Capítulo Quarenta e Três

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Capítulo Quarenta e Três

Serena

Passei um fim de semana agradável ao lado da minha pequena apesar de ter trabalhado bastante. Na segunda, a matriculei em uma escola e na terça ela já havia começado.
Cássio estava desempregado e eu o chamei para ser meu sócio pois sozinha tenho certeza que não conseguiria.
O café estava sendo um estouro! Todos os dias tinha um bom movimento por ser no centro da cidade, muitos casais apaixonados, muitas famílias indo comer além de tomar café pois tínhamos uma variedade de petiscos em nosso cardápio.
Na hora do almoço, eu buscava Cecília na escola que não ficava longe do café, almoçávamos juntas e eu a levava pra casa pois minha mãe cuidava dela para que eu voltasse pro café.
O portão da escola ainda não tinha sido aberto, entrei na internet para ver se tinha notícias de Patrick ou algo do tipo, eu sentia muito sua falta.
Como me contaram, ele havia saído do coma, estava reagindo bem ao tratamento porém permanecia internado com previsão de alta no dia seguinte.
O portão abriu e Cecília foi uma das primeiras a sair correndo, Maria Espuleta era seu apelido.
- Boa tarde minha neném! - falei a pegando no colo.
- Boa tarde mamãe. - beijou minha bochecha e eu a coloquei na cadeirinha.
A levei no shopping onde na praça de alimentação pedimos nossas respectivas comidas.
O lugar estava cheio mas entre tantas pessoas, fui incapaz de notar Gael, me olhando do outro lado, sentado em uma mesa de frente para Jennifer.
Eu juro que não queria mais vê-lo.
Me senti desconfortável por estar lá.
Preferi prestar atenção nas novidades de Cecília vindo da escola do que olhar pra cara dele.
Cecília era um ser humano muito falante e, eu adorava isso.
Achei que passaria despercebido, porém, assim que vi Jennifer sair da mesa e ir sentido à saída, e Gael vir se aproximando da nossa mesa, vi que era tarde demais.
- Filha, quer mais batata frita? - perguntei à ela.
- Não mamãe. - ela diz tomando um pouco do seu refrigerante.
- Parece que o destino está sempre querendo que a gente se encontre, Serena. - ele diz de braços cruzados.
- Infelizmente. - respondi seca.
- Quem é ela? - ele pergunta.
- Filha dela. - Cecília responde primeiro que eu.
Gael então arregala os olhos.
- Filha? Também mentiu em relação à morte da NOSSA FILHA Serena? - ele diz estressando-se facilmente.
- Queria eu poder ter mentido Gael mas não, eu não menti! Nossa filha está morta graças à tua mãe, eu adotei essa garotinha há menos de um mês, não que isso seja da sua conta.
- Então eu também tenho direito sobre ela?
Eu ri.
- Não tem direito nem de falar oi querido, é capaz dela se intoxicar com as merdas que você diz. Vamos filha! - segurei a mãozinha de Cecília.
- Ela é linda. Como você.
- Obrigada. - respondi seca e fui até o caixa.
No caminho, achei que nós duas estivéssemos sozinhas, mas não, ele ainda estava conosco brincando com Cecília e ela aparentemente estava se sentindo bem ao brincar com ele.
- Não vou desistir de você Serena.
- Vai lutar em vão.
- Você ainda é minha.
- Deixei de ser quando você me abandonou, grávida de um filho teu.
- O seu coração diz ao contrário.
- Eu deixei de ter coração, aliás, você me tirou esse direito, lembra? Adeus Gael.
- Não é adeus que se diz, e sim, um até logo.
- Foque no teu casamento, no filho que vai nascer, o fruto do teu amor com Jennifer. - fui irônica.
- Eu não a amo. Eu amo você Serena.
- Isso não é problema meu.

Paixão SublinhadaWhere stories live. Discover now