capítulo 71

4.4K 302 42
                                    

Japa on

Já faz uns dias que eu to evitando a Jade desde o acontecido no restaurante. Sei que não sou ninguém pra julgar ela mais porra, tô fechando 10/10 com a mina pra ela me tira de otário? Nasci ontem não meu irmão.

Ainda tem a cara de pau de me dizer que quando foi falar com o mano acabou tendo imprevistos, o imprevisto dela e a boca dela ir de encontro com  boca do mano. Vai mentir pro capeta.

O pior é que sinto falta daquela filha da puta, de ouvir ela rir e passar horas e horas  falando sem que eu me canse de ouvir. Rafa diz que tô errado, que devo tá me precipitando demais e que isso pode dar merda. Nem sei mais o que pensar, só sei que quero distância.

Levanto da cama virado do baile, a recassava batia forte e até mesmo o mínimo barulho parecia uma explosão. Tomo um banho gelado pra despertar, faço minhas higienes e saio do banheiro, me seco e coloco uma roupa qualquer. Desço até a cozinha e como uma fruta pra não ir pros corres  de barriga vazia.

Tranco a porta de casa e vou pra biqueira andando mesmo, acendo o verde e vou fumando até lá. No caminho vejo uma menina baixinha dos cabelos longos, corpo escultural, sabia que era ela mas não queria falar com ela. Jade estava com uma saia jeans preta e uma blusinha de alça branca, ela estava  prendendo seus cabelos em um coque bagunçado.

Abaixo a cabeça e tento fingir que não a vi, mais tudo é em vão quando ela para de andar e fixa seus lindos olhos cor de mel nos meus me deixando brisado naquela mulher, ela da um sorriso sem graça que parece me enfeitiçar. Tento acordar daquele transe e passo reto por ela, que substitui o sorriso sem graça por um semblante entristecido.

Chego na boca e pego os nomes de quem ta devendo e não paga. Enquanto eu cobro os filhos da puta a Jade não sai da minha cabeça, a maldita insiste em me perseguir nos meus pensamentos. E se ela tivesse mesmo tentando conversar com o mano e desse tudo errado na hora ? E se eu to fazendo esse show todo por bobeira ? Perguntas sem respostas que apenas ela pode me responder.

Continuo meu trampo quando chega um filho da puta que me tira do sério.

Xxx: Você que é o ex namorado da Jade ? Mina gostosa hein.- abre um sorriso malicioso revelando os poucos dentes que tinha na boca.

Japa: Pega teu rumo filha do puta.- ele parece contente ao me ver nervoso.

Xxx: Ela deve ser apertadinha, puta safada.- ele diz olhando pra algo atrás de mim.

Japa: Cala a boca antes que eu estore o seus miolos. - digo estressado.

Xxx: Ela gemendo deve ser uma delícia, cara de santinha mais uma vadia na cama.- ele da um passo pra frente.

Sem dar corda dou logo um soco na cara dele pra ele aprender a respeitar a minha fiel. Ele tenta revidar mais acabo derrubando ele no chão, acabo reconhecendo ele. Era um dos caras que estavam devendo na boca, sorrio e começo a bater no cara sem massagem. Dou várias bicudas nele e socos na sua barriga, quando ele cai de novo pego sua cabeça e taco na calçada, meu rosto está cheio de sangue mas continuo a bater. Quando canso tiro a minha arma e descarrego  na cara do infeliz.

Sinto um frio percorrer minha espinha, olho pra trás só para garantir que nada acontecia atrás de mim  quando me deparo com a Jade com os olhos arregalados fixados no corpo do homem. Ela me encara e senta na calçada, Jade estava pálida e parecia atordoada. Respiro fundo e vou até ela.

Japa:  Você tá bem ?- pergunto preocupado.

Jade: Acho que vim conversar com você na hora errada.- ela volta a encarar o cadáver.

Japa: vamo conversar em um lugar reservado.- pego na mão dela e a levo pra um lugar privado.

Seu rosto fica vermelho de vergonha, e eu tento não rir com sua expressão. Eu levo ela para a minha casa para que possamos conversar melhor e quem sabe possamos fazer as pazes.

O caminho até minha casa é silencioso, ainda seguro a mão dela que segura minha mão firme. Ela estava tão linda, estava tímida e mal me olhava nos olhos. Assim que chegamos na minha goma ofereço algo pra ela comer ou beber.

não ofereço meu piru porque estamos brigados.

Ela senta no sofá e me encara, fico sem reação e ela acaba tomando a iniciativa.

Jade:  Por me ignorou ? Eu não aguentava mais ficar sem falar com você.- seu rosto aparentava tristeza.

Japa: Ah, bateu mo neurose com aquele mano. Você tava de rolo com ele e depois começou a ficar comigo e vem essa de não terem conversado. Achei que tivesse me tirando como otário.- desabafo.

Jade: Eu tentei de tantas formas falar com ele sobre eu e você, mais nunca havia tempo para conversamos. O tempo foi passando e acho que acabei me enrolando nessa história.- ela abaixa a cabeça e coloca uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

Japa: Tem certeza ? Você ia mesmo contar pra ele ?- digo desconfiado.

Jade: Eu te garanto.- ela afirma com convicção.

Vou até ela e a abraço muito forte, agora sim eu faço a minha proposta pra ela.

Japa: Ouvi dizer que um beijo pode fortalecer a relação, imagina a grande ?- digo com um sorriso malicioso.

Jade: Só pensa em putaria, garoto.- da uma risada gostosa.

Ela me dá um beijo lento e cheio de saudade. Que saudade dessa mulher. Pego ela no colo e prenso ela na parede, beijo seu pescoço e mais uma vez da uma risada gostosa. A risada dessa garota parecia de um bebê e eu me derreto todo com isso, ela arfa e sussurra algo no meu ouvido que não consigo ouvir.

Japa: O que você disse ?- sussurro de volta.

Jade: Eu te amo Sr. Lunardi.- ela me dá um beijo lento.

Eu só sabia sorrir, levo ela pro meu quarto e a jogo na cama, ela ri e fixa seus olhos no meu com cara de safada. Ela beija meu pescoço e deixa marcas por onde passa, suas unhas sobem e descem pelas minhas costas e eu já imagino o estrago que ela estaria fazendo. Jade tira minha blusa com um sorriso safado e com os olhos brilhantes, tiro a roupa dela e ela a minha, aos poucos vamos nos encaixando devagar, como um quebra cabeça perfeito. Nossas respiração estavam tão perto uma da outra que não sabíamos qual era minha e qual a dela, nossos lábios pareciam ser feitos um para o outro, sempre se encaixando perfeitamente e nossas  línguas pareciam dançar juntas em um ritmo sincronizado.

Quando já estamos completamente nu  eu paro o que estava fazendo, o nosso beijo e começo a admirar o corpo dela que parecia ser esculpido por um anjo. Ela escondia o rosto entre as mãos com vergonha e eu sorria por ela estar vermelha, eu podia ver o sorriso sem graça através de sua mão, chego perto do seu ouvido e sussurro.

Japa: Você é linda, dos tornozelos a cabeça.- mordo sua orelha.

Jade: Dos tornozelos ?- diz confusa.

Japa: É que seu pé é feio. - Dou risada e ela me bate.

Nossa noite seria longa mais uma das melhores da minha vida.

Amor e ÓdioWhere stories live. Discover now