Capítulo Trinta e Quatro

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Capítulo Trinta e Quatro

Serena

O mês estendeu-se e eu permaneci sem notícias de Patrick, ou de qualquer pessoa que fosse daquela família, não que todos de fato me interessassem.
Depois do meu acidente, não demorei três dias para ter alta, para a minha sorte eu não havia quebrado nenhum osso, foram apenas alguns machucados/ralados que me fizeram ficar lá.
O meu carro, ficou totalmente destruído, e eu logo comuniquei o seguro, para minha sorte não demorou para que me mandassem outro, novinho em folha.
Passei o mês cheia de afazeres por conta do café que eu iria abrir e hoje, era a grande inauguração.
Café Cecília, daria muito certo!
A inauguração estava marcada para às 14h da tarde, agora, eram 13:30 e eu estava terminando de me arrumar.
As formas da divulgação do café, foram bem simples. Criei uma página no Facebook na qual impulsionei, depois, mandei fazer uns panfletos e paguei para três pessoas distribuírem os mesmos em toda a cidade. Coloquei um carro de som, notícia na rádio da cidade e no jornal da cidade. Não tinha o porque de dar errado.
Para a inauguração, contratei uma banda para dar uma animada no lugar.
- Você está linda, filha! - minha mãe diz entrando no meu quarto.
- Obrigada mãe. - dou um sorriso fraco.
- Estou orgulhosa de você, muito! - me abraçou.
- Vai dar tudo certo, não vai mãe? - perguntei temendo pelo fracasso.
- Com certeza querida! Cecília está muito orgulhosa de você.
Meu coração doeu e logo senti os olhos marejarem de lágrimas.
Hoje, se pudesse, daria tudo para que  minha filha estivesse comigo. O café, é apenas uma homenagem ao tamanho do amor que fui capaz de sentir sem ao menos conhecê-la em vida.

O meu " momento" havia chego, e eu vibrei assim que ao chegar na porta do café, inúmeras pessoas estarem esperando para que o mesmo fosse aberto.
Tinha casais, idosos, família, tudo que você puder imaginar.
A minha sorte era que o lugar era imenso e cabia muitas, muitas mesas.
Naquele dia, havia contratado cinco garçons/garçonetes para que recepcionasse e atendesse os meus clientes para que todos saíssem satisfeitos.
A banda começou e eu por acaso, toquei o ventre, como se minha filha ainda pudesse estar ali depois de todo esse tempo.
- Pra sempre vou te amar, Cecília. - sussurrei tirando a mão.
Fui cumprimentar cliente por cliente, e não parava de chegar gente, para minha sorte.
O café estava bombando! Mais parecia um barzinho do que um café em si, mas, a surpresa maior foi ver Gael, Fernanda e Jennifer entrando por aquelas portas e admirando o lugar.
Minhas pernas travaram, não sabia como reagir, até que Fernanda tomou a iniciativa e ao se aproximar, me abraçou forte.
- Parabéns pela conquista minha eterna amiga.
- Obrigada Fer. - falei com os olhos cheios de lágrimas.
- Estou muito orgulhosa de você, acredito não ser a única a te falar isso, né?
- Minha mãe também falou. - sorrio.
- Cecília é por causa da tua filha?
Assenti.
- Sim. - respondi.
- Muito bom! Vou pedir um café então. - deu uma piscadela e saiu andando.
Em seguida, Jennifer me abraçou.
- Parabéns. Aqui é lindo.
- Obrigada Jennifer. - respondi.
- Quero dizer-te que eu não estou com raiva de você, por tudo que aconteceu. Foi errado mas fiquei feliz em saber que você não publicou a matéria e que mesmo sendo demitida, não abaixou a cabeça e abriu isso aqui. Você é foda! - ela diz sorridente.
- Obrigada por não sentir raiva. - falei. - E o Patrick? - eu tinha que perguntar.
- Saiu do coma há dois dias, está forte como um touro. - ela diz feliz.
- Isso é ótimo! - respondi.
- Ah...- ela abriu a bolsa. - Eu trouxe um convite pra você.
- Gosto de convites. - falei.
E então, ela me entregou e meu coração acelerou de forma repentina. Não era um convite comum, e sim, o do casamento dela e do Gael.
Confesso que fiquei fora do ar por alguns segundos. Era estranho saber que o homem, que eu fiz tantos planos no passado, hoje estaria se casando e o pior... Eu havia sido convidada para o evento.

Paixão SublinhadaWhere stories live. Discover now