Capítulo 29

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"O homem não deixa de viver quando morre, mas sim quando deixa de amar." ❤✨

Boa leitura.

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Certo, como ele havia achado minha casa? O que tava fazendo ali? Ele perdeu o juízo?

- Arthur? - dona Penelope surge atrás de mim. Como ela conhecia ele?
- Tia?

O quê? Tia?

- Certo, o que você tá fazendo aqui? - apontei pra ele. - E como a senhora conhece ele?
- Tia Penelope. -  ele entrou e foi a abraçar a "tia".
- O que faz aqui, filho? - ela perguntou com aquele jeitinho meigo.
- An... Vim ver a senhora. - ele estava mentindo.

Eu estava completamente confusa, dona Penelope era tia de Arthur, o que ele veio fazer aqui?

Ele virou para mim e me olhou fixmente, dona Penelope se prontificou a falar.

- Lia, este é o meu sobrinho, Arthur. Arthur essa é a Thalia filha do Carlos, meu patrão. - ele me comprimentou como se tivéssemos acabo de nos conhecer. Eu conhecia ele até demais.

Fomos pro sofá e Arthur e dona Penelope conversavam atentamente enquanto eu os observava, parecia que não se viam há anos.

- Vou pegar algo para você beber filho. - ela disse e saiu em direção da cozinha.

Dona Penelope saiu me deixando sozinha com Arthur, ainda não havia absorvido toda a situação que estava acontecendo, ele me olhava fixamente.

- Arthur, o que tá fazendo aqui?
- Eu preciso falar com você. - ele parecia preocupado.
- O quê? - fiquei preocupada também.

Ele levantou do sofá e veio até mim que estava sentada na poltrona de frente pro sofá, segurou minha mão e se prontificou a falar.

- Soube que Samanta ligou para você.
- Como soube?
- Por que não me contou?
- Não queria preocupar você. - disse o que era verdade.
- Agora estou bem mais preocupado. Samanta está louca de ciúme... E...- ele parou de falar.
- E? - perguntei com curiosidade.
Ele acariciou minha mão e me olhou com um olhar triste.
- Não posso deixar você ficar submetida as loucuras dela.
- O que quer dizer?
- Não podemos ficar juntos agora...

Como assim não podíamos ficar juntos agora? Ele tava terminando comigo o que nem tinha começado?

- Arthur, eu... Eu não tô entendendo...- falei já gaguejando um pouco.
- Thalia meu anjo. - ele segurou meu rosto com as duas mãos e acariciou o mesmo. - Eu conheço a mulher que eu tenho há anos.

Ouvir ele dizer que a Samanta era mulher dele me deixou mexida, lembro que quando tivemos nossa "primeira" vez juntos e eu perguntei quando ele assumiria pra ela que estava tendo algo comigo ele disse que eu era mulher dele. Lembrei-me das palavras de Glória, ela disse que isso tudo daria merda e acho que isso estava começando à acontecer agora, talvez Glória estivesse meio certa nesse quesito.

- Arthur, eu estou disposta a enfrentar isso com você, nós vamos passar por isso juntos, a Samanta quer que aconteça isso mesmo. - eu não iria desistir fácil dele, eu o amava e se nosso amor fosse forte o suficiente ele passaria por esse obstáculo.

Ele balançou a cabeça negativamente e tirou as mãos do meu rosto, ficou de pé.

- Você não entende agora, mas eu não posso deixar que ela faça mal para você Thalia, eu a conheço bem. Nós vamos voltar quando eu me ver finalmente divorciado dela, falta alguns meses apenas, mas por enquanto eu preciso que fiquemos longe um do outro. - eu me irritei com aquilo, eu queria correr os riscos, todos os riscos para ficar com ele. Talvez eu esteja sendo egoísta ou cabeça dura, mas poxa era difícil ouvir tudo aquilo.
- Arthur eu topei arriscar tudo pela gente e você disse o mesmo. - levantei ficando um pouco alterada.
- Me entenda e por favor não dificulte tudo isso. É difícil para mim também Lia.

Eu via que ele estava visivelmente preocupado, os olhos dele demonstravam isso, quem era eu para exigir alguma coisa de Arthur? Ninguém. Aceitar aquilo era difícil para mim, talvez o tempo fosse bom para nós, Arthur se divorciaria de vez e ficaríamos juntos e em paz sem Samanta para atrapalhar tudo. Respirei fundo.

