∞Capítulo 89 - Shawn∞

3.8K 333 137
                                    

Olá, estranho.

Quando olho para a Riley, ela esta séria, mas isso não impede de chegar até ela. Sento na cama e aproximo minha mão perto dela e ela se afasta.

— Aonde estou? — ela pergunta olha do ao redor.

— No hospital, você ficou fora por uns dois dias.

— Desculpe, eu não queria que você estivesse aqui. Ainda mais por minha causa.

— Ei! Fiquei com medo de te perder, eu não durmo há três dias desde que te trouxe aqui.

— Você me trouxe?

Abaixo a cabeça e ela segura em minha mão.

— O que aconteceu comigo? — ela pergunta.

— Ry, vamos deixar esse assunto para outro momento. Eu estou tão feliz que você está aqui. — acaricio suas bochechas rosadas e ela sorri timidamente.

— Eu não me esqueci do que você fez comigo.

— Eu sei... Mas vamos com calma, se quiser eu te explico tudo mais tarde.

— Passa aqui comigo? — fico surpreso de seu pedido — Sei que você deve estar cansado, mas... Esquece, você também tem que descansar.

— Você quer que eu fique? Eu quero ficar.

— Tudo bem.

— E-eu preciso avisar que você acordou.

— Tudo bem.

Eu não queria deixá-la, mas precisava avisar à alguém. Será que ela me ouviu? Espero que não.
A primeira enfermeira que passou a minha frente eu avisei à ela sobre o caso da Riley, ela me pediu para que ficasse na sala de espera.
Quando cheguei a sala de espera, estava o pai dela e a irmã dela.

— A minha irmã acordou? — Dakota pergunta a mim.

Eu concordo e ela sorri e vem até mim  me abraçando.
Dakota tinha traços que lembravam a Riley, haviam diferenças gritantes entre as duas, desde quando eu cheguei no hospital, Dakota não falou com ninguém, era bem séria e não demonstrou nada. Diferente da Riley.
Riley é mais sensível, mais delicada, sem perder a força que ela tem.
Diria que apenas na cor de pele e olhos na qual elas se parecem, mas, apesarem de serem irmãs, são muito diferentes.

— Desculpe. — ela enxuga as lágrimas. — Ela perguntou por mim?

— Não.

— O que ela disse?

— Que queria que eu ficasse aqui com ela.

— Você não vai ficar com ela. — Taylor, o pai da Riley diz no canto da sala. — Quer dizer, você mal descansou estes dias em que a Riley ficou no hospital.

— Não finja que se preocupe comigo. Eu somente saio com o pedido da Riley ou da Emma, você não manda em mim.

— Por favor, não briguem. O Shawn está certo, a Riley quer ele aqui, então seja feita a vontade dela.

— A Riley precisa de um adulto responsável.

— Eu não me importo com sua opinião, se a Riley me quer aqui eu vou ficar.

— Eu estou com ele. Shawn salvou a vida da Riley, ele pode ficar. Eu tenho uma enorme dívida de gratidão com ele, e você também deveria ter, pai.

Taylor parece ceder as palavras da filha mais velha. Fracassado de sua falha posição, ele saí da sala de espera com telefone ao ouvido.
Dakota olha para mim e abre um curto sorriso.

— Faremos um trato, eu cuido da minha irmã a parte da noite e você pode cuidar dela a parte da manhã. Afinal, de noite ela estará dormindo e sei que vocês tem muito o que conversar.

— É, pode ser. Sem seu pai lá dentro.

— Mas ele é meu pai, tanto meu quanto da Riley.

— Só faço o trato se for desta forma.

Ela suspira e por fim concorda.
Como estava noite, Dakota que iria passar a noite com a irmã e eu iria pra casa.
Fui até o quarto dela juntamente com a Dakota, ela estava acordada. Primeiro eu entrei, fui recebido com um sorriso da Riley e logo a Dakota entrou também e seu sorriso se desmanchou.

— O que você tá fazendo aqui?

— Será que eu conto à ela? — ela sussura pra mim.

— Esse papel é do psiquiatra, deixe isso à eles.

— Tudo bem.

— Ry, irei dormir em casa mas amanhã eu venho pra cá assim que sair do colégio.

Ela concorda comigo e eu dou um beijo em sua testa e ela sorri segurando em minha mão.

Assim que cheguei em minha casa, tomei primeiramente um banho e em seguida fui até a cozinha preparar algo para mim e meu pai estava lá, parado sentado ma cadeira.

— Sua garota está bem?

— Vai ficar.

O clima entre nós sempre será tenso. Talvez isto nunca mude. A muita história que a Riley ainda não sabe.

— Sua mãe ligou.

— OK.

— Ela insistiu em que você vá para Chicago antes.

— Ok.

— Está cansado né? — ele pergunta e eu concordo. — Vou deixar você dormir então. Vai para o colégio amanhã? — novamente concordo apenas com a cabeça.

— Bom dia no colégio amanhã, filho.

Ele levanta devagar e vai para o quarto dele.
Suspiro e levo meu prato até a pia de louças. A várias memórias na quais queria esquecer, nesta casa,vieram à tona agora. As pessoas não sabem o quão doloroso é viver em um lugar aonde seus demônios habitam.

Fui para o meu quarto, e me joguei na cama, aonde meus músculos tentam relaxar.
Minhas pálpebras ficam pesadas o suficiente para que eu entre em um sono.

Estava frente a frente com uma porta. É a porta da Riley. Seguro na maçaneta e assim que eu giro abrindo a porta, e estava em um enterro. Todos estavam vestidos de preto e até eu. Com um típico traje de enterro, estava até de terno.
Haviam muitos que eu conhecia ali que estavam chorando enquanto me aproximava do caixão.
Quando cheguei frente a frente do mesmo, vi que quem estava dentro dele era a Riley.
Muitos ficaram atrás de mim e gritavam que a culpa era minha da Riley estar naquele caixão.
Caio de joelhos ao chão e o corpo da Riley estava em meu colo, ela estava vestindo as mesmas roupas de quando eu resgatei ela. Só que agora é diferente. Ela está morta em meus braços.

— Riley! — acordo desesperado e suando muito.

Tudo não passou de um pesadelo. Tudo não passou de um pesadelo. E se não for?
Olho no relógio, que marcava três e quarenta da manhã. Fiquei olhando suas fotos, e me culpava, se não fosse aquela confusão com a Polly ela estaria segura comigo. Ela não quis me ouvir, eu fiquei nervoso com ela, deixei ela se isolar do mundo e se quer procurei ela. Mas uma vez a sorte veio ao meu favor e não deixou que a Riley fosse embora, ainda. Mas isso não à impedirá que a Riley siga outro caminho sem mim.

∞ Feel Something ∞ Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon