∞ Feel Something ∞

∞ Capítulo 12 - Shawn ∞

Que merda eu disse hoje? Porra, eu nunca me desculpo com ninguém! E quase iria dizendo de novo! Merda, merda, merda!
Foi bacana tanto à ida e a volta com a Riley — na verdade foi bacana desde que eu vi ela na livraria — , ela é engraçada e eu gosto de deixar ela envergonhada... É engraçado e eu gosto de deixa-la assim.
Depois do meu dia de merda — que está sendo desde as duas últimas semanas — , achei legal conversar com a pequena que insiste em me chamar de estranho.
Ela me irritou me enchendo de perguntas. Porra! Não tem como ela relaxar um pouco? Mas quando ela tentou vir com perguntas descontraídas foi divertido.
Deveria ter levado ela para um bar; um parque; praça... Mas não! Eu tive que de fato levar a Riley para a merda de lugar que uso para ‘‘pensar’’ ou quando quero ficar sozinho sem encher a cara.
Foda-se, foi até que legal. Certeza que agora ela vai ficar pensando sobre tudo o que aconteceu, durante um mês e assimilar aos romances idiotas que ela lê.

Voltando para a realidade...

Passei na casa da Polly, mas me arrependi. Foi legal no começo, agora ela está mandona e chata como caralho. Deve ser aquilo que as mulheres chamam... TPM, eu acho.
Então fui logo pra casa, aonde meu pai estava dando uma festa VIP. Não estava vestido como eles — como os empresários locais... Grande merda —.

— Filho! Aí está você. — meu pai diz assim que percebe que eu estava de fininho tentando sair de lá.

— Eu vou subir.

— Fique um pouco! O que é um pouco de festa para você, não é? — ele dá uma risada nojenta. Estava começando a ficar bêbado.

Ah vá se foder.

— Como ele está crescido. — um homem diz.

— Precisa cortar o cabelo. — uma mulher diz se servindo mais champanhe. O que?

— Eu vou subir, namoral. Fiquem aí vocês.

Saio do meio deles e vou para meu quarto, diversas vezes ouvi meu pai me chamando para descer, inventei que estava conversando com minha mãe pelo telefone, inventei qualquer desculpa para não voltar pra lá.

(...)

— Vai ter uma festa, no sábado. Está afim de ir? — Polly me pergunta enquanto eu tomava café.

— Sábado? — parece ser uma boa — Acho que vou. Na festa da Molly?

— Do namorado da Molly. — Polly me corrige.

— A Molly está namorando? — tudo bem, isso não foi surpresa.

— Não é surpresa para ninguém. Ela sempre está de namorado novo e vive traindo eles.

— Ela é demais. — sorrio enquanto tomava café.

— E nós?

Enquanto Polly dizia alguma coisa,  mas estava vendo quem estava chegando ao colégio ou deixava de chegar. Estava entediado.

A pequena de cabelo tão ruivo chegou. Estava com um modelo legal, para o frio que estava hoje em Toronto.
Hoje ela estava sozinha, pelo menos enquanto pegava seus livros.

— Ei! — Polly chama minha atenção.

— O que foi?

— Ouviu o que eu disse?

— Que foi...?

— Você seria um péssimo namorado. Não nota o quando as mulheres estão falando com você. — ela brinca.