Apenas o início...

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Harry

Acordei com o sol nascendo pela janela, estava deitado em uma cama da ala hospitalar e nu. Uma enorme faixa enrolada no meu ombro e parte do meu braço, lembrando de toda a confusão, falta de controle e acontecimentos da noite passada, principalmente da mordida que levei, a matilha de crinos da floresta proibida resultou em um bufo zangado.

- Só de lembrar eu estou tendo uma terrível dor de cabeça.

- Vejo que acordou, Sr Peverell. Estávamos muito preocupados com a sua situação. - Vi Madame Pomfrey e Scamander me encarando. - Acho que quer saber o que aconteceu ontem a noite?

- Eu me lembro de tudo, não se faz necessário explicações. Como está Dumbledore? Tom? Por que Scamander está com acónito nesse frasco?

- Achamos que acordaria alterado. Ontem você teve uma reação forte ao veneno da maldição do lobisomem, desmaiou o ficou se debatendo muito, usamos mata-cão para neutralizar o veneno de quem te mordeu, mas isso não irá acontecer novamente, seu corpo criou maneiras de se defender, seu próprio veneno agora é mais forte.

- Então acredito que já posso me vestir e ir para meu quarto? Preciso muito de um banho.

- Claro querido, mas voltei logo, Tom pode acordar a qualquer momento e vai precisar de você... Temos... Muito o que contar.

Transfigurei o lençol em roupas e passei na sala precisa para pegar minhas coisas que estavam lá, arranquei as faixas e fitei a cicatriz da mordida.

- Essa mordida estava horrível ontem, mas é ilusão deles pensar que foi aquele acónito que ajudou. Tudo foi seu próprio poder, seu veneno e força.

- Obrigado Anabel. Vamos para meu quarto, sim? Eu preciso de um banho.

Quando chegamos na porta do meu dormitório, advinha? Tom estava sentado na frente da porta, com a cabeça encostada nela e parecia impaciente.

- Onde você estava?

Ele se levantou perguntando autoritário, com a pose de príncipe da Sonserina e nesse momento sua rejeição veio com tudo em minha mente.

- Desculpe, mas quando me rejeitou ontem deixou bem claro que não temos ligação nenhuma, então não lhe devo satisfação de onde estava, onde irei e o que vou não fazer.

Seu rosto se contorceu em fúria e ele levantou a mão para me bater, segurei seu pulso e senti ele começar a se debater.

- Me solte!

Um cheiro familiar passou pelo meu nariz, um obliviarte.

- Droga.

Abri a porta e arrastei Tom para dentro, o mesmo se soltou e começou a destruir meu quarto e sua magia estava descontrolada explodindo os objetivos de vidro.

- Para. - Disse em uma voz firme e profunda. - Eu mandei parar!

Ele se virou pra mim e seus olhos ganharam um brilho insano, maldito feitiço, maldita Belatriz. Ele partiu para cima de mim raivoso, tentando me estrangular. Dei sinal para que meu familiares ficassem quietos e joguei o ser endiabrado na minha cama e subi em cima dele, imobilizando seus braços e sentando em sua cintura.

- Agora vai aquietar essa bunda? Ou terei que ser inovador em imobilizar você?

Ele ficou se acalmou, mas ficou mortalmente quieto e com olhos escuros de desejo.

- Acho que nessa situação podemos fazer coisas melhores.

Ele mordeu os lábios e subiu seu corpo para esfregar no meu. Esse maluco vai de assassino a pervertido sexual muito rápido.

- Acho que está na hora de tomar as devidas medidas não recomendadas para tirar esses efeitos do feitiço. Accio Liberti.

A poção voou até minha mão, as Sombras usam isso depois de batalhas e em reféns, tira todos os traços e sequelas dos feitiços de tortura ou que mexem com a mente, porém não fazem nada com a fragilidade gerada pelas mesmas. Ou seja, Tom teria sua sanidade, suas memórias, mas sua mente continuaria fraca.

- Vamos lá querido, vai tomar por bem ou por mal?

Ele trancou a boca fortemente e me encarou desafiadoramente.

- Vou adorar isso.

Coloquei a poção na boca e agarrei o queixo de Tom forte o suficiente para fazer com que ele abrisse a boca e encostei nossos lábios, pedindo passagem com a língua, excitado, ele prontamente atendeu meu pedido, consequentemente engolindo a poção e tossindo. Me afastei para que ele pudesse levantar e quando me olhou quase tive um ataque cardíaco com o sorriso que ele deu.

- É você, a pessoa que eu tenho sonhado, procurado, Harry... - Meu corpo vibrou quando ele disse meu nome. - Eu sonhei tanto com seus olhos verdes. Em lhe encontrar... - Uma tristeza apareceu em seu rosto. - E eu quase... Me desculpe. Meu Merlin Harry! Me desculpe.

Ele se jogou nos meus braços e no mesmo momento ficou tenso tentando se afastar, porém não permiti. Segurei seu corpo contra o meu e relaxei.

- Graças a Merlin, agora você está comigo, sem esse tormento. Vou proteger você, livrar você daquilo que lhe perturba.

- Como você pode ficar perto de mim?

Peguei seu rosto e fitei seus olhos, azuis como o céu, cheios de dor, angústia, sofrimento, carência, bondade, vontade e amor. Ele é humano, sempre foi humano, antes de ser o monstro... Não... Ele é... Foi uma vítima. Mas agora... Ele é meu companheiro.

- Vou proteger você. Com minha vida...

Senti meu lobo se agitar... Não... Eu me agitei... E quando dei por mim era um lobo na frente de Tom, maior que um filhote de hipogrifo adolescente. Desci da cama e deitei no chão, confortável por estar nessa forma e virei para o garoto na minha frente.

- Você é o lobo que me ajudou ontem. Bem... O lobisomem. Essa noite foi complicada não é? E não entendo como você está transformado durante o dia, mas isso não importa agora. Isso é incrível... Eu... Esperei tanto para te encontrar, sempre procurei por esses olhos... E nesse tempo fiz coisas horríveis... - Ele se levantou e sentou na minha frente. - Você me odiaria se soubesse o que eu já fiz, meu Merlin, quis te violar, te matar.... Eu...

Quando ele começou a chorar me aproximei dele, choraminguei como um cachorro e encostei meu focinho em seu nariz. Ele segurou meu rosto com suas mãos e a abaixou um pouco  encostando nossas testas e esperei até descarregar toda a carga emocional, chorando com ele.

 Ele segurou meu rosto com suas mãos e a abaixou um pouco  encostando nossas testas e esperei até descarregar toda a carga emocional, chorando com ele

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