O Colégio Órion é conhecido pelo alto nível intelectual de seus estudantes, pelo grande talento que eles possuem em Campo, e pelos rostos bonitos e de boa conduta. O que ninguém conhece sobre o Colégio Órion, é quem realmente estuda lá, porque por t...
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Aquele não era mais um dia qualquer no Colégio Órion. Para falar a verdade, aquele dia tinha tudo para entrar pra história, em outras palavras, tinha todas as pessoas que fariam história. Aurora, Kara, Olívia, Otto, Vinícius e Caio. Se eles acreditavam que fugiram da detenção, após todas as tentativas de decidir por uma data sem sucesso, estavam enganados.
Tudo bem que o diretor até pensou em relevar esse castigo, afinal de contas, os responsáveis diretos pela briga já haviam sido punidos e os envolvidos já haviam recebido o velho sermão necessário. Sem contar que com toda a correria dos últimos dias foi quase impossível marcar uma data para a detenção, e nenhum professor estava disposto a perder um sábado inteiro na companhia daqueles que juntos eram sinônimo de confusão. Mas pra sorte do diretor eis que surge uma alma corajosa o suficiente para encarar aquela prova de fogo: o treinador Bigode, conhecido por seu pulso firme e rigidez. Foi um golpe de sorte tê-lo como voluntário, uma pena os detentos não poderem dizer o mesmo.
Olívia não estava animada, obviamente, mas isso não era culpa da detenção em si, já havia enfrentado esse problema outras vezes. O que tornava tudo pior agora eram suas companhias. Se tivesse que escolher a dedo as pessoas com quem mais detestaria ficar trancafiada no sábado, aquelas certamente estariam entre elas. Mas sua maior preocupação era o irmão, em todo seu histórico exemplar aquela era a primeira vez de Otto ali, ou melhor, segunda, mas a anterior havia sido diferente. Agora existiam muito mais sentimentos envolvidos do que apenas ódio.
_Eu volto pra buscar vocês mais tarde, tentem se comportar como deveriam ter feito antes de vir parar aqui - Mariana avisou os filhos ao encará-los pelo retrovisor. Era bom vê-los serem punidos por seus atos, afinal de contas, é errando que se aprende- e mais uma coisa, Olívia -a garota que estava quase do lado de fora do carro, parou ao escutar seu nome- sei que aquela garota vai estar lá, então por favor, não me faça voltar aqui no sábado que vem - era óbvio que ela estava falando de Kara, Aurora era para Mariana como uma filha, um anjo injustiçado.
_Vou me esforçar - Oli murmurou batendo a porta, mas sabia que manter sua promessa exigiria muito mais que esforço.
A matriarca dos gêmeos Mazzini arrancou com o carro, deixando ambos para trás lamentando antecipadamente por estarem ali.
_Boa sorte, porque acredite, a gente vai precisar de muita - Otto sussurrou para a gêmea enquanto se dirigia em direção ao edifício.
Olívia assentiu desanimada enquanto acelerava o passo para acompanhar o irmão, o que não era lá muito difícil, pois ela ainda era uma Mazzini, e tinha uma altura considerável.
Quando entraram no corredor, a garota passou a guiá-los por aquele caminho qua já conhecia tão bem. Em pouco tempo, já estavam em frente a sala de detenção, que não passava de um espaço isolado, abafado e pré-histórico. Um terror pra qualquer um. Dizem que lá já foi um porão ou depósito, isso explicaria o cheiro de mofo vez ou outra, mas ela gostava de imaginar que aquelas paredes haviam sido criadas exatamente com o propósito de prender jovens inconsequentes.