Com a minha vida

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Harry

Quando dei por mim, as palavras já tinham saído da minha boca e fiquei preocupado sobre a reação de Tom, mas para minha surpresa e contentamento do meu lobo, seu corpo relaxou contra o meu.

- Eu não estou te obedecendo, apenas aproveitando de você.

Tenho certeza disso, apesar de acreditar que esse não seria o melhor momento para lhe questionar sobre a pequena tentativa de estupro lá fora. Não diretamente.

- Tom?

- Desde quando você tem intimidade para me chamar assim?

- Desde o momento que você chupou e beijou meu pescoço como se sua vida dependesse disso.

Meu Merlin, o mini Voldy está corando, sinto em meu peito o calor de suas bochechas.

- O que você quer?

- Seu corpo nu com Nutella. - Será que brincar com ele vai ser muito ruim.

- O que?!

Ele se levantou assustado, com o rosto vermelho igual uma pimenta. E quem entrasse agora veria uma cena bem inusitada. Eu encostado na cabeceira da cama, com as pernas e os braços um poucos abertos, Tom ajoelhado me fitando muito vermelho. Acho melhor desviar desse assunto, a cara de indignado fiz que ele não ficou feliz.

- Calma. Estou brincando - Lhe dei um sorriso brincalhão e quando vi seu rosto assumir uma careta decepcionada, estiquei meus braços para ele. - Vem aqui.

Tom

Minha cabeça estava girando, fiquei indignado com sua frase, mas no fundo... Fiquei contente que ele me queria.

- Calma. Estou brincando. - Provavelmente ele viu alguma mudança no meu rosto. - Vem aqui.

Disse me estendendo os braços, oferecendo seu colo novamente para mim. Ele me fitava com um sorriso... Eu preciso dele para mim. Mas por quê? Sem perceber acabei me distanciando mais.

- Você pode aceitar o meu abraço ou não, é constrangedor ficar assim.

Quando sai dos meus devaneios com aquele sorriso, ele já estava abaixando os braços, saindo da cama e ajeitando a roupa, parecendo chateado, muito chateado. Em seu olhos podia ver claramente que se sentia rejeitado.

- Madame Pomfrey disse que você precisa começar um tratamento, devido aos danos em sua mente, pelos ataque dos dementadores e Obliviarte. Você vai precisar de uma âncora, uma pessoa estável na sua vida.

Quando ele ia sair e antes que eu pudesse fazer alguma coisa o diretor, Dumbledore e Madame Pomfrey entraram na enfermaria.

- Senhor Peverell, Senhor Ridlle. Bom dia. Senhor Peverell... Onde vai?

- Embora. Anabel.

- Mas... Senhor... Voltei aqui. Por gentileza.

Ele não obedeceu o diretor e saiu em direção a porta por um momento antes de sair olhou para trás, seus olhos verdes me fitaram intensamente e Dumbledore vendo a cena foi atrás dele.

- Bem Senhor Ridlle, precisamos conversar, seriamente. - Disse madame Pomfrey.

Harry

Meu lobo se contorcia dentro de mim, ele me rejeitou, se afastou de mim, depois de me agarrar na frente da escola, se manter abraçado a mim, mas ele disse que estava me usando. E eu bobo acreditei que ele podia sentir algo, ele é o mini Voldy, não sentiria. Mas não é culpa dele, é daquela vaca!

- Harry?

- O que? - Minha voz soou mais como um rosnado.

- Você realmente é um alfa. Vamos para a sala precisa. - Observando meus olhos.

Uma vez dentro da sala Mordred rapidamente saiu da minha pele quando eu explodo novamente no lobo preto.

- Isso é incrível, lobisomens alfas possuem olhos brancos meio prateados quando transformados, mas somente na lua cheia e obviamente durante o dia também.

- Isso é incrível, lobisomens alfas possuem olhos brancos meio prateados quando transformados, mas somente na lua cheia e obviamente durante o dia também

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( Harry transformado nos dias de lua cheia)

Minha concentração está afetada e a fúria contínua dentro de mim e quando vejo atrás de Dumbledore um tipo de boneco de treino, parecendo possuir um corpo feminino e cabelos longos eu não aguentei mais. Eu avancei raivosamente e o homem na sala se abaixou achando que seria atacado, me fitou espantado enquanto eu descarregava toda a raiva no boneco, em menos de um minuto havia madeira para todos os lados, nenhum sinal que tudo aquilo um dia foi um boneco.

- Harry?

Mas calmo, porém não muito satisfeito, olhei para Dumbledore que me fitava preocupado.

- Acho que você precisa de ajuda. Infelizmente não posso ajudar, mas conheço quem pode. Vou te apresentar Newton Scamander.

Me concentrei em minha forma humana e senti a mudança acontecer, todos os ossos esticando, a pele moldando os novos músculos.

- Você quer me apresentar para um magizoologista? Que escreveu "Animais Fantásticos e onde habitam"?

- Você não fica constrangido em andar pelado na frente dos outros?

- Na verdade me incomodo bastante, mas sou treinado para não deixar transparecer minhas emoções e consigo controlá-las muito bem. Apesar que desde minha chegada nesse tempo tenho tido problemas com isso. Accio varinha basilisco. - Com a varinha em mãos vi Dumbledore me fitar curioso. - Varinha sem rastreador. Roupas Reparo. - Minhas roupas se voltaram ao seu normal e com um simples aceno estava vestido e encarando o ruivo safado.

- Por que você quer chamar um magizoologista?

- Você é uma criatura. Ele é especialista nisso.

- Até nas que também são humanos?

- Ele era bem curioso, já pesquisou sobre obscuriais.

- Quando ele chega?

- Ele está aqui, vai trabalhar um tempo com a professora de Trato de criaturas mágicas e ele está bem interessado em estudar você.

- Ele nunca encontrou outros iguais a mim? E eu não sou um animal para ser estudado.

- Não sem ter passado pela primeira lua cheia. E acredite, Newt precisa ser estudado também.

Sorri da piada mal estruturada.

- Por que a explosão?

- Tom tentou me violentar, passou mal, precisei levar ele para a enfermeira, brinquei com ele e depois de lhe oferecer meu colo de novo ele me rejeitou. Foi umas das coisas mais infantis do mundo, mas meu lobo enlouqueceu.

- Ele o que? - O fitei deixando bem claro que lidei muito bem com isso. - Vou deixar essa passar, mas o seu comportamento, lobos alfas são possessivos com seus companheiros, e uma simples rejeição pode ser estopim para uma explosão. Por que o boneco parecia uma mulher.

- Se não fosse Belatriz Black, tudo seria diferente. Eu vou matá-la.

- Sabe que está ameaçando uma de minhas alunas de morte, certo?

- Tente me impedir, se ela mexer com Tom novamente ou se quer pensar, eu juro que vou matá-la.

- Tom? - Ele me sorriu divertido.

- Ele é meu companheiro.

- Então você assume ele?

Fitei intensamente os olhos azuis do homem.

- Com a minha vida.

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