Capitulo Três

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Serena.

Cheguei à tal cidade linda, plena e molhada porque enquanto procurava a casa de Richard, uma forte chuva resolveu cair, mas consegui achar e logo na porta tinha um bilhete com dizeres:
" Procura-se pessoas dispostas à cuidarem de um idoso de setenta anos. Salário a combinar!"
Era ótimo, serei cuidadora!
Apertei a campainha e logo um homem extremamente alto, surgiu na porta.
- Boa tarde, posso ajudar?
- Hã... Me chamo Serena Costa, vim pra vaga de cuidadora.
- Tem horário marcado?
- Na verdade não, mas é um emprego que preciso com urgência. Você não pode me ajudar?
- Não posso mas você é simpática, então vou! Meu nome é Durval, mas pode me chamar de Du. Entre senhorita. - estendeu a mão.
Ufa! Eu já me simpatizei com esse Du não sei das quantas.
A casa era na verdade uma mansão! Aqui tudo cheirava à dinheiro e muito luxo. Mesmo vindo de uma família rica, nunca cheguei em uma casa tão bem feita quanto essa.
Logo entramos na sala.
- Sente-se, vou chamar meu patrão!
- Tudo bem. - procurei me aconchegar no sofá.
Durval saiu e eu chequei minhas mensagens. Ia responder Isis quando ouvi uma voz masculina soar:
- Boa tarde, Serena?
- Sim. - levantei rapidamente.
- Sou Patrício Monteiro - estendeu a mão. - A que devo a honra?
- Me interesso para a vaga de cuidadora.
- Tem experiência?
- Já cuidei de crianças. - lembrei de Augusto. - Acredito não ser difícil.
- Talvez não seja. Meu avô, é um senhor de setenta anos porém com uma saúde de ferro. É sábio, amigo e fácil de lidar. Abri a vaga de cuidadora porque já não tenho mais tempo de estar presente em sua vida por conta das inúmeras viagens que faço, sou empresário. Então, uma companhia seria muito bem-vinda. - disse ele.
- Entendo perfeitamente. Talvez, eu seja a pessoa certa. Gosto de fazer amizade, cuidar das pessoas como talvez nunca cuidaram de mim. - dou um sorriso forçado.
- Vamos fazer um teste, tudo bem?  De imediato, te ofereço dois mil reais.
- Por mim, está ótimo!
- Venha, vou levá-la para conhecê-lo. - ele oferece seu braço que eu pego gentilmente.
Eu estava me arriscando muito?
Subimos um lance de escada, viramos um corredor, em seguida outro, e enfim chegamos à um quarto com uma porta azul.
- Ele ainda é um menino. - deu um sorriso e abriu a porta.
A imagem que eu vi, foi extremamente linda. Em uma cadeira de balanço, estava um senhor que suspeito ser o que eu iria " cuidar" em seu colo, tinha uma criança de aparentemente dois anos e ele estava lendo uma espécie de livro pra essa criança.
- Continua vovô! - a menininha disse assim que ele parou de ler.
- Daqui a pouquinho, pequena! - ele diz fechando o livro e virando-se pra gente como se tivesse sentido a nossa presença.
- Vovô, essa é Serena e é nossa candidata à cuidar do senhor. Serena, esse é meu avô, Patrick Monteiro.
- Olá bela jovem, você é linda! - Sr Patrick diz.
- Muito obrigada! - respondi. - Acredito eu que vamos nos dar muito bem.
- Eu não tenho dúvidas. - deu uma piscadela. - Prometo facilitar.
- Essa é minha filha, Angélica. Angélica, dê oi à Serena filha.
- Oi " Seiena" - falou fofinha.
- Olá linda! É um prazer.
- Eu tenho quatro anos e você?
- Eu tenho alguns. - sorri sem graça. Muito inteligente ela.
- Vou te mostrar o resto da casa. - Patrício falou.
- Tudo bem.
Nos despedimos do avô e ele foi me mostrando a casa.
- É importante que você saiba que a família que mora aqui não é muito grande. Somos em quatro irmãos. Eu, Richard, Gabriel e Fernanda. Gabriel, está viajando. Fernanda na faculdade, é a nossa irmã mais nova de vinte anos. Richard está gravando para a novela e eu, estou aqui obviamente. Perdemos nossa avó há pouco tempo, então, se meu avô falar muito dela espero que não se importe, ele a amava muito! Bom, fora isso tenho um primo que está chegando do quartel para morar conosco e, meu avô. Esse primo deve chegar em dois dias. E tem minha filha Angélica.
- Entendi! A família não é muito grande mesmo. E a mãe de Angélica?
- Nos separamos e ela não quis a menina. - limitou-se a dizer. - Bom, eu preciso que você fique aqui para que possa cuidar melhor do meu avô, diria " morar" aqui. Todos os nossos funcionários têm quartos e com você não seria diferente.
- Uau! - falei surpresa. - Achei que essa coisa de patrão trazer uma funcionária desconhecida pra dentro de casa, era coisa de livro.
- Podemos fingir que estamos em um! - deu um sorriso. Ele era muito sorridente. - Vou te mostrar o resto da casa.
O acompanhei e fiz a nota mental de que depois, teria que ligar rapidamente para Isis e explicar tudo que aconteceu em menos de vinte e quatro horas.

Paixão SublinhadaWhere stories live. Discover now