Capítulo Vinte e Quatro

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Serena

Fui forte o bastante para cessar um dos nossos beijos quando senti suas mãos entrarem por debaixo da saia da minha fantasia e ele tentar me tocar por cima da minha calcinha.
Naquele momento, tudo que vivemos passou pela minha cabeça, eu não queria me permitir sentir todas aquelas emoções novamente, a maravilhosa sensação de estar nos braços dele.
- Chega. Fizemos demais. - falei tentando recuperar o fôlego e sai dali.
Pra variar, não encontrei Fernanda. Fui para o outro lado da festa e dancei sozinha.
Eram quase três e meia da manhã quando eu já me sentia exausta, soada e pronta pra dormir. Não encontrei Patrick, Patrício e afins. Somente Gael e ainda o beijei muito.
Droga.
Peguei o elevador rumo ao meu quarto, porém, me assustei ao chegar em minha porta e encontrar Gael encostado na mesma.
- Errou o quarto?
- Hum...
Ótimo, ele estava bêbado.
- Vai pro seu quarto Gael, sua namorada deve estar te esperando.
- Não tenho... não tenho namorada a não ser que você queira. - sua voz saiu embargada.
Revirei os olhos.
- Vou te levar pro quarto.
- Pro seu? - sorriu sacana.
Pensei que se o levasse pro dele, Jennifer poderia surtar, mas mantê-lo dentro do meu, poderia ser um pouco pior. Agindo pela emoção e nunca pelo coração, o joguei pra dentro do meu, tranquei a porta e o joguei em cima da cama.
- Um strip, por favor.
- Um tiro, por favor. - respondi ele sorriu.
Peguei a toalha, uma roupa para dormir e fui pro banheiro deixando-o ali.
Cerca de vinte minutos depois eu sai, limpa e cheirosa. Gael estava de pé.
- Nunca pensei que ao me fingir de bêbado teria sua atenção.
O que?
- Você fingiu? Como você é escroto Gael, vai embora do meu quarto. - apontei para a porta.
- Acho que temos um problema.
- Qual problema? - arregalei os olhos.
- Eu quero muito terminar o que começamos naquela festa.
- Eu não quero terminar, já terminamos. - caminhei até a porta e vi que a chave já não estava mais nela e que a mesma estava trancada.
- Cadê a chave Gael?
- Ops. - ele sorriu.
- Eu não estou com graça. Cadê a chave? - falei irritada.
- Eu realmente não sei, pelo que eu saiba, foi você quem fechou a porta. Sumiu com a chave, Serena?
- Patético você! - bufei. - Vai embora do meu quarto, nem que seja voando pela janela, mas vai.
- Gato não voa.
Ele gargalha.
- Tem razão mas a minha mão vai voar, na tua cara ainda se não deixar de ser babaca e sumir daqui. - cruzei os braços.
Com toda audácia do mundo, ele segura minha cintura.
- Você fica linda nervosa, sarcástica e nesse pijaminha. - correu os olhos pelo meu corpo.
- Vai embora Gael.
Ele mordiscou a minha orelha e falou no meu ouvido:
- No fundo, você não quer que eu vá.
Senti a pele arrepiar.
- Eu quero sim. - me afastei dele.
- Você se esqueceu que eu te conhecia muito bem naquela época, minha menina?
- Esqueci. Aliás, eu esqueci tudo que me referia à você naquela época. E não sou sua menina, sou Serena e quero que você vá embora do meu quarto.
- Eu não vou. Até porque, você perdeu as chaves.
Eu ri.
- Então vai dormir na poltrona. - apontei.
- Tudo bem. - ele diz arrancando a parte de cima da fantasia.
- O que você pensa que está fazendo?
- Se vou dormir na poltrona, preciso ao menos estar confortável. - tira os sapatos.
Eu quis ver em silêncio até aonde ele era capaz de ir, porém, se eu tivesse enfiado a mão na cara dele primeiro, eu não ia precisar ver um Gael totalmente nu, com um pênis levemente excitado.
- Você é retardado.
Me joguei na cama como se aquela imagem não tivesse me afetado. Respirei fundo e senti a cama afundar.
- Pelo amor de Deus Gael, vai à merda! Sai daqui. - o empurrei com força e o mesmo caiu da cama, rindo.
- Quero só te fazer carinho.
- Vai fazer carinho na mãe, me deixa moleque. - me revoltei.
Eu quis rir com seu tombo mas precisava me manter firme ou logo cederia à suas idiotices.

Paixão SublinhadaWhere stories live. Discover now