- Tem razão, será bom para nós... - eu disse cabisbaixa e ele me abraçou forte.
- Eu te amo, Lia. - ele falou enquanto os braços dele estavam envolvidos em mim.
- Também te amo. - correspondi e ele soltou de mim depois que beijou a minha testa.

Dona Penelope voltou uns minutos depois com uma bandeja na mão com coisas para todos nós comermos, ela contou para mim que ela e a mãe de Arthur foram criadas pela mesma mulher mas não eram irmãs de sangue, a tal mulher morreu quando ambas tinham de 17 ou 18 anos, a mãe de Arthur engravidou dele ainda com os 17 anos e dona Penelope ajudou a cria-lo até os 7 anos de idade, depois Arthur e a mãe vieram do interior para cá e dona Penelope conheceu um rapaz do interior mesmo e se casou com ele, casaram e viveram juntos até que a morte os separasse literalmente, o marido de dona Penelope morreu com seus 35 anos de uma doença, morreu cedo e ela sofreu muito. Veio para cá, nunca tiveram filhos por ele ser estéreo, dona Penelope sempre foi sozinha, perdeu o contato com a mãe de Arthur mas hoje nessa dele vir aqui, ela pegou o telefone da "irmã" dona Penelope era a mulher mais doce que eu conhecia, ela ser sozinha no mundo me dava dó e eu fiquei feliz por ela ter encontrado Arthur, fiquei surpresa por ele lembrar dela já que eles não se viam desde que ele era criança.

Arthur foi embora uma hora e meia depois, prometeu ir a casa de dona Penelope mais vezes e levar a mãe junto, foi estranho ele ter vindo aqui, mas gostei de saber que ele sabia onde ficava a minha casa.

A ideia de não ficarmos mais juntos era difícil de aceitar, nós não teríamos mais contato a partir de hoje a não ser na escola já que eramos professor e aluna, ele garantiu que seria melhor assim para nós dois por enquanto.

A noite chegou rápido e eu fiquei sem ânimo para qualquer coisa, decidi ficar no quarto e ouvir música. A porta foi aberta e Iasmin apareceu com um sorriso no rosto, fazia tempo que eu não a via pois ela e meu pai chegavam tarde, reparei que a barriga dela estava aparente, já havia aceitado o fato dela e do meu pai se gostarem, era aparente isso neles, decidi apenas aceitar e pronto. Eu estava ouvindo música sem os fones, apenas no auto falante.

- Thalia, vamos jantar? - ela perguntou serena. Acho que a gravidez estava deixando ela menos chata e falsa como antes.

Assenti e ela saiu, calcei meu chinelo e desci. Meu pai estava sentado a mesa ao lado dela, sentei e me servi.

- Boa noite filha, estava com saudades. - ele falou me dando um sorriso e eu retribui. Fazia tempo que eu não via meu pai, a empresa dele estava com alguns problemas e ele precisava solucionar rápido. Conversamos os três sobre tudo que estava acontecendo nos últimos tempos, por incrível que pareça eu fui gentil com a Iasmin e ela comigo e até perguntei o sexo do bebê que era um menino e se chamaria Gabriel.

A minha noite foi assim, tomei um banho e vesti meu pijama, deitei na cama e coloquei meus fones, tocava uma música baixa. Pensei eu tudo que estava acontecendo na minha vida nos últimos meses, em Arthur, as loucuras do Chris e os sentimentos de Lee por mim, Samanta que estava louca de ciúmes e essa fase na minha vida familiar. Foi tudo tão rápido que nem me toquei que na próxima semana já começava as aulas do 2° semestre, logo logo eu acabaria o 3° ano e iria para faculdade, e começaria uma nova etapa na minha vida, como será que seria? Eu teria mais surpresas?

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Ois, tudo bom aê? Espero que sim. ❤

Eu estou ainda com um pouco de dificuldade em escrever mas estou pensando muito em como organizar as ideias. Consegui escrever este capítulo agora, que é este!

Espero que gostem, estou tentando hein.

Obrigada se leu até aqui. 🌈

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Obrigada pelos quase 12k, acho que chegou já, enfim obrigada!!! Cês são MIL. ❤👌😊

Um beijo, bye...

Kilvia. 📝💖

Meu Proibido Professor (DISPONÍVEL ATÉ 31/07)Where stories live. Discover now