1950

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Harry

- Você quer que alguém mostre a ele... Amor? - Questionei Dumbledore.
- Alguém não, Harry, você.
Houveram murmúrios na mesa bem audíveis.
- Você espera que eu ensine o monstro que matou meus pais... A amar?
- Exatamente. Você passou por coisas horríveis Harry e não ficou como ele. Você sabe que o amor é mais importante do que ele passou a prezar. - Pude perceber sua escolha de palavras, mas aparentemente somente eu percebi. - Sei que ele fez muito mal, mas quando o conheci ele era uma criança, uma pessoa, agora ela não existe mais. Porém no passado ainda existe. Não sei se posso impedir o que começou a transformação do humano no monstro...
Isso foi um resposta bem conveniente.
- Se eu entendi direito, professor. - Hermione se manifestou. - Você quer que Harry voltei ao passado, mas especificamente quando o Lorde das Trevas...
- Tom Ridlle. - Todos me fitaram. - Ele não quer que eu convença Lorde Voldemort a mudar, mas sim Tom Ridlle,  o garoto encantador de olhos azuis antes que vire uma demoníaca cobra albina.
- Hey. - Reclamou Mordred.
- Desculpe.
- Como? - Questionou Hermione. - Isso é impossível.
- Eu criei um dispositivo, é como um vira-tempo, que levará Harry para 1950 e depois irá trazê-lo de volta. Provavelmente em outra realidade, uma que não existe um psicopata louco atrás dele, talvez um professor de Hogwarts, um auror, um político... Ele poderia ser algo diferente.
Depois disso se iniciou um discussão que durou 20 minutos sobre os pós e os contras dessa ideia, as pessoas gritavam, opinavam e o barulho começou a irritar minha audição sensível.
- Deixe-nos a sós. - Disse autoritário. - Agora.
- Harry...  - Sírius começou.
- Aparentemente essa decisão é minha. - Fitei Dumbledore, o velho safado percebeu que descobri algo. - Quero falar com ele sozinho.
Todos saíram, deixando-nos nos a sós.
- Somente para um alfa todos iriam abaixar a cabeça, até mesmo Olho-Tonto não se atreveu a falar.
- Sabemos que não é esse motivo dessa conversa privada. Você disse " passou a prezar", ele tinha outras crenças?
- Sim, " sua causa" não é essa que vemos agora, uma supremacia purista. Ele mesmo é mestiço. Quando você passou de um criança para um auror treinado? Ou quase.
- Quase?
- Você não segue todas as regras não é? Assim como não me vê com os mesmo olhos de antes.
- Professor...
- Eu não fico chateado com isso, eu fico extremamente feliz e estou impressionado. Você é tão jovem, mas como disse a professora Trelawney para  a Senhorita Granger, seu coração é tão velho quanto os livros que você lê tão desesperadamente. Você é um m adulto em todos os sentidos da palavra, menos em idade. Mas qual é a sua verdadeira pergunta?
- Eu sei que o motivo que você deu para todos é apenas conveniente para você, foi apenas para convencê-los, mas não o real motivo. Existe muito mais por trás disso tudo.
- Quando deixou de ser inteligente para ser sábio?
- Quando uma lembrança de um diário disse que tenho os olhos que sempre sonhou.
- Então eu estou certo.
- Seja mais claro, acho que não tenho todos os detalhes para acompanhar a sua linha de raciocínio.
- Tom sonhava com alguém de olhos verdes como a Madição da Morte. Essa pessoa, eu acreditava que seria muito importante para ele, talvez seria seu companheiro que devo dizer, ele tanto ansiava em encontrar. Depois que enlouqueceu no decorrer do terceiro ano, percebi que não falava dessa pessoa em nossos encontros. Nós poucos que tivemos antes... Dele realmente mudar. Foram 9 meses depois, mais ou menos no meio do quarto ano que ele... Se perdeu. Quero mandar você para essa época. Início do quarto ano.
- Não posso amar a pessoa que matou meus pais.
- Mas foi Lorde Voldemort que matou eles, não Tom Ridlle. Talvez, se você salvar Tom Ridlle, possa salvar a todos.
- E se não conseguir?
- Você realmente acha que não vai conseguir?
- Vou me preparar pra viagem, conferir minha mala, minhas coisas e relíquias. Vou falar com Ragnuk e em duas horas te encontro aqui.
- Quer que Edwirges busque aquela mala?
- Como?
- Nessa época você não escondia bem seus passos.
- Seu apetrecho vai poder levar meus animais?
- Claro.
Passei as duas horas seguintes me despedindo, fazendo promessas aos meus pais, amigos e professores, além de uma conversa interessante com Ragnuk que será meu aliado no passado, me assegurando que saberá de mim, já que a magia dos duendes é diferente dos bruxos,  aprontei meus familiares, vesti uma calça de couro, botas, uma camiseta e uma jaqueta de couro, depois reduzi minhas malas e as coloquei no bolso. Tirei os óculos falsos que usava para esconder que corrigi minha visão horrível e coloquei minha segunda varinha no coldre.  Por ser ambidestro, usava minha segunda varinha na mão esquerda e a com o rastreador do ministério na direita, para não chamar a atenção, no passado eu iria comprar novamente minha varinha de Fênix, para não existir duas iguais na mesma época. Obviamente a parte que possivelmente eu terminaria em um relacionamento com o Voldy foi omitida, quer dizer Tom Ridlle.
- Você está pronto? - Questionou Sirius.
- Sim. Americae. - Dessa vez Edwirges também entrou em minha pele. - Estou pronto.
- Essa foi a cena mais bizarra que eu já vi. - Disse Rony.
- Porém incrível. - Disse Hermione. - Não sei se iria me acostumar com isso.
Dumbledore me estendeu o colar com a pequena ampulheta.
- Quando colocar você será levado para 1950, vá ao banco e procure por Ragnuk. Lembre-se, seu nome agora é Harry Peverell.
Com um sorriso singelo coloquei o calor no pescoço e fechei os olhos e senti um puxão no umbigo, esperei meus pés tocarem o chão, mas isso não aconteceu, fiquei com medo do plano de Dumbledore não ter dado certo, porém juntei minha coragem e abri os olhos para cair sobre uma a borda de um rio estranhamente familiar.
- Finalmente você chegou, pequeno. - Um voz profunda e sem emoção ecoou pelo ar. - Estava lhe esperando.
Uma sombra apareceu diante de mim, encapuzada, foi e gigante. Seus dedos esqueléticos eram compridos e não tinha pés.
- Quem é você?
- Você sabe quem eu sou, me pesquisou bastante.
Fitei sua capa e percebi na manga esquerda que faltava um pedaço de pano esfarrapado.
- Você tem vários nomes e responde a todos, mas acredito que como eu, você prefira o nome convencional. - O ser me fitou com um sorriso malicioso e satisfeito. - Estou certo, Morte?

Reescrevendo a HistóriaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora