Capítulo 35 - Sempre guiarei sua carruagem

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Acordei com cutucadas na barriga e me contorci na cama, tateando o colchão a procura da coberta e soltei um gemido quando não a encontrei

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Acordei com cutucadas na barriga e me contorci na cama, tateando o colchão a procura da coberta e soltei um gemido quando não a encontrei.

Abri um olho e mesmo na escuridão, consegui ver o contorno do rosto de Ian.

— Oi — cumprimentou, apertando a minha mão, que estava meio pendurada para fora da cama.

— O que está fazendo aqui? — Olhei para o relógio, que piscava em vermelho, já passavam das três horas da manhã.

— Quer nadar comigo?

— Essa hora? — Uni minhas sobrancelhas um tanto surpreso com o seu pedido.

— Sim, vem logo! — Ele me puxou e eu permiti, coçando os olhos — que com certeza estavam com remelas — e dando um demorado bocejo enquanto me espreguiçava ainda um pouco sonolento.

Nem calcei nada, fui com o meu pijama de frio azul com vários foguetes desenhados e caminhei no chão gelado, tentando me concentrar apenas na quentura da mão dele.

As luzes se acendiam conforme avançamos o passo e apagava quase no mesmo instante. Essa era apenas uma das vantagens de ter um sensor de presença para iluminação.

O caminho para o riacho não passou de um borrão, tínhamos que driblar os seguranças noturnos e evitar emitir qualquer som, então me vi prendendo a respiração sempre que via aqueles homens gigantescos de preto como uma estátua em cada canto do palácio ou até mesmo desfilando pelo salão para fazer a ronda.

Ian me abraçou assim que conseguimos passar pela saída de emergência, já que o pesado portão principal estava fora de cogitação.

Confesso que fiquei menos tenso quando um de seus braços contornaram a minha cintura e quando senti a grama pinicando nos meus pés descalços.

Vi que Ian segurava uma toalha branca e parecia muito animado para nadar.

— Qual é o motivo disso? — perguntei, ainda sem entender.

— Eu quero nadar — disse dando de ombros. — Ontem você mal falou comigo depois que a sua mãe foi embora, fiquei com medo de que estivesse chateado com alguma coisa.

— Bem, não estou — Me afastei dele, um pouco irritado pelo rumo que a conversa estava tomando. — Foi só uma discussão que eu e ela tivemos, não tem nada a ver com você.

— É claro que tem, por causa de mim ela ficou zangada — Ian parou de andar e se colocou na minha frente, segurando o meu braço como se quisesse me manter ali.

— Já foi tudo resolvido — puxei meu braço de volta e continuei andando, dando uma cotovelada proposital quando passei. Por que ele não podia simplesmente cuidar da vida dele? Se eu digo que está tudo bem, é porque está tudo bem. — Acabou com a sua DR?

Ele deve ter notado que eu estava ficando zangado e quando chegou perto de mim pareceu mais calmo.

— Não é uma DR — disse com um suspiro pesado. — Eu só estava preocupado.

Feche a porta quando sair ✅Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon