Voltando a rotina

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Harry

Quando finalmente pisei nas terras de Hogwarts senti magia do lugar me reconhecer e estalar ao meu redor, a magia da floresta proibida também se agitou.

- Sinto-me em casa.

Dumbledore que estava do meu lado colocou a mão em meu ombro.

- Hogwarts sempre será um lar. - Ele me sorriu. - O que quer fazer agora? Duvido que queira ir para a aula nessa tarde.

- Preciso de um banho, uma boa refeição e ficar um pouco com minha alcatéia. Podemos todos retornar amanhã?

- Claro, Harry. Não tem problema.

Acompanhei todos até seus quartos e disse para me encontrar em uma hora e meia no meu quarto para um almoço apenas entre nós e por último deixei Tom em sua porta.

- Você quer entrar um pouco? Nagini deve estar preocupadíssima.

Eu assenti, mas no fundo eu podia sentir a inquietação tomar conta de mim, éramos recém ligados, ele foi mordido recentemente e isso exige o resto do ritual de ligação.

- Harry!

A imensa cobra se enrolou em mim assim que eu estava no quarto depois de um bote que eu não esperava.

- Você me assustou! Quase perco um dos meus filhotes para aquele réptil inútil! - Ela se enrolava que em mim como se me abraçasse. Enrolando-se como uma mãe protetora. - Como você está? Dói alguma coisa?

- Estou perfeitamente bem Nagini. Se os responsáveis pelo torneio não tivessem aprisionado minha magia, não seria necessário uma ida ao hospital. Mas acho que tenho coisas mais importantes a te contar.

- Eu sinto o cheiro, você marcou o Tom. Mas meu filhote, que insensatez da sua parte não se enlaçar a ele. Você sabe que isso é perigoso.

- Desculpe. Acho que esqueceram que estou aqui... Como assim isso é perigoso para você? - Questionou-me Tom, já irritado e Nagini tratou de se desenrolar de mim, deixei Mordred e Anabel saírem da minha pele.

- Vão os três para meu quarto, mostre para Nagini o playground que criei para vocês.

- Sim, mestre.

Mordred saiu e pela magia que manipulei do castelo deixei ele saírem e irem ao meu quarto, o playground é uma runa que criei a um tempo, que transforma a porta em uma passagem a uma floresta, com vários ecossistemas, perfeitos para cada tipo de animal mágico ou não. Uma vez lá dentro os animais não podiam se atacar, quando tinha fome ou desejavam caçar, a sala lhes dava caça, ou o alimento. Criei o playground por influencia de Newt, que começou a me infectar com seus genes magizoologistas, quero começar a ter alguns bichinhos meus. Mas agora tenho problemas maiores.

- O que Nagini quis dizer com isso? Como assim você corre perigo? Mas você já me mordeu...

- Mas não consumei nosso união.

- O que? - Tom me fitou por míseros dois segundos antes de explodir. - Você quer dizer que não completou o vínculo mágico e isso é perigoso? E você não me contou?

- Calma Tom. Eu ia te contar, mas não tivemos tempo a sós para discutir sobre o assunto, não ficaria confortável discutindo sobre nosso vínculo junto a alcatéia.

- E como isso é consumado?

- Você não é inocente para não saber, Tom Ridlle.

Sorri sacana para ele.

- Sexo.

- Não é algo tão impessoal assim. Sexo eu posso fazer com qualquer um, assim como você. Mas no nosso caso, temos que fazer amor, tem que existir sentimentos envolvidos. - Me aproximei da cobrinha mal-humorada que é meu companheiro, abraçando sua cintura, sentindo seu coração bater mais rápido. - Você tem que estar apaixonado também.

- Também? - Vi que suas bochechas se tingiam de um rubor adorável.

- Eu já me apaixonei por você, pequena víbora. Quando te aninhava em meus braços quando você acordava aos berros de seus pesadelos, quando pegava você me fitando de longe nas aulas de DCAT, ou qualquer uma que eu dava um longo discurso a pedido dos professor, quando me olhava com competitividade por sermos empatados com as melhores notas, quando dormir e me abraça com força e sussurrava meu nome, quando  ouvia você sendo cruel com algum de seus seguidores, quando senti seu olhar me vendo entrar na floresta mas noites de lua cheia. Você me segue sempre e eu sempre te sigo. Eu sempre te sinto.

- Eu... - Tom mordeu seus lábios antes de continuar. - Eu também estou apaixonado por você. Perdidamente. Loucamente. Insanamente. Eu nem sei o que é amar. Mas eu preciso de você, eu quero você.

- Não quero te forçar a nada, minha víbora. Eu posso resistir as tentações do vínculo e resistir a qualquer usurpador.

- O que isso quer dizer? - Questionou-me Tom.

- Lobos recém ligados que não consumiram seu vínculo são vulneráveis, alguém pode tentar me morder e me tomar para si, ou me fazer mordê-lo e consumar o vínculo, mesmo que você seja meu parceiro, é uma forma de garantida de conseguir poder, uma transformação ou até um posto de poder ao lado do lobo. Eu sou alfa, seria alvo para betas e ômegas oportunistas, até mesmo outros alfas, por ser um puro. Pesquisei muito sobre o assunto. Fiquei bem surpreso. Mas eu posso lutar e resistir a isso. É como lutar conta um Império.

- Não, não irei arriscar. - Ele disse convicto. - Vamos consumar agora.

Disse dirigindo suas mãos para minha camisa.

- Eu não quero que isso seja uma obrigação. Quero que seja natural, por amor, por vontade, por desejo. Não medo de me perder.

Tom me fitou intensamente, pois eu sabia o motivo de seu desespero.

- É isso, quero te prender a mim, para que você nao fuja, sou egoísta, Harry. Quero você apenas para mim, tenho ciúmes da intimidade que Abraxas tem com você, seus betas, toda a sua alcatéia, eles te amam Harry e você os ama. Tenho ciúmes dessa relação. Quero ter controle sobre você, te viciar em mim, apenas em mim, fazer você desejar apenas a mim, ver somente a mim. Mas você não é um seguidor, você é um líder, independente, forte, é um igual, meu igual, eu não tenho controle sobre você e isso me assusta. Você pode me abandonar, por ser um lobisomem puro você pode me rejeitar como parceiro, mesmo já tendo me mordido.

- Se você soubesse de tudo que superei... Saberia que jamais vou te abandonar. Assim como eu sou seu... Você é meu.

O beijei com vontade, sem dar tempo para o mesmo raciocinar, apertei sua bunda com minhas mãos e ele deu um pequeno pulo, que foi o suficiente para que eu pudesse segurar suas pernas e colocá-las em volta da minha cintura, pressionei ele na parede mais próxima, colando nossos corpos, suas pernas me prenderam no lugar e eu aproveitei a oportunidade para esfregar nossos quadris juntos.

- Você nunca fez isso, fez Tom?

- Sinceramente, não.

- Ótimo. - Sorri extremamente satisfeito, arrancaria a cabeça de quem tivesse tocado aquele corpo daquela maneira. - Prometo que vou ser gentil contigo.

Reescrevendo a HistóriaWhere stories live. Discover now