Ovelha Negra [Completa]

Duvidou, pagou

 Quando eu disse que sempre poderia provar, não era blefe

  Ofendida. É assim que estou me sentindo no momento. Não é porque sou apenas uma coluna no jornal da escola que devo ser tratada com tamanho descaso. Minhas palavras são tão verdadeiras quanto os fatos e se vocês são incapazes de acreditar, bem, o problema não é meu.

  Já deixei bem claro minhas intenções por aqui, e se não se lembram, devo recordar que nenhuma delas era mentir. Meu comprometimento é de cunho revelador, ou seja, só direi fatos já acontecidos. Se não forem capazes de acreditar nisso é porque são capazes de acreditar nos meus alvos, duvidam de mim porque acreditam neles. E meus caros, não há erro pior que esse.

  Alegar que o que eu falo é mentira é como fechar os olhos pra verdade, como escolher continuar vivendo essa farsa criada e controlada por aqueles que se consideram acima de todos. Vocês não aceitam minhas palavras porque preferem acreditar que não foram tão burros a ponto de não verem, não perceberem a verdadeira essência dos seus colegas de convivência. Porque realmente, pra não enxergar os lobos em pele de cordeiro pelos quais estão cercados, de duas uma: ou vocês são burros ou são inocentes demais.

  E por falar em inocência eu me lembro de você Isabela, não por você ser uma, porque obviamente não é, mas sim por possuir uma certa insensatez, que pode ser chamada de inocência. O que eu quero dizer com isso? Bem, quero dizer que eu sei que você me renegou, sei que me desmentiu, que disse que criei boatos para te atingir. Vamos esclarecer uma coisa de uma vez por todas, eu não quero te atingir, eu quero, e vou, te destruir.

  Como toda boa pecadora aqui vai sua penitência, só um lembrete de que eu não estou pra brincadeiras, e de que você deve sempre pagar pelos seus pecados. O dessa vez?

  Você levantou falso testemunho.

  Contra mim. E vai se arrepender bem disso. Por isso estimada Bela, aqui vai para você, e para todos, a prova de que quando eu digo que falarei a verdade, eu falo. Aos que acreditaram em você, sintam o sabor de estarem errados, porque estou me deileitando ao provar que estou certa. Quanto a você Santa, da próxima vez que for mentir certifique-se de mentir bem, e certifique-se de que a mentira não seja contra mim.

  Um conselho? Cuidado com o tamanho das mentiras que conta, uma hora elas podem se virar contra você, e o seu tamanho pode não ser o suficiente para suportá-las.