seventy three

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Alguns meses depois

Heloísa Gama POV

— Philippe você ta surdo ou ta se fazendo? — Eu disse já irritada com Philippe.

Eu estava sentada no sofá assistindo desenho, e Philippe se encontrava na cozinha lendo um livro.

— COUTO PORRA VAI PEGAR A DESGRAÇA DA PIZZA — Gritei mais uma vez.

— CARALHO CALMA EU TAVA PEGANDO O DINHEIRO — ele disse indo até a porta — Pra que tanta ignorância.

— Eu to quase explodindo com uma criança dentro de mim, to com fome pra caralho e você me pergunta isso ainda? — resmunguei.

— Calma amor, você já vai comer.

— NÃO ME MANDA FICAR CALMA.

— Ta bom então amor da minha vida — Ele disse e sentou no sofá ao meu lado, com dois pratos, um pra mim e outro pra ele.

Tínhamos pedido pizza de choconana porque eu estava com muito desejo de pizza de banana. Mas a pizza demorou tanto que me fez ficar muito brava, e sem perceber eu descontei no Coutinho.

— Você é incrível te amo — Eu disse e Philippe deu risada — O que foi? Ta me achando com cara de palhaça?

— Não, é só que você ta toda suja e agora ta um amor de pessoa — Ele deu mais uma mordida em sua pizza — O que uma pizza doce não faz, né?

Dei risada e assenti.

Comi 5 pedaços de pizza e ainda estava com fome, mas Philippe comeu três antes que eu pudesse reclamar da ainda presente fome, então pedimos mais uma pizza.

— Essa criança vai nascer com cara de pizza — Philippe disse e dei risada.

— Eu só não te bato porque não consigo levantar — Eu disse e philippe se abaixou em minha frente.

— Se vier com cara de pizza ou com cara de bunda, eu vou amar — Ele disse e deu um beijo em minha barriga.

— Cara de bunda só se puxar pra você seu bosta — Eu disse e ele cruzou os braços.

— A pronto, vai voltar a me ofender — Ele disse mas eu não dei muita importância, pois senti uma dor imensa e pude perceber o sofá molhar.

— CARALHO A BOLSA ESTOUROU MEU DEUS EU VOU PARIR PHILIPPE SOCORRO — Eu gritei e Philippe saiu correndo, para pegar as chaves do carro.

Chegamos no hospital e eu estava chorando desde a hora que entrei no carro. Acho que era emoção, ou dor, ou um misto dos dois.

Fui levada para um quarto enorme com apenas uma cama, e ali mesmo eu fui deixada.

Senti o bebê se movimentar mais uma vez e gritei, sem pensar muito no escândalo que eu estava fazendo. Que se foda, sou uma grávida e ninguém pode me calar.

— VAI SER OBRIGADO EU GRITAR TODA HORA PRA VOCÊS ENTENDEREM QUE EU TO PRECISANDO PARIR? — perguntei muito brava, até que a equipe que iria realizar meu parto se aproximou da cama.

daylight • p.coutinhoWhere stories live. Discover now