∞Capítulo 50 - Riley∞

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Passei o percuso inteiro calada. Não queria me expressar, não queria falar. Eu só queria que toda essa confusão acabasse e que minha vida voltasse a ser como era antes.
Morgana foi ao meu lado, durante o percurso para casa, mas não disse nada, apenas me abraçou e assim ficou comigo.

— Chegamos. — Troy diz e eu olho para minha casa.

Minha cabeça volta a doer, alguns flashbacks passavam na minha cabeça.

— Você está bem, Riley? Quer que te levamos para o hospital? — Morgana acaricia meus ombros e eu nego com a cabeça.

— Quero apenas ficar sozinha.

— Eu não vou deixar o John chegar perto de você novamente. — Troy diz e eu me esquivo dele. — Ry.

— Eu não esqueci o que você fez com sua própria irmã. Por que comigo você trataria diferente?

— Ry...

— Não, nada de Ry. Isso tudo pode ser mais um fingimento de vocês. Agradeço por terem me salvado, mas agora que eu estou bem e a salvo, por favor sumam da minha vida. — pego minha mochila e desço do carro do Troy.

Sei que devo ter machuca-los com minhas palavras, mas eu não posso fingir que está tudo bem. Ainda me lembro das palavras da Ayla, me lembro da fotografia que ela me mostrou e de como ela estava atualmente bem na minha frente.
Tento afastar esses pensamentos, e em seguida entrava os pensamentos do estupro estava difícil, eu precisava ficar sozinha.
Quando entrei na minha casa, minha mãe estava na sala de estar comendo e vendo tevê, fui diretamente as escadas que dariam acesso ao meu quarto.

— Lele?

Droga, ela me ouviu. Ignoro seu chamado e vou direto para o meu quarto aonde lá eu jogo minha mochila em qualquer lugar e deito na cama. Abraço meu travesseiro com muita força e seguro para não chorar novamente.

“— Já que eu estraguei sua vida, vá embora. E respondendo sua pergunta, sim eu queria isso. Afinal, o maior prazer que eu tenho na vida é iludir garotas feito você. E isso aconteceu desde o primeiro momento em que eu beijei você.  Eu disse para não confiar em coisas que te oferecem e você caiu feito patinho e veio parar aqui. ”

Balanço a minha cabeça e limpo minhas lágrimas que acabaram escapando do meu rosto. Tenta lembrar de ontem, tenta se lembra. Lembra sua idiota!

— Filha? — vejo minha mãe na porta e eu sento na cama — O que aconteceu?

— Nada não, mãe. — esboço um pequeno sorriso.

Minha mãe senta ao lado e eu abraço ela com toda força que consigo. Chorava de soluçar, precisava extravasar e essa foi a única forma.

— Vai passar, Riley. Eu estou aqui com você. Sempre estive. — as doces palavras da minha mãe vão me acalmando. — Eu te amo, filha. Não deveria ter te deixado sair.

— Mãe, por favor me salva.

— Sempre filha, o que aconteceu?

— E-eu sei que não deveria... Ma-mas eu preciso contar pra alguém.

— Esta me deixando preocupada, o que houve?

Contei de toda a história do John e o estupro, disse a minha mãe que havia discutido e fugido da festa e tudo o que eu conseguia lembrar antes do John me drogar. É óbvio que minha mãe ficou chateada e nervosa com a situação, não comigo.

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