Capítulo Sessenta

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Por Dimitri Belikov.

Acordei com uma equipe de paramédicos a minha volta ou algo assim, havia muitas vozes juntas e muito alvoroço se formando por uma razão que eu não conseguia entender, colocavam uma espécie de respirador em mim e ficavam fazendo perguntas que eu não conseguia ouvir direito. Pelo que entendi alguma coisa grande havia batido de frente com a nossa viatura e haviam sequestrado Rose e não haviam pistas de quem havia feito aquilo e o motivo para tal reação.

- Para onde estão me levando? Alguém pode me dizer o que está acontecendo e para onde estamos indo? –Perguntei meio grogue e com vontade de vomitar.

Não obtive respostas de qualquer um que fosse, então presumi que minha voz mal estava saindo e eu estava fraco demais para discutir e então eu basicamente desmaiava e acordada por grande parte do tempo, lembrava de poucos rostos e vozes realmente familiares e o resto era um grande borrão preto.

Quando finalmente abri os olhos percebi que não fazia ideia de onde estava, o quarto branco simplesmente não me era familiar em nada, senti uma mão apertar a minha e ao virar o rosto vi que Tasha Ozera me encarava com preocupação.

- Oi, como se sente Dimka? –Perguntou ela com um pequeno sorriso tímido, aliás nossa última conversa não tinha sido muito agradável.

- Meio dopado, mas inteiro eu acho. O que aconteceu? –Perguntei fechando os olhos na esperança de conseguir clarear as ideias mais rápido.

- Você e sua aluna foram encontrados e presos e então alguém atacou o carro que estava transportando vocês. Rosemarie desapareceu e estão achando que ela fugiu ou algo assim. –Respondeu Tasha me encarando com preocupação.

- Merda! – Praguejei totalmente irritado, afinal estávamos tão perto de conseguir.

- Merda digo eu, o que exatamente deu em você para ajudar a sua aluna a fugir daquele jeito Dimka? –Questionou Tasha me olhando com reprovação em seus olhos castanhos chocolate.

- Ah meu saco... Cala a boca Tasha, eu realmente estou sem saco nenhum agora para forçar a minha mente a lembrar que somos amigos bem antigos e então não me obrigue a brigar com você. –Falei fechando a expressão e então percebi que havia uma algema prendendo meu braço a cama. –Isso é sério? Olha, não é por nada não, mas se eu realmente estivesse afim de fugir novamente está na cara que essas algemas não iriam me segurar por mais de 2 segundos.

- Vai por mim, eles sabem muito disso, aliás é exatamente só por isso você está aqui agora. Vivo. Se você reparou metade dos escalados que te pegaram já trabalharam com você no passado e então acharam que poderiam lhe dar a chance de se pronunciar a respeito do que você fez e o porquê. Você deu muita sorte Dimka, não brinca com isso de novo. Olha só, temos no máximo mais 2 minutos antes que o Hans e Guardiões entrarem por essa porta, levarem você e então te farão perguntas por 12 horas. Seja lá o que tenha feito você ajudar sua aluna, por Deus que seja um bom motivo Dimka. –Disse Tasha agora com um olhar preocupado. –Tem algo que você queira dizer pra mim?

- Depois que isso acabar a Corte Real terá muitas desculpas para dar. –Falei de forma ríspida e fria.

E então antes que Tasha pudesse dizer mais alguma coisa, Hans e mais cinco Guardiões entraram no quarto.

- Bom dia Belikov. Desculpe Lady Ozera, fim do horário de visitas. –Disse Hans apontando a porta ao se aproximar da cama onde eu estava.

- Certo, eu já estava me retirando mesmo Hans. E Dimitri, pensa bem no que eu disse com cuidado. –Disse Tasha antes de se retirar.

Academia De Vampiros - Escuridão Do Espírito (LIVRO 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora