∞Capítulo 77- Shawn∞

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Assim que vi a Riley ir embora, passei a mão por meus cabelos e chutei uma lata de lixo.
Ela está entendo o que quer entender, ela não me deixou explicar. Eu não tenho vergonha da Riley, essa fase já passou. Ela me irritou com suas perguntas constantes e eu acabei falando o que não devia na frente dela e da Trisha. Ela entendeu tudo errado e não quer me deixar explicar.
Noite passada, havia ido até a casa da Trisha, assuntos pendentes, e sabia que isto não iria durar mais do que cinco minutos. Porém, o problema cresceu ao invés de diminuir. E cresceu ainda mais quando Riley chegou a cozinha da casa da Trisha a minha procura.
A Riley novamente não está me compreendendo e está entendendo o que quer entender. Eu não a abandonei, eu não sentia a porra da vergonha que ela acha que eu ainda sinto dela. Somente queria resolver um problema que não envolvia a Riley.
Permaneço de cabeça baixa, tentando pensar em uma solução. Eu quero somente paz, caralho!

— Shawn, escuta aqui. Não me interessa o que você faz com a Riley entre quatro paredes, mas essa atitude de comer ela e depois fingir que ela não existe é coisa de moleque! — Morgana diz ao meu lado.

— Quem disse que eu transei com a Riley?

— Não vai negar agora.

— Morgana, eu não... Quer dizer, não foi a minha intenção fazer nada disso. Ela não me deixou explicar.

— Ah, jura? Você deixou ela sozinha.

— Ela também interpretou mal. Tentei explicar ela não quis me ouvir.

— Ela não é sua cachorrinha, Shawn. Ela é uma garota que gosta muito de você.

— Eu também gosto muito dela.

— Sério? As vezes não parece, já que por volta e meia você afasta ela.

— Vai dizer que nem seu namoradinho? Que eu não mereço a Riley?

— Não. Você sabe muito bem o que merece e o que deixa de merecer. Eu só uma injustiça com a Riley, ela perdoou coisas piores que você fez.

— Eu não fui o único culpado da vida da Ayla acabar, você também sua parcela de culpa. Não foi sincera com a Riley no começo da amizade, nem você e muito menos o Troy.

— Você não vai me ferir, eu mudei.

— Até que ponto? Você mudou mesmo?

— Pare de manipular a conversa. Vá até ela e se justifique.

— Uau, Morgana! Se você não estivesse me dado essa dica eu não estaria puto agora? — digo usando a ironia. — Você acha que eu tentei fazer o que? Ela não me escuta. Ela quer acreditar no que ela acredita, misturado a decisões precipitadas que os outros tiram de mim.

Vai ver a Riley não está longe destas pessoas.

— Quer que eu converse com ela?

— Não. Deixe estas coisas tomarem rumo próprio. Eu só quero paz, Morgana.

— Você parece bem cansado.

— Você não faz a menor noção. Essas porras não cessam nunca.

— Você está legal?

— Sim. — na verdade eu não estou  bem já tem um bom tempo.

— Não bebe.

— Está pedindo muito. — ligo o carro.

— Estou falando sério.

Saio com o carro em alta velocidade, e ligo o rádio aonde estava tocando Always do cantor Gavin James. Essa porra só podia estar brincando comigo!
Parei em frente a loja de livros aonde a Riley trabalha. Sei que estou forçando, mas estou me esforçando ao máximo resolver meus problemas sóbrios.
Quando entro na loja, a Riley não estava na recepção. Dou alguns passos pelo corredor pequeno e apertado e encontro a Riley parada em frente ao John.
Essa porra tinha como ficar pior, sim.

∞ Feel Something ∞ Where stories live. Discover now