a brincadeira. – diz meu pai, se remediando.

- Tudo bem, seu Roger. Dona Laura, cada vez mais jovem. – Caio disse dando um beijo na mão de minha mãe.

- Oh, você acha? Lisonjeada. – diz minha mãe com a cara mais falsa do mundo e a que só eu conheço.

- Exuberante. – Caio ratifica.

- Pai, mãe: Eu queria lhes dizer uma coisa.

- Pois diga, minha filha.

- Caio e eu estamos namorando. – disse eu, feliz da vida.

Minha mãe quase cai para trás quando eu disse aquilo.

- O que foi, minha velha? – disse meu pai. – Eu bebo e você que fica porre?!

- Esta lajota tá meio lisa, não! – diz minha mãe, sem jeito, se segurando no meu pai. Fiz uma cara feia a eles, lembrando-os do que havia acabado de dizer. – Ah! Meus parabéns a vocês. Nossa, muito feliz aqui. – minha mãe continua.

- Só queremos a sua felicidade, minha filha. – diz meu pai.

A verdade é que a minha mãe não conseguia disfarçar mais a cara de falsa quando olhava para o Caio; parecia ser uma ofensa a ela ele segurar a minha mão; então ela confidenciou no meu ouvido: "Você está fazendo bobagem, Amanda, vai se arrepender; escreva o que estou lhe dizendo". Para fugir do constrangimento, agarrei Caio pelo braço e fomos para o bar, eu precisava de uma bebida, urgentemente.

A Tentação do Meu Ex NamoradoWhere stories live. Discover now