Academia De Vampiros - Escuridão Do Espírito (LIVRO 1)

Sessenta e Sete

Senti um incomodo estranho em meu peito na direção do coração e então após respirar fundo e sentir algo diferente em resposta não me era surpresa constatar que aparentemente eu estava mesmo viva. Era praticamente algo muito normal eu estar à beira da morte e voltar associando pronta para dar muita dor de cabeça para quem estivesse ao meu redor. - Os treinadores e Guardiões da São Vladimir e a Diretora Kirova que o diga. Após algumas tentativas falha finalmente abri meus olhos lentamente sem conseguir focar em nada específico ao meu redor durante um tempo e então percebi que por alguma razão desconhecida eu estava num quarto da Corte Real.

Estranho, o que diabos eu ainda fazia na Corte Real mesmo tendo armado a maior confusão nesse lugar? Tinha alguma coisa errada acontecendo, eu só não sabia dizer se iria gostar de saber o que poderia ser dessa vez.

Após constatar que eu havia tido um pesadelo bem estranho com a minha própria vida rapidamente senti que deveria sair dali mesmo que não soubesse o porque ou o que iria fazer e até tentei fazer isso de imediato, porém no segundo que levei minha mão ao rosto afim de arrancar a porcaria de plástico que colocaram em meu nariz um par de mãos grandes e quentes travaram meus braços ao lado de meu corpo e então o melhor som do meu mundo tomou conta do ambiente. A voz de Dimitri.

- Nada disso, não pode arrancar isso do lugar ainda, se comporte ou chamo alguém para sedar você de novo. –Disse ele de forma dura, porém calma ainda me segurando com firmeza e cuidado.

- Você não faz ideia de como é bom voltar de um lugar que minha alma vive tentando ir e então poder ouvir esse "Roza" de novo. –Falei com um pouco de dificuldade.

- Bem-vinda de volta do mundo dos mortos ou quase isso. –Disse Dimitri e senti quando ele deu algo parecido com um sorriso.

- Então quer dizer que agora além de treinador, você é o meu enfermeiro Camarada Belikov? –Perguntei ainda lutando com a escuridão que toldava os meus olhos, eu queria muito ver o rosto dele.

- Digamos que é algo bem parecido com isso Roza. –Disse ele com uma leve risada.

Novamente tentei me mexer e ele me apertou um pouco mais.

- Você é mesmo teimosa demais quando quer, já disse que você não pode fazer isso ainda. Rose, entenda que você quase morreu quando foi atingida no peito, então seja uma Dhampira boazinha e tenha o bom senso de colaborar um pouco com a situação. –Repreendeu Dimitri com a voz um pouco mais alterada que antes; eu podia estar ficando louca, mas ele parecia estar com vontade de chorar.

- Eu vou me arrepender se perguntar o que aconteceu depois que fui atingida? -Questionei com muito cuidado com cada uma de minhas palavras. -Eu não consegui entender muita coisa depois do primeiro tiro contra mim... Ah meu Deus a Lissa. Dimitri, ela foi atingida. Ouvi o Christian dizer isso.

Dimitri viu meu desespero explodir, porém ainda conseguiu manter o controle de si mesmo e passou as mãos por meus cabelos castanhos e sorrio de forma tranquila.

- Ela está bem apesar do que passou, não precisa se apavorar com nada agora Rose. Na verdade, ela teve realmente muita sorte lá, porque o tiro pegou de raspão sobre a costela de Lissa que nem mesmo quebrou ou estilhaçou por dentro e isso protegeu os bebês que nasceram dois meses antes do previsto pelo trauma emocional e físico que ela passou. Um casal de gêmeos pequenos, porém muito saudáveis e fortes para o tempo deles de formação incompleta dos 9 meses de gestação. O menino se chama Lucas Dragomir Ozera em homenagem ao pai de Christian, por uma sugestão da própria Lissa a menina recebeu o nome Marie em sua homenagem por indicação de Christian e o nome da mãe de Lissa também, então a garotinha vai se chamar Marie Rhea Dragomir Ozera, eles estão no centro médico ainda por segurança dos bebês e recuperação de Lissa, mas estão todos muito bem. -Explicou Dimitri me olhando com preocupação.