Capítulo Trinta e Três

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Capítulo Trinta e Três

Serena

De volta para casa, sem sucesso algum, as lágrimas que caiam dos meus olhos, chegavam à embaçar e deixar turva minha visão. Para completar aquilo tudo, ainda na rodovia, caia uma forte chuva de praticamente fazer os carros pararem no acostamento para esperarem.
Eu respirei fundo, não iria parar, confiaria em Deus e ele me guiaria com salvação até em casa.
Minutos depois, senti o impacto e uma dor forte que me assustou e fez com que eu perdesse a direção.
Pude sentir o carro capotar algumas vezes, minha testa bateu no volante e meu braço varou o vidro ao meu lado.
Dor, dor e dor.
Pensei em Patrick, Cecília, na minha família e pedi em silêncio para que Deus não me deixasse morrer.
Ouvi ao longe o barulho da sirene dos bombeiros, tentei sair do carro mas minhas pernas não reagiam, aparentemente eu estava presa à algo.
Soei frio, minha dor no braço era tão grande que fora capaz de fazer com que minha pressão caísse.
- Fique calma moça, vamos te tirar daí. - ouvi um homem dizer.
- Está doendo... - foi o que eu consegui dizer.
Eles tentaram de um jeito.
Tentaram de outro.
Mais uma vez tentaram.
Eu desmaiei.
Acordei ao sentir algo me furar, olhei pra minha mão esquerda, tinha um soro nela.
- Bom dia.
- Preciso ir embora. - respondi.
- Você vai assim que se recuperar. - respondeu a enfermeira com um sorriso forçado.
Logo ela saiu e minha mãe entrou, lembrei-me que não conseguia mover as pernas dentro do carro capotado, então, ousei mexer e para a minha sorte, elas funcionaram. Fiquei com medo de ficar paraplégica.
- Deus a guardou querida! Você passou por um livramento. - ela beija minha testa com os olhos cheios de lágrimas.

Paixão SublinhadaWhere stories live. Discover now