Insuportável

Cap 56

  Misuki's pov on

-Como assim "sequestrado"?
  Eu passei a mão em meu cabelo e respirei fundo em uma tentativa para me acalmar.
-Na verdade, nós fomos, mas não deu tempo dele sair também.
-Vocês?
  Eren não facilitava minha situação.
-Longa história.
  Peguei um copo de água e bebi para melhorar minha garganta seca.
-Certo, mas onde que vocês estavam?
-Em uma parte ao norte daqui, não muito longe. É um lugar subterrâneo e grande, cheio de guardas.
-Certo, vamos bolar um plano pra resgata-lo, mas acho melhor você tomar um banho e se acalmar, não é bom pra você.
  Petra colocou uma de suas mãos em meu ombro e eu agradeci.
-Obrigada. Irei trocar de roupa.
  Dito isso, subi as escadas e fui até meu quarto para descansar.

  Levi's pov on

  Aquele cara está me rodeando desde que me prenderam nesta mesa. Depois que Misuki fugiu, os guardas daqui me trouxeram para uma sala completamente diferente da outra e me prenderam em uma mesa de metal nas mãos e nos pés depois de me deixar apenas com uma bermuda. De acordo com eles, o "chefe" chegará logo.
  Se eu estou bem? Estou melhor do que nunca. Confio em Mi, sei que ela conseguiu fugir em segurança e que agora meu esquadrão deve estar planejando meu resgate... Mas a minha preocupação é outra.
  Posso não ser médico, mas sei que movimentos bruscos e estresse demais podem causar um aborto espontâneo em um embrião, então depois disso, estou realmente preocupado com o que pode acontecer.
-Cabo Rivaille... Quem diria, em?
  Essa voz... Eu reconheço muito bem essa maldita voz, mas não consigo me lembrar de quem é.
-Tive sorte grande em saber que uma das minhas capturas foi você, um dos homens que fez meu pai ir preso ALÉM de roubar minha querida Misuki.
  A tal pessoa estava atrás de mim, e como a mesa estava inclinada para frente, não pude ver.
-Ora, fale alguma coisa, sei que está acordado.
  O vento gelado batia em mim e me deixava arrepiado por causa da minha falta de roupas.
-VAMOS, fale algo.
  A pessoa chutou a parte de trás da mesa, fazendo a mesma estremecer.
-Desgraçado.
-Finalmente falou, haha. Será que você se lembra de mim?
-Se você aparecer...
-Com todo o prazer.
  Quando ele apareceu na minha frente, arregalei meus olhos e fechei minhas mãos o mais forte que pude, fazendo algumas feridas na mesma.
-Nate...
-Aaah, você se lembra, que felicidade.
  Ele estava muito diferente. Seus cabelos estavam completamente bagunçados e seu rosto era de quem não dormia a anos.
-Só é uma pena Misuki ter escapado, ficaria tão feliz em reencontra-lá.
-Só nos seus sonhos, desgraçado.
-Ah, claro... Sonho com ela todos os dias.
  Franzi as sobrancelhas com seu comentário.
-O que você quer?
-Vingança, querido. Não percebeu isso ainda? Além de tê-la tomado de mim, ainda fez uma cria nojenta com ela. Era para ela estar COMIGO neste exato momento.
  Fiquei pálido com suas palavras.
-Como...
-Como eu sei? Não me subestime. Tenho espiões por todo o lado.
  Depois de dizer isso, ele dá uma risada sinistra. Sinceramente, aquele cara enlouqueceu.
  Eu comecei a suar de nervoso e preocupação. Se ele sabia sobre a gravidez de Misuki, provavelmente já deve ter tomado algumas providências sobre isso.
-Mas não se preocupe, não vou fazer nada com eles... Afinal, tudo que ela ama eu amo também, com exceção a você, é claro.
De repente, Nate puxa um carrinho cheio de ferramentas de cirurgia. Comecei a suar ainda mais quando vi aquilo.
-Oh, relaxe, não vai doer... Em mim, HAHAHAHAHA.
-Tch.
-Depois daquele fiasco que aconteceu, eu passei a estudar cada livro de medicina que eu via, então agora sei como te fazer sofrer mais por mais tempo.
Ele começou com um corte não muito profundo em uma das minhas costelas, mas, por incrível que pareça, doeu muito. Não deixei transparecer, pois é isso o que ele realmente quer.
Depois de cortar meu tórax, ele passou para as canelas, o que estranhei. Normalmente, em uma tortura, temos que fazer a vítima agoniar de dor.
-Você deve estar estranhando o que estou fazendo, não é mesmo? Espere só.
Depois dele abrir uns cortes em minhas canelas, vi ele pegar alguma garrafa, mas não consegui ver o que era.
-Está vendo isso aqui? É ácido. Não é perigoso quando colocamos na pele, mas quando é derramado sobre alguma ferida...
Quando ele jogou aquele líquido nos cortes no tórax, eu não aguentei e dei um grito de tão ardente que aquilo era.
-... A VÍTIMA NÃO AGUENTA DE DOR, HAHAHA.
  Já percebi que ia ser um longo dia.

  Misuki's pov on

-Todos entenderam o plano?
  Perguntei à todos naquela mesa. Além de todo o esquadrão de forças especiais estarem aqui, chamei Hanji e Mike para ajudarem, já que ele tem aquele olfato apurado.
-Sim.
-Ótimo, então é melhor irmos.
  Todos se espalharam e começaram a recolher as coisas necessárias, quando Petra segurou meu ombro.
-Mi, vem cá.
  Ela me puxou para uma parte mais afastada de lá.
-O que foi?
-Você tem certeza que vai?
-Claro que sim.
-Eu acho melhor não ir, se não, pode acontecer algo ruim.
-Eu sei exatamente o que pode acontecer, mas eu realmente preciso ir.
-Tudo bem, mas fique fora de situações pesadas.
  Respirei pesadamente, mas sei que ela realmente tem razão.
-Ok.
  Olhei para a porta determinada enquanto a garota saía do meu lado.
-Levi... Me espere.
  Sussurrei para mim mesma e dei um sorriso desafiador para o nada.

  Levi's pov on (e quebra de tempo)

-Eai, Levizinho... Como vai aí? Tudo mal? Hahaha.
  Aquele maldito tinha passado uma hora inteira jogando ácido nos cortes que fizera.
-Ora, não fique assim, eu irei te dar um descanso quando seus amiguinhos chegarem... Pois vou estar fazendo isso com eles, hahaha.
  Ele ria toda a vez que terminava uma frase, já estava ficando chato. Nesse tempo, eu já tentei me soltar tantas vezes que meus pulsos já devem estar vermelhos, então acabei desistindo.
  Eu conheço Misuki, provavelmente ela já deve estar vindo para cá... É o que eu quero acreditar.
-Você deve estar cansado, não é? Vou ser bonzinho e te deixar dormir aí.
  Ele boceja antes de abrir a porta e apagar a luz que iluminava tudo, me deixando completamente na escuridão.
  Saco, agora eu não consigo enxergar nada (avá).
  Tentei puxar meus braços novamente, mas uma dor nos pulsos me fez parar. Meus tornozelos estavam na mesma situação e minha respiração estava pesada e falha, já que estava começando a ficar com frio por causa do vento que tinha aqui batendo em meu peito.
  Subitamente, ouço um ruído atrás de mim.
-Ah, pronto... Só falta ser um rato.
  Eu nunca falei isso para ninguém, mas eu realmente tenho um certo receio de ratos, já que são bichos asquerosos e sujos que vivem nos bueiros.
-Errou, somos nós mesmo.
  Me assusto com a fala repentina de alguém atrás de mim, e quando acendem as luzes, tenho a visão da quatro-olhos juntamente com Misuki e Mike.
-Como... Como vocês entraram aqui?
-Segredo, mas com a ajuda do olfato desse aqui.
  Ela falou enquanto pegava um machado em cima da mesa.
-H-Hanji, o que vai fazer com isso?
  Mi perguntou.
-Também quero saber.
-Soltar o baixinho, ué.
  Arregalei os olhos com isso.
-N-Não precisa, pode deixar que eu resolvo isso.
  Misuki pegou a ferramenta da mão dela e foi à procura de alguma coisa na mesa, enquanto isso, Mike chega mais perto de mim e sussurra:
-Te deixaram em um estado deplorável, em?
  Ele diz se referindo ao ácido sobre meu corpo e cortes.
-Cala a boca, seu cachorro.
-Achei.
  Mi se vira com uma pequena serra elétrica circular em mãos.
-Acho melhor você afastar o máximo possível sua mão daí, Levi.
  Ela me avisa enquanto aproxima a serra, e o faço. Pouco a pouco, o metal que me prendia ia se quebrando, soltando finalmente minha mão direita.
  A ruiva faz a mesma coisa na outra mão e nas pernas, e quando consigo sair, quase caio; só não atinjo o chão por causa dos braços de Hanji e Mike.
-Obrigado, agora temos que dar o fora daq...
-AONDE PENSAM QUE VÃO?
  Olhamos rapidamente para a porta, onde encontramos aquele desgraçado apontando uma arma para sua cabeça.
-NATE?
  Mi arregala os olhos.
-Misuki, minha querida... O que você veio fazer aqui?
  Ela aponta o serrote para ele enquanto treme.
-N-Não dê mais um p-passo.
-Por que não? Ora, querida... Deixe esse cara de lado e venha pra cá.
-N-Nunca.
-Abaixe essa arma, seu maldito.
  Entro na frente dela com um olhar mortal para ele.
-Olha, enfrentando um cara armado. Você tem coragem.
-Enfrento sim, até porque, eu já venci.
  Pego discretamente a serra de Misuki e jogo nele, onde pega direto em seu rosto, esguichando sangue.
-AAAAAAH.
-CORRAM.
  Puxo a garota e saímos daquele lugar às pressas, mas o que mais estou preocupado é na mente dela... Ela nunca presenciou algo assim.
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oii, o que acharam do capítulo? Vote e comente, isso me motiva muito a continuar ;*
  Desculpem se estiver meio ruim... N revisei :O