Cap 1

21.7K 1.4K 908
                                    

  Misuki's pov on

  Eu, Eren, Armin e Mikasa estávamos brincando de uma brincadeira super saudável, chamada CHUTE. Sim, e o próprio nome já diz tudo, você tinha que sair chutando uns aos outros até algum sofrer traumatismo craniano .-.
Eu era a mais velha daqui, tendo 18 anos, enquanto todos os outros tinham 16, mas do mesmo jeito eu gostava de andar com esses três malucos.
-AI.
  Assustei com o grito do Armin vindo bem atrás de mim, quando me virei, vi o loiro deitado no chão rindo desesperadamente enquanto o Eren rolava no chão, quase tendo um infarte de risos.
-O que aconteceu?
  Pergunto.
-Eu fui chutar o Armin... E acabei... Caindo.
  Eren me respondia ainda rindo. Me juntei a eles.
-Meu Deus, como vocês querem entrar para a tropa de exploração assim?
  Mikasa chega nos dando uma bronca, ela era a única que não brincava de Chute, somente observava.
-Ah, sei lá, kasa.
  Esse era o apelido que eu tinha dado à ela, que somente eu usava.
-Meu Deus, Misuki, você tem 18 anos.
-E dai? Eu gosto de fazer esses tipos de coisa.
-Se você entrar pro esquadrão Levi quando for da tropa de exploração, quero só ver.
-O que tem?
-Dizem que Levi é um homem frio e não tolera gracinhas.
-Ah, eu me viro, kasa.
-Você não pode ter certeza.
-Claro que sim, e eu tenho.
-Haha, duvido.
-Acredite, eu tenho.
Olho para os garotos, que já se recuperaram da crise de risos.
De repente, um clarão amarelo surge nos céus e cala toda a Shingashina. Olhamos para o local, e lá, aparece um titã enorme, que quebra a muralha com um chute e simplesmente some em meio às fumaças. As pessoas começaram a gritar com o aparecimento repentino dos titãs menores.
-CORRAM.
Falei finalmente para os três, e depois corremos como nunca na vida, vez ou outra tropeçando em nossos próprios pés. Paramos em frente a minha casa e bati na porta desesperadamente, sendo atendida pela minha mãe.
-MÃE, CORRE.
-O que aconteceu?
-A MURALHA FOI QUEBRADA, CORRE.
Não demorou muito para ela se dar conta do que estava acontecendo.
-MEU DEUS.
  Ela se juntou a nós, mas quando chegamos a casa do Eren, ela já estava destruída por completo e Carla estava entre os entulhos.
-MAMÃE.
  O garoto correu para a casa destruída para tentar ajudar a mulher, então ele e Mikasa se ajoelharam no chão e nem perceberam um titã de cinco metros se aproximando deles.
-EREN, KASA.
-PESSOAL, SAIAM DAÍ.
  Eu e Armin gritamos, na esperança de que eles olhassem para frente, mas nada.
-Filha, olhe para mim, não importa o que aconteça, sempre siga em frente. Eu te amo.
  Ela me abraçou forte, para logo depois correr em direção ao titã.
-MÃE, NÃO.
-AQUI, SEU MONSTRO.
  Peguei a Mikasa e o Armin ficou com o Eren, e corremos para salvar nossas vidas, mas antes, dei uma última olhada para a minha mãe, que estava sendo devorada pelo titã junto com a mãe de Eren.

  Um mês depois...

-Suki.
  Eren me chamou, ele era o único que me chamava assim.
-Sim?
Respondo cabisbaixa.
-Estão escolhendo novos soldados para a tropa de exploração, mas é só 18 anos para cima.
-E o que tem?
-Queremos que você vá.
-O que? Não, eu não vou sem vocês.
-Suki, por favor, siga. Iremos nos encontrar novamente.
-Não, eu me recuso.
-Por favor, precisam de você no exército, muitas vidas foram perdidas em um mês atrás.
-Eu sei, mas...
-Shh, por favor, vá.
Encaro seus olhos verdes.
-Tem certeza, Eren?
-Claro, a Mikasa e o Armin já estão aqui para a despedida.
  Eles saem de trás da parede de onde estávamos e me dão um abraço.
-Vou sentir saudades, pessoal.
-Também iremos, Misuki.
-Nos encontraremos em 2 anos.
-Sim.
  Faço uma última despedida e vou direto para o quartel fazer a minha inscrição.
  Chegando lá, disseram que eu ia dividir o quarto com uma garota da minha idade, chamada Petra, se não me engano. Dei de ombros e fui para a apresentação dos novatos, onde ficamos todos enfileirados fazendo a posição de reverência enquanto o general gritava conosco.
-ESCUTEM BEM, SOLDADOS, ISTO NÃO É BRINCADEIRA. SE ALGUM DE VOCÊS ESTIVEREM COM MEDO, SAIAM AGORA, NÃO IREMOS TOLERAR CHORÕES EM NOSSO EXÉRCITO.
Todos permaneciam calados, não ousaram fazer nem um barulho sequer. De repente, começo a ouvir alguma coisa atrás de mim, mas não ousei me virar para ver o que estava acontecendo, até o general ir em direção a essa coisa.
-O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?
-Comendo uma batata, senhor.
-POR QUE?
-Eu a vi na cozinha e me deu vontade, senhor, e batatas assadas devem ser comidas o mais rápido possível.
-VOCÊ ROUBOU?
-Praticamente, senhor. Se quiser, posso lhe dar metade.
-A... Metade... CHEGA, VÁ PARA A ÁREA DE TREINO E CORRA ATÉ DAR MEIA NOITE, OUVIU?
-S-Sim, senhor.
A vi sair para a área e logo depois, o general veio até mim, então, fixei meu olhar em um ponto fixo no céu para não ficar intimidada.
-O que temos aqui? QUAL É O SEU NOME, MOCINHA?
  Eu conseguia sentir seu hálito de tão perto que ele estava. Me deu vontade de comer pizza de calabresa, agora.
-SOU MISUKI AKIRE, SENHOR.
   Falei em alto e bom tom, para todos poderem escutar, até os capitães de equipes estavam lá.
-POR QUE QUER ESTAR AQUI?
-PARA FAZER JUSTIÇA CONTRA OS TITÃS, SENHOR.
-Você acha que pode fazer isso, mocinha?
  Ele abaixou um pouco o tom, mas ainda poderia ser ouvido a metros daqui.
-SIM, SENHOR.
-Como pode ter certeza?
-EU CONFIO EM MIM MESMA E NO MEU POTENCIAL. SEI QUE, SE SEGUIR TODAS AS REGRAS E COMANDOS, POSSO ME TORNAR MELHOR.
-Humpf, boa sorte, novata.
-OBRIGADA, SENHOR.
  Durante longos minutos continuou assim, mas pude perceber que um capitão que tinha cabelos pretos não parava de olhar para mim, talvez estivesse me examinando... me pergunto quem será ele.

 
  A noite chegou e a Petra, minha colega de quarto, não havia chego ainda, isso me deixou meio preocupada, vai que aconteceu alguma coisa e ela resolveu me abandonar?
  Comecei a pensar na Mikasa, Eren e Armin, como será que eles estão? Ah, isso eu não sei.
  Para distrair minha mente desses pensamentos, me levantei da minha cama e fui para fora treinar uma coisa que eu costumava fazer: chutar e socar árvores para me fortalecer. Não é porque estou aqui que isso vai mudar.
  Já estava na parte de 28 chutes, quando ouço uma voz.
-Treinando a essa hora?
  Me assustei e parei de chutar a árvore na hora. Quando me virei, era aquele capitão que olhava para mim durante a iniciação.
-Ah, me desculpe.
Me ajeitei e fiquei de costas retas.
-Não precisa se desculpar, novata.
-Tudo bem, o senhor é...
-Levi, só Levi.
-Ah, o famoso capitão. Meus amigos não paravam de falar que gostariam de entrar para a sua tropa.
-Tch, tanto faz. E porque está treinando agora? Deveria estar na cama.
-Eu costumava fazer isso quando, e aqui não poderia ser diferente.
-Percebi o quanto está determinada a fazer justiça.
-Sim, minha mãe se sacrificou para proteger eu e meus amigos quando um titã estava nos perseguindo.
-Você era de Shingashina?
-Sim, senhor.
-Ah. Já que está tão determinada, o que acha de fazer um teste adiantado?
-É permitido?
  Ele revira os olhos.
-Só me siga.
  Concordei e o segui, para pararmos em um local onde tinha alguns postes parados e inclinados.
-Aqui é o treinamento para o DMT.
-Aah, aquelas coisas que usam na cintura?
-Sim. Se conseguir ficar parada, já está dentro. Se quiser arriscar, aqui tem uma lista de manobras que pode tentar fazer.
  Ele me mostrou um papel grudado no poste e saiu. Quando o capitão voltou, ele estava com o equipamento e cordas na mão e, logo em seguida, montou.
-Coloque, eu ajustarei para você depois.
  Ele me deu um cinto, ou sei lá, para eu colocar. O fiz. Depois, Levi me prendeu nas cordas e foi para uma alavanca que tinha lá.
-Pronta? Tente apenas se equilibrar.
-Sim, senhor.
  Ele puxou a alavanca e eu comecei a subir. No começo, tive um pouco de dificuldade, mas logo fui pegando o jeito.
-Consegue fazer as manobras?
-Vou tentar.
  Fui fazendo o máximo que consegui, mesmo não podendo fazer algumas por conta da dificuldade. Depois que terminei, ele me abaixou e me auxiliou a tirar o equipamento.
-Muito bem, novata.
-Obrigada.
-Você se sairá bem. Seu nome é...
-Ah, Misuki, senhor.
  Mais uma vez o capitão revira os olhos.
-Não precisa me chamar de senhor, me sinto velho.
-Tudo bem, desculpe.
-Não se desculpe por isso, nanica.
  Nanica? Céus, como eu odeio esse tipo de apelido...
  Faço uma pequena cara emburrada, me lembrando de cada vez que me chamaram assim.
-Bom, até amanhã.
-Até.
  Me despedi dele e fui para o meu dormitório, terminar mais um dia.
===
oii, o que acharam do capítulo? Vote e comente, isso me motiva muito a continuar ;*
Ps: Aqui sou eu do futuro :P dei uma olhada em minha história e percebi o quanto eu escrevia meio... Ruim, então passei aqui para melhorar :P

InsuportávelWhere stories live. Discover now