Meu Proibido Professor (DISPONÍVEL ATÉ 31/07)

Capítulo 48

"Seja o arco-íris na vida de alguém"

Boa leitura. ✨

*-°-*-°-*°-*

Glória narrando.

Estremeci com as palavras do pai da Thalia, saí dali em imediato, ele me dava medo, muito medo. Passei a noite no hospital, quando tive total certeza que ela estava 100% bem, eu fui embora, não dormi, troquei de roupa e fui pra penitenciária, estava com a foto da Maria Helena na mão, revelei a foto antes de vir já que não se pode entrar com aparelhos eletrônicos, entrei na sala que era de visitas e sentei lá com a foto na mão, ele entrou minutos depois com as mãos algemadas na frente dele, se sentou, olhei pra ele que tinha uma expressão triste no rosto, peguei na mão dele e coloquei a foto da filha, ele olhou a foto com os olhos já cheio de lágrimas, também não consegui segurar e acabei derrubando umas também, estar naquele lugar deveria ser um inferno.

- Minha filha... A-a minha princesinha... Que linda. - ele deixou algumas lágrimas escaparem. - e ela? Como ela está?

- Ela está bem, não se preocupe, tudo ocorreu bem. - disse confiante.

- Graças a Deus. - ele suspirou - Glória, o meu julgamento é semana que vem, eu gostaria de ter você lá.

- Mas já? - perguntei surpresa.

- Sim. Ulisses está fazendo todo possível pra me tirar daqui, vou ser julgado por juri popular.

- Sério?

- É... Não sei se há alguma vantagem nisso.

- Eu vou estar lá. Prometo.

- Obrigada, está sendo uma grande amiga. - ele sorriu sem mostrar os dentes.

Pegou na minha mão e acariciou por um segundo, agradeceu outra vez e teve que ir, era algo muito rápido, o tempo passava voando.

Pensei no futuro dele, qual seria a sentença, será que ele sairia daqui? Eu esperava que sim, a Lia precisava dele, a Helena precisava dele, eles eram uma família e tinham que estar juntos, tentei pensar em algum jeito de contar pra Thalia que ele não havia ido embora, não do jeito que o pai dela disse, na verdade ele está aqui pagando por algo que cometeu sim, mas com o depoimento dela, tudo poderia mudar, talvez tivessem mais chances dele sair daqui. Pensei nas ameaças do pai dela, eu não podia deixar a Thalia sem saber da verdade e o Arthur correr o risco de ser condenado sendo que ela pode ajudar contando também a versão dela, eu já o considerava um grande amigo, ele tem duas pessoas que precisam dele mais do que nunca lá fora, pensei no que o pai da Lia poderia fazer comigo e não consegui imaginar ele fazendo nada de ruim, era difícil, sempre vi ele como um homem bom.

Decidi que iria contar sim a verdade, se Arthur fosse condenado eu não iria me perdoar sabendo que poderia evitar, saí daquela sala e peguei minhas coisas, saí dali decidida e pronta pra contar tudo, o pai dela não iria me impedir.

Eu admirava a bebê que estava dormindo na cama da Lia, ela parecia um anjinho, o Arthur daria tudo para estar aqui agora, Lia tava no banho, eu estava esperando ela sair para contar finalmente a verdade. Ela saiu minutos depois e eu me voltei para ela.

- Se sente melhor? - perguntei me ajeitando na cama.

- Sim, só um pouco cansada.