Cap 43

3K 271 95
                                    

  Ao chegar ao quartel, vou rápido à mesa de reuniões; o resto chegou um tempo depois, pois não é todo mundo que me alcança no DMT, certo?
  Tiro tudo de cima da mesa com rapidez e me sento em uma cadeira, esperando os outros.
-Capitão, quem é esse Kenny que você falou?
  Eren pergunta enquanto se aproxima com eles.
-Kenny é um assassino... Você já deve ter ouvido falar de Kenny, o estripador.
-Sim, já ouvi.
-Então... É ele. E por algum motivo, ele quer Misuki.
-O senhor já tem alguma ideia do motivo?
  Agora fora Connie que perguntara.
-Sim, tenho. Enquanto estava viajando com Mi, encontrei Akemi, como devem saber. Nós conversamos um pouco com ela e descobrimos que a família Akire é parecida com a minha... Ela veio de um experimento com titã.
  O choque tomou conta daquele lugar. Suas respirações pesadas ecoavam pela sala por conta do silêncio.
-Por isso Kenny quis pega-lá... E o que faremos agora?
-Bolaremos um plano pra resgata-lá, idiota, e tem que ser rápido, se não Misuki correrá muito perigo.
  Respondo Eren de uma maneira ríspida.
-Eu conheço aquele desgraçado, ele não vai pegar leve.
  Coloco a mão na testa para limpar minha mente e me acalmar, pois do jeito que eu estou, conseguir bolar um bom plano está fora de cogitação.
-Ah, Mi... Espere por mim.
  Sussurro para mim mesmo.

  Misuki's pov on

  Onde estou? O que aconteceu? A última coisa que lembro era de receber uma pancada...
  Olho ao meu redor e vejo um certo homem caindo de uma altura imensa.
-Levi...
  Porque ele está caindo? Já está longe demais dos meus braços. Eu mesma estou em um lugar alto demais, e eu só posso vê-lo caindo... Eu tento alcançá-lo, mas meu corpo parece não corresponder ao meu comando. Todos ao meu redor estão mortos... Petra, Mikasa, Eren... Por quê eles morreram?
  Levi está sangrando... Não, ele não pode chegar ao chão.
-NÃO.

  Acordo de repente aos pulos com uma forte dor de cabeça. Coloco a mão na testa ao me sentar e abro os olhos lentamente, percebendo a visão meio embaçada.
-Mas onde é que eu estou?
  Olho ao redor, tentando focar meu olhar em algum ponto específico, mas ao fazer isso, acabo percebendo a presença de mais alguém no lugar.
-Já acordou? Achei que demoraria mais apagada.
 
-Quem é você?
  Pergunto para a pessoa que se aproximava de mim. Como ele não responde, repito a pergunta.
-Isso não interessa, agora. O que realmente importa é você estar bem aqui, totalmente indefesa.
  Minha visão não voltava ao normal, e isso estava me deixando preocupada.
-C-Como assim? Por favor, onde eu estou?
-Você está em casa, agora, filha... Você já pode ir embora.
  Outra voz ainda mais grossa soava atrás de mim, e o homem a minha frente acena com a cabeça antes de se virar e ir embora. Agora, eu percebo que estou somente com as roupas íntimas, então tentei buscar por um lençol para tentar me cobrir, mas não o achei.
-Ora, não tenha vergonha, Mimi...
  Sinto duas mãos frias em minhas costas e eu arregalo meus olhos. Um flashback passa em minha mente...

-Papa.
  Eu saio correndo em direção a ele com as mãos esticadas.
-Oi, mimi, como você está?
  Ele me pega no colo e brinca com meu cabelo.
-Mama tá lá dentu.
-Papai já vai, filha...Eu não posso voltar.
-Mas...

  Volto à realidade... Somente uma pessoa me chamava de Mimi, e essa pessoa supostamente estava morta desde que eu tinha 2 anos.
-Relaxe, eu não sou nenhum tipo de fantasma.
-Não...
-Ah, sim.
  As mãos dele foram direto para minha marca de gato enquanto eu permanecia paralisada.
-Evoluiu pouca coisa...
  Depois de um tempo passando a mão naquela marca, ele se afasta e pega uma seringa em uma mesa próxima dali.
-O-O que você vai fazer?
  Pergunto em um tom de voz muito baixo, quase como um sussurro.
-Eu planejo fazer a mesma coisa que Grisha fez com Eren, mas seria muita coisa pra você carregar.
-VOCÊ QUER ME TRANSFORMAR EM TITÃ?
  Grito com ele enquanto fazia força para sair daquela cama, mas minhas pernas não me obedeciam.
-Claro... Afinal, seu sangue é o mais precioso da família Akire... Sua irmã não vale mais.
-N-Não, por favor.
  Ele já se aproximava com aquilo em mãos. A única coisa que eu fiz foi fechar meus olhos e esperar, pois meu corpo não reagia aos comandos que eu dava.
-MAIC.
  Outra voz surge atrás de mim. Quantas pessoas tem aqui, afinal? Mas essa voz era muito familiar... As lágrimas saiam dos meus olhos como se fossem torneiras. Não seria possível isso, seria?
-Sim, Georgia?
  Minhas suspeitas se confirmaram.
-Já pretende transformá-la?
-Óbvio. Vai querer esperar o grupo do nanico chegar até aqui?
  Viro minha cabeça o máximo que consigo e olho de canto o rosto da mulher.
-Tia...
  Sussurro para mim mesma em um tom de lamentação.
-Oh, querida... Não se espante. Sou apenas eu, não vê?
  Ela fala isso enquanto se aproxima de mim. Eu tento falar alguma coisa, mas não sai som nenhum da minha boca.
-Por que... POR QUE ESTÃO FAZENDO ISSO?
  Finalmente consegui falar algo que faça sentido.
-Porque é necessário, Mi...
-NECESSÁRIO COMO?
-Aah, quando acordar, você saberá. Maic, me deixe a sós com ela.
-Certo.
  Ela pega uma seringa que estava nas mãos do meu pai que continha um líquido vermelho e se aproxima mais ainda, enquanto o homem sai do cômodo.
-Acredite, querida... Isso vai doer muito mais em mim do que em você.
  Meu corpo não me obedecia. Era como se eu estivesse petrificada, e, aproveitando o meu estado, minha tia injetou aquele líquido em mim. Logo após, eu me senti tonta e minha visão começou a escurecer novamente.
-Espero que, um dia, você possa me perdoar, querida.
  Ao escutar isso, caio no sono novamente.

  Georgia's pov on

Ao vê-la adormecer, sinto lágrimas se formarem em meus olhos. Enxugo-as rapidamente ao ouvir palmas atrás de mim acompanhadas de risadas baixas.
-Muito bem... Achei que não conseguiria fazer tal maldade com a própria sobrinha.
-Cala a boca, Kenny.
  Me viro para o homem encostado no batente da porta.
-Pra quê ficar brava?
-Você sabe que eu só estou fazendo isso pra salvar Fillipe. Aquele palerma do meu irmão acha que, se sequestrar meu "filho", vou ficar perto dele.
-Assim, me explica q obsessão de Maic por você.
  Ele desencosta da porta e se senta na cadeira ao lado da cama onde Misuki estava deitada.
-Desde adolescentes, ele sempre teve um "amor não correspondido" por mim, então...
  Quando falei isso, Kenny bate algumas palmas repetidas, me interrompendo.
-ESPERA! Quer dizer que aquele cara é um praticante de incesto? HILÁRIO.
  Ele gargalha por um tempo e eu só o encaro seriamente.
-Acabou?
  Pergunto a ele após aquela crise de riso.
-Haha... Sim, pode continuar.
-Agradeço. Devido a esse amor não correspondido, ele enlouqueceu e passou a fazer de tudo pra eu "nota-lo", e quando eu falo TUDO, quer dizer TUDO mesmo... Até que um dia, ele cansou e fingiu sua própria morte.
-Uau, que... Dramático.
-Também achei. Depois disso, ele sempre entrava em contato comigo pra me juntar a ele, mas eu sempre recusava, então, três dias atrás, Maic foi além e sequestrou meu "filho".
-Ah...
  Ficamos em silêncio ao ver Misuki se mexer. Ela se levanta misteriosamente, afinal, esse soro deveria durar por 10 horas...
===
oii, o que acharam do capítulo? Vote e comente, isso me motiva muito a continuar ;*
Desculpem a demoraaaaaaa
Estou de recuperação em história ;-; e CONTINUO COM ESSE MALDITO BLOQUEIO CRIATIVO >:'(.

InsuportávelWhere stories live. Discover now