Capítulo 56

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"Tenha paciência, coisas boas levam tempo." 🌼🍃

Últimos capítulos!

Boa leitura

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Maria Helena narrando

- Porra! - eu digo ao bater meu dedo mindinho no pé da cama.

Minha mãe aparece na porta, me olha e ergue uma sombrancelha.

- Não fale palavrões Helena! - ela diz.

Assinto e guardo o resto das roupas no armário.

Sento na cama e vou ver como ta meu dedo, vejo que está só um pouco vermelho e dolorido, meu dedo mindinho deve ter um pacto com os móveis daqui de casa, saco.

Meu irmão entra no quarto com uma arminnha de fazer bolhas de sabão e as solta no meu quarto, eu estouro todas e ele olha pra mim com um bico, rio e ele saí do quarto correndo.

Minha mãe entra no quarto com ele.

- Estamos indo no hospital. - ela diz.

- Você não vem Malena? - meu irmão pergunta.

- Não, hoje não, mas dá um beijo no papai por mim okay? - ele assenti.

- Fica bem meu amor e qualquer coisa liga, de lá vamos no shopping, se quiser ir você liga que venho te buscar. - assinto e eles saem.

Bom, eu sou a Maria Helena ou Malena que é como gosto de ser chamada atualmente, tenho 13 anos. 7 anos se passaram desde que meu pai entrou em coma, nesses anos ele ainda não apresentou nenhuma melhora ou os médicos deram previsão de quando ele vai acordar, é ruim ter que ir no hospital quase todos os dias e ver que ele está na mesma.

Em todos esses anos já aconteceram tantas coisas, bom, minha mãe teve o meu irmão, obviamente o meu pai não pode acompanhar a gravidez, minha tia Glória que ficou do lado dela durante a gravidez e até quando meu irmão completou 3 anos porque minha mãe acabou tendo depressão pós parto, ela não quis dar da mamar pro meu irmão, não chegou a rejeita-lo nem nada, só que o fato do meu pai estar em coma afetou ela durante toda a gravidez e após também, mas com a ajuda da tia Glória, idas ao psicólogo e terapia ela se curou. Depois a tia Glória viajou para Londres onde foi fazer uma outra faculdade. Desde pequena eu ajudava minha mãe a cuidar do Pedro, que é o nome do meu irmão, eu cresci sem a presença do meu pai, quer dizer, o corpo dele estava ali, mas ele não.

Faltava 5 meses para completar 8 anos que meu pai já estava em coma, nesses anos todos os médicos quiseram desligar os aparelhos milhões de vezes, mas desde que eu me entedo por gente nunca quis ou deixei, junto com a minha mãe, quando fez cinco anos de coma ela quase deixou que desligassem de vez, mas eu mesmo ainda sendo criança pedi muito a ela que não deixasse, e ela me ouviu, nunca desisti ou desacreditei que um dia ele fosse acordar, sei que ele vai acordar, não sei quando, mas vai. Minha mãe já perdeu as esperanças várias vezes e as recuperou, pra ela era muito difícil ver o homem que amava numa cama de hospital por anos e na mesma, mas eu sempre tentava fazê-la acreditar que ele iria acordar, ela só se mantinha forte e acreditava numa melhora por mim e pelo Pedro.

Daqui à alguns meses eu completo meus 14 anos e o que mais eu peço a Deus todos os dias é que Ele permita que meu pai acorde e possa passar o meu aniversário junto de mim, meu irmão já tem 6 anos, ele completou recentemente, ainda não entende o porque do meu pai "dormir" o tempo todo, mas achamos melhor não tentar explicar para ele já que é muito pequeno, para ele o nosso pai tá apenas dormindo profundamente e vai acordar assim que o papai do céu "manda-lo acordar, é assim que ele diz pros amiguinhos da escola quando perguntam do pai.

Meu Proibido Professor (DISPONÍVEL ATÉ 31/07)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora