Capítulo 27 - O desastre que minha vida se tornou

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Os dias se arrastavam e falar com Ian parecia ser a coisa mais impossível do mundo, ainda mais agora que a Mel inventou de querer dormir no meu quarto, embora ela estivesse no de hóspedes com todo o conforto que precisava.

— Noah — sussurrou, chegando mais perto de mim, pude notar que estava seminua e isso me incomodou um pouco. — O que você acha da gente...? — ela se interrompeu com uma risadinha que apenas garotas conseguiam dar e mordeu o lábio, sedenta por alguma coisa que não consegui identificar de imediato.

Sim, eu era muito lerdo mesmo.

— O quê? — questionei com a minha inocência ainda intacta.

— Você sabe — ela riu de novo e só entendi o que ela queria dizer quando apertou a minha bunda de leve quando me abraçou.

Senti meu rosto ficar vermelho, além de querer mentalmente que ela tirasse a mão dali porque era a coisa mais desconfortável do mundo, sem falar do que aquele mero ato me remetia.

As mãos da minha mãe, me abraçando discretamente enquanto sussurrava um doloroso eu te amo em meu ouvido como se fosse nosso segredo. Não queria que ela e nem ninguém me tocasse, não era certo.

Se nem com Ian eu me sentia confortável o bastante, quem dirá com uma mulher que eu mal conhecia.

Quando seus dedos entraram em contato com a minha pele, me senti violado, como se eu estivesse fazendo algo impuro, sujo. Eu queria me livrar dessa sensação, que costumava me invadir quando minha mãe entrava sorrateiramente em meu quarto, com seus brinquedinhos que não faziam nada além de me machucar.

Suas curvas não me chamavam mais a atenção, embora fossem salientes e bem definidas, assim como os seios que mal cabiam no sutiã. Tive certeza de que qualquer homem ficaria excitado com aquilo, porém eu só consegui sentir aflição em ver aqueles dois balões quase saltarem da blusa apertada.

Ela colocou a mão no interior da minha coxa e subiu até encontrar o meu membro e apertá-lo de leve, me deixando nauseado.

Olhei para baixo discretamente, tentando forçar qualquer reação dele, entretanto nada aconteceu, nem uma leve ereção, apenas o nojo e o ranço dentro de mim ao me ver naquela situação constrangedora.

Poderia até pensar que eu estava com defeito ou algo assim, mas lá no fundo eu não sabia que não. Com Ian era muito fácil ficar excitado, chegava a ser natural e um tanto constrangedor.

Depois de ficar um tempo encarando a Mel, que procurava qualquer reação minha, forcei um sorriso colocando a minha máscara de ''está tudo bem'' e deixando de lado todo o repúdio que eu sentia ao lado dela.

E como se eu finalmente me rendesse, eu a satisfiz, mesmo me sentindo podre por dentro, confuso, inerte e totalmente insatisfeito.

***

Feche a porta quando sair ✅Where stories live. Discover now