forty eight

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Quando chegamos perto da rua da minha casa, Philippe estacionou o carro e desceu.

— Vem, vamos relembrar os velhos tempos — Ele disse entendendo a mão. Desci do carro e fui de encontro a ele.

— Philippe, o que você ta planejando? — Disse colocando minhas mãos na cintura.

— Vamos apostar uma corrida daqui até sua casa — Ele disse abrindo um sorriso, foi possível ver o brilho nos olhos dele.

— Não é justo, você vai ganhar, igual sempre ganhou.

— Por favor amor, já faz mais de 8 anos que a gente não faz isso, até a árvore da frente da sua casa ok? — Ele disse e eu assenti, seria bom lembrar de alguns anos atrás — No 3. 1, 2 e 3.

Saímos correndo igual loucos no meio da rua, e logicamente Philippe era mais rápido que eu, mas eu não desisti e continuei correndo. Philippe chegou primeiro na árvore e ficou dando risada enquanto me esperava.

— E nada mudou — Ele disse quando eu cheguei na árvore e apoiei minhas mãos no joelho, sem fôlego.

— Agora você vai buscar o carro, trouxa — Eu disse e ele me deu um beijo na testa, e foi em direção ao carro, que estava na rua de cima.

Fiquei olhando ele andar até sumir na esquina da outra rua. Minha mãe apareceu na porta de casa, provavelmente viu eu e Philippe na árvore momentos antes.

— Parece até que estamos em 2006, você e philippe chegando da escola correndo — Minha mãe abriu o portão e veio me dar um abraço.

— Mãe, que saudade, tenho tanta coisa pra te contar.

— Realmente, muita coisa, como que você vai pra Rússia solteira, sem falar com o coutinho desde os 16 anos, e volta com relação assumida com ele? — Minha mãe disse e vi Philippe estacionando o carro em frente a minha casa.

— Ah mãe, isso aí ele te explica.

Depois de comer, nós ficamos sentados na sala falando sobre a vida, minha mãe sempre gostou muito de Philippe e era óbvio o tanto que ela tava feliz por a gente.

— Agora eu quero saber quando o meu neto vem!

— Mãe, a gente começou a namorar praticamente ontem.

— É, eu também acredito que esteja muito cedo pra construir uma família — Philippe disse e entrelaçou sua mão na minha — Ainda que eu ame muito você helo, não quero apressar as coisas.

— Não quer apressar mesmo né, uma vida inteira pra dar um beijo nela — Minha mãe disse e eu dei risada, eu pude perceber que fiquei vermelha.

— É tia ritinha, nessa parte eu concordo que demorei — Philippe disse e me fitou.

O celular de Coutinho começou a tocar e vi no visor que era Neymar que estava ligando.

"Oi... Isso é sério?... Irmão ela vai amar ... DOMINGO AGORA? ... CARALHO COM CERTEZA ... pode contar comigo e com a Heloísa"

Philippe desligou e me olhou, ele não disse nada e isso estava me intrigando.

— Philippe fala logo antes que eu te bata.

— Não marca nada pra domingo, iremos ser padrinhos de casamento, mas assim, a noiva não pode saber que vai casar.

daylight • p.coutinhoحيث تعيش القصص. اكتشف الآن