Capítulo 22 - A raposa e a Ovelha

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  Realmente, não foi pequeno o número de pessoas que ficaram surpresas com a exposição de Martin, até o momento a Ovelha Negra só havia atacado quem realmente havia aprontado alguma e, pra todos os efeitos, ele era mesmo o bom garoto

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  Realmente, não foi pequeno o número de pessoas que ficaram surpresas com a exposição de Martin, até o momento a Ovelha Negra só havia atacado quem realmente havia aprontado alguma e, pra todos os efeitos, ele era mesmo o bom garoto. Porém, assim como o colocado na publicação, no caso dele, o que significava ser bom? Ignorar as atitudes da namorada? as vítimas? Os dois? Bem, era difícil dizer, mas não era difícil afirmar que agora, depois de enxergar o ponto de vista da coluna, os estudantes não enxergavam ele da mesma forma.

  Ainda tinha o boato de seu término com Aurora, que foi ainda mais reforçado pela Ovelha. Se antes todos tinham dúvidas, agora só havia certeza, eles não estavam mais juntos, ela o havia descartado assim como a Abelha rainha mata seu Zangão após a cópula. Mas os dois sabiam que não foi bem assim, ela teve outras razões pra tal decisão, mesmo que não parecessem razões normais para alguém como ela. O problema era todos entenderem isso, a começar pelo próprio garoto.

  Martin havia passado os últimos dois dias tentando entender as razões para Aurora ter feito o que fez, eles estavam bem, ela parecia feliz ao seu lado, ela precisava de seu apoio nessa fase difícil. Então porque expulsá-lo de sua vida? Porque impedir que ele fizesse o que sentia que era certo? Amá-la. Eles deviam conversar sobre isso, entrar em um concenso, porque certamente ele não concordou com o término, aceitou em respeito a decisão da namorada, o que não quer dizer que tenha lhe agradado. Ele sentia falta dela, de sua companhia, dos seus olhos sempre brilhantes, de seu sorriso aberto, do seu perfume extasiante, dela por completo. Ele ainda a desejava de corpo e alma.

  Martin estava magoado, em pedaços, parecia mais um manequim, incapaz de sentir qualquer coisa, do que um ser humano. Então, quando pegou o panfleto colado em seu armário, e leu o que a Ovelha Negra tinha a dizer, ele não demonstrou nada, nenhuma surpresa, nenhuma raiva, nada. As pessoas que assistiam o desenrolar da cena esperavam algo mais emocionante, os expostos sempre começavam a armar um escândalo digno de cinema, Martin se limitou a dobrar o papel e colocar em seu livro. Depois saiu dali como se não fosse o centro das atenções, o novo alvo.

  Na sua cabeça só havia um mesmo pensamento, "aquilo era mesmo verdade?". Ele amou Aurora tanto ao ponto de abandonar sua própria essência para se espelhar na dela? Não, não fez isso, ele continuou sendo ele, mesmas atitudes, mesmo garoto. Quando conheceu sua garota ele já era daquela forma, não foi sua lealdade ou cegueira que o fez assim.

  Martin mudou seu percurso até a sala e foi parar na biblioteca, passando escondido pela Sra. Rosa e se refugiando no canto mais isolado, em uma mesa que ele conhecia bem, eles conheciam. Uma mesa que há anos atrás, foi onde tudo começou.

_Licença, eu posso me sentar aqui? -uma garota perguntou enquanto Martin resolvia um cálculo extremamente difícil

  Ele fazia parte do grupo de matemática e eles teriam uma competição no fim de semana, se ganhassem seria algo bom para se ter em um histórico. O garoto não se dignou a olhar para ela, apenas assentiu mais uma vez pegando a calculadora, o tempo estava se esgotando e ele não conseguia encontrar o próprio erro.

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