Cap 36

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Avisos logo após o capítulo.
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-FALA BAIXO, ANIMAL.
Eu e Petra dissemos em uníssono enquanto observávamos o garoto paralisado bem na nossa frente.
-C-C-Como assim, Mi?
-Você ouviu.
Desvio o olhar, com o rosto ruborizado.
-P-Petra, p-pode repetir?
-O que? Que é normal salvar as pessoas que gostamos? Se for isso, saiba que é isso mesmo que você entendeu.
Petra sendo Petra.
-V-Você e o-o c-capitão...
-É, Eren... Você entendeu.
Meu rosto foi esquentando cada vez mais, tendo a certeza que o garoto entendeu o que Petra quis dizer.
-Então é por isso que Levi foi com você?
-Antes da gente ir, nós não tínhamos nada, foi logo após ele me "salvar".
-Mas gente... Aquele cara tem sentimentos por acaso?
Bato em seu ombro, indignada.
-Claro que tem, idiota. Ele é um ser humano, querendo ou não.
Cruzo os braços e viro a cabeça. Por que eles estavam tão surpresos com isso, afinal?
-Ok... Se é assim, apoio sua felicidade, Mi.
-Ainda bem, humpf.
Conversamos um pouco antes dos dois irem para seus respectivos quartos. Akemi disse que vai dormir em um hotel hoje, pois não tem nada arrumado aqui para ela, então eu iria dormir sozinha.
  Deito em minha cama toda esticada e olho para o teto. Esses últimos dias eu dormi acompanhada de Levi... Agora me traz uma certa insegurança em ficar em um quarto escuro sozinha, mesmo sabendo que estou no quartel.
  Para piorar, escuto um trovão seguido de um relâmpago. Uma tempestade se aproxima, e já está bem perto. Me levanto da cama em um pulo e vou até um certo quarto, eu que não iria ficar sozinha não. Bato na porta com a esperança de ser respondida.
-Entra.
  Entro no quarto lentamente, vendo Levi sentado em sua escrivaninha com alguns papéis.
-Eu sabia que você viria, depois desse trovão...
-D-Desculpe, eu só...
-Não precisa se desculpar, pode vir quando quiser.
  Me aproximo da mesa e fico ao lado dele.
-Fazendo o que?
-Cuidando dos papéis da transferência dos outros pra cá.
-Aaah, então Armin e Mikasa já podem ficar aqui?
-Hoje eles voltaram para o quartel deles, mas amanhã eles voltam com o resto do pessoal.
  Sorrio com o pensamento de a tropa Levi estar de volta à ativa. Vou para trás do capitão e o abraço por trás, observando sua mesa.
  Ficamos assim até ele terminar de fazer o que estava fazendo, e até isso acontecer, a chuva já tinha começado a cair. Me espreguiço e olho para a janela, vendo os pingos escorrerem pelo vidro, fazendo um arrepio percorrer minha espinha e o frio me dominar.
-Uh, que frio.
-Você sente frio muito fácil, nanica.
  Ele disse enquanto se levantava da cadeira e arrumava seus papéis.
-Não tenho culpa se sou sensível ao frio.
-Você é sensível a qualquer coisa.
-Nosfa.
  Cruzo meus braços e ergo a cabeça fazendo bico. Sinto em minha bochecha um pequeno beliscão do mais velho.
-Fazer essa cara não te faz mais assustadora, muito pelo contrário, só te faz mais fofinha.
  Fico vermelha e sinto minhas orelhas esquentarem.
-E-Ei.
  Ele passa a mão em minha cabeça e vai até sua cama, a arrumando (ou desarrumando, não sei) e sentando em uma ponta da cama.
-Você vem dormir ou não?
-Ah, sim.
  Fui até ele e deitei ao seu lado, me aconchegando entre os cobertores.
-Realmente você sente muito frio.
-Pelo menos eu não sinto tanto calor :3.
-Sente sim.
-Sinto não.
-Sim.
-Não.
-Sim
-Não.
  Nos entreolhamos e rimos da nossa discussão idiota.
-Besta.
-Somos dois, então.
-Sim... Dois bestas.
  Levi se aproxima e beija minha testa, me fazendo sentir um arrepio.
-Durma bem, então.
-Impossível não dormir bem perto de você.
-Aí depende...
-Uh? Como assim?
-Nada não, pode dormir.
Odeio quando ele faz mistério... que saco.
-Depende do que???
  Pergunto novamente.
-Agora vai ficar curiosa por isso?
-Sim, você sabe que eu sou curiosa.
-Mas não tem o que ter curiosidade.
-Tem, ué. Você fala algo e não explica depois? Isso é a coisa que mais me deixa curiosa.
-Ai, meu Deus...
-Falaaaaaa, por favooor.
  Eu o chacoalhava para tentar convencê-lo a falar, mas dessa vez, o homem teimava em ficar calado.
-Não, caramba. Eu só falei DEPENDE.
-Falaa.
-Tch, que saco.
-O que...
  Antes mesmo de eu terminar de falar, ele me beija com mais intensidade do que antes, no meu quarto. A sensação veio mais forte do que uma hora atrás, e eu me senti completamente desorientada.
-Ainda curiosa?
  Sua voz soava de uma maneira rouca perto do meu ouvido, me fazendo ter outro arrepio.
-Sim...
  Nossos lábios se uniram novamente. Minhas mãos percorriam por sua nuca raspada, o trazendo para mais perto. Hoje é o dia em que uma explosão de sensações novas invadiam meu corpo de uma maneira completamente inexplicável, e eu não pretendia acabar com isso.
  O capitão segurava minhas costas impedindo-me de cair, pois do jeito que meu corpo estava molengo, qualquer coisa me faria desabar. Meu coração parecia que ia explodir a qualquer momento, pois na velocidade que está batendo, é incrível como não me sinto mal, muito pelo contrário, estou perfeitamente bem.
-Levi...
  Digo, ofegante, após nos separarmos.
-Não faz isso, Mi...
-Fazer o que?
  Ele sussurra em meu ouvido.
-Não diga meu nome assim.
-Por quê?
-Assim você me deixa louco, nanica.
Outro arrepio percorre minha espinha, e esse foi um dos fortes.
A única coisa que dava para ouvir no quarto eram os pingos de chuva na janela e nossas respirações descompassadas.
-Se continua curiosa, vai continuar sendo assim.
-Ah?
-Não confio em mim mesmo.
-Ah, nãooo. Quando fico curiosa, não consigo dormir. Falaaaa.
-Falar? O melhor a se fazer seria agir, mas isso não é uma boa ideia.
-Porque?
-Como eu disse: não confio em mim mesmo.
-Como assim, Levi? Eu não entendi o que quis dizer.
(N/a: Essa é lerda).
-Outro dia, quem sabe...
-Eeeeeeiiiii. Eu já te falei que eu não durmo quando fico curiosa, poxa...
-Tch.
  Logo, ele inicia outro beijo. Não sei se dava para ficar mais intenso que isso, sinceramente...
-Isso não vai tirar minha dúvida.
  Digo.
-Ah, vai sim... Você vai ver.

  Akemi's pov on

-Droga, aonde eu coloquei aquele negócio...?
  Eu procurava desesperadamente entre minhas coisas na mala o que eu queria. Eu precisava das anotações que meu pai fez sobre a família Akire, mas essa bagunça não está ajudando.
-Saco... Será que eu esqueci de trazer?
  Ao tirar uma blusa de um canto, finalmente acho o bloco de notas que eu queria.
-Ahá.
  Folheio aquilo tentando achar a parte mais importante, e acabei achando na letra D, como o esperado.
-Despertar... certo.
  Eu queria saber quanto tempo de vida nós tínhamos, o que seria muito importante na vida da minha irmã. 
-Não fala nada... Pai inútil.
  Meu pai morreu com 52 anos, então se eu pegasse a data do Despertar dele, eu poderia fazer as contas, mas para isso, eu precisaria achar a chave que dava acesso àquela sala trancada do laboratório, pois é lá onde ele deixou seu diário antes de morrer.
-Que saco...
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oii, o que acharam do capítulo? Vote e comente, isso me motiva muito a continuar ;*
Aviso 1: Isso NÃO é um livro adulto, entendam :3.
Aviso 2: eu vou fazer um ASK, então se quiserem fazer perguntas para mim ou para os personagens, façam nos comentários, blz? :3.

InsuportávelWhere stories live. Discover now