∞ Capítulo 11 - Riley ∞

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— Foi tudo tranquilo, aqui? — John pergunta assim que entra no estabelecimento.

— Tudo muito bem! Eu amei meu primeiro dia aqui.

— Fico contente em saber disso. Deu muitos clientes hoje?

— Ah... Mais ou menos. Mas vendemos muito hoje com o novo livro do John Green. — digo dando de ombros.

— Quer levar algum dele?

— Hoje, não. Até amanhã. — digo pegando minha mochila.

— Oh! Espere, Riley. — ele corre até a porta e a abre para mim — Meu pai fazia isso com todos os funcionários. — ele se justifica e em seguida abre um sorriso para mim — até amanhã.

— Até...

— Riley! — olho de volta para o John — Eu queria saber se vai fazer algo final de semana. Terá uma feira de li...

— Oi Riley, vamos? — vejo Shawn ao meu lado. Ele estava com um casaco preto, calça jeans também preta, um coturno e óculos escuros.

— John este é o Shawn, Shawn este é o John.

— E aí, cara. — John como sempre simpático estende a mão para cumprimentá-lo, mas Shawn somente olha para os lados fingindo que não foi com ele — É melhor ir, para onde quer que seja.

— Bem.... Até amanhã.

O carro do Shawn estava atrás do meu, então seguimos o mesmo caminho.

— Então, aonde vamos?

— Primeiro, passaremos na sua casa para você deixar seu carro.

— O que tem de errado com meu carro? E aonde vamos, para que eu não levasse meu carro?

— Vai gostar... Se eu fosse você, fazia para não se arrepender depois. E também, eu gosto de andar rápido com o meu opala e acho que essa coisa não vai acompanhar meu carro.

— Ah, estranho. O que eu faço com você? Reclama das minhas roupas, do meu serviço e ainda da minha Debby.

— Debby?

— Longa história. Então me siga, vamos até minha casa. Mas espero que não seja mesmo perigoso, tenho spray de pimenta na bolsa e meu tio é delegado. — menti na parte de que meu tio seria delegado, mas Shawn não precisa saber desta parte.

...

No carro do Shawn, estava um estranho silêncio. Estava ansiosa e nervosa para saber aonde iriamos. E se ele me levar em um restaurante? É claro que ele não vai. A questão é que eu nem troquei de roupa, por não fazer a mínima ideia aonde iriamos.
Será que vamos para um estúdio de tatuagem? Um bar? Mas não temos permissão legalmente para beber. Acalma, porra! Você vai ficar bem.

— Está tudo bem com você? — Shawn pergunta enquanto mudava de estação da rádio.

— Aonde vamos?

— Relaxa, vai ser divertido.

— Acho que nossos pontos de diversões são bastante diferentes. — digo, evitando de olhar para o Shawn.

— É um lugar que vou quando quero ficar sozinho.

Chegamos à um parque. Já ouvi falar nela; Falésias de Scarborough um dos pontos turísticos de Toronto. Seria até uma vergonha falar que não conheço o lugar, mas pelo meu medo de me aventurar demais não cheguei a explorá-lo.

— Você vem? — Shawn pergunta enquanto saí do carro.

Aparentemente, o lugar estava completamente parado, sem movimento algum. Estranho.
Segui o Shawn, já que não queria ficar naquele carro sozinha até Deus sabe a hora dele resolver aparecer novamente.
Não havia movimentação alguma — ao não ser os homens que faziam a limpeza do local; Shawn pareceu não se preocupar com eles e eles muito pouco fizeram questão da nossa presença naquele lugar —.

∞ Feel Something ∞ Where stories live. Discover